Mulheres no cooperativismo: conheça mulheres que fizeram história no cooperativismo

Receba conteúdos exclusivos
Compartilhar post:

O cooperativismo é um modelo que nasce da colaboração, da união e do desenvolvimento coletivo. E, dentro desse movimento, as mulheres têm um papel fundamental seja na gestão, na liderança ou no dia a dia das cooperativas.

Falar sobre a presença feminina no cooperativismo é reconhecer o protagonismo dessas mulheres na construção de um modelo econômico mais justo, inclusivo e sustentável. E mais: é reforçar como, quando mulheres cooperam, elas não só impulsionam negócios, mas também transformam comunidades e geram impacto social.

No mês da mulher, compartilhamos algumas mulheres que fizeram história no cooperativismo e como a presença feminina vem transformando e impulsionando o cooperativismo. Boa leitura!

A presença feminina no cooperativismo: uma história de protagonismo e crescimento

O cooperativismo sempre esteve alinhado a valores como igualdade, equidade, solidariedade e responsabilidade social. E, ao longo dos anos, as mulheres foram ocupando cada vez mais espaços dentro desse modelo.

De acordo com dados do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), as mulheres representam cerca de 53% dos cooperados no Brasil. Além disso, elas estão cada vez mais presentes nos cargos de liderança, gestão e nos conselhos de administração das cooperativas.

Esse movimento reflete não só a importância da diversidade, mas também o impacto positivo que a participação feminina gera na tomada de decisão, na gestão dos negócios e no fortalecimento das comunidades.

Protagonismo no cooperativismo: mulheres que fizeram história

O cooperativismo é, por essência, um movimento de união, solidariedade e transformação. Ao longo da história, inúmeras mulheres desempenharam papéis fundamentais na construção e fortalecimento desse modelo econômico e social. Hoje, celebramos algumas dessas pioneiras e líderes que deixaram um legado inspirador. Confira algumas mulheres que transformaram o Cooperativismo ao longo dos anos:

1. Eliza Brierley – A primeira cooperada do mundo

Em 1846, na Inglaterra, Eliza Brierley tornou-se a primeira mulher a integrar uma cooperativa de forma oficial. Sua entrada na Rochdale Society of Equitable Pioneers marcou o início da participação feminina no movimento cooperativista global, desafiando normas sociais da época e abrindo caminho para futuras gerações de mulheres no cooperativismo.

2. Pauline Green – Voz feminina no Cooperativismo Internacional

Pauline Green foi uma das primeiras mulheres a presidir a Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Durante seu mandato, ela promoveu a inclusão e a igualdade de gênero dentro do movimento cooperativista, fortalecendo a presença feminina em posições de liderança e decisão.

3. Tânia Zanella – Liderança no Cooperativismo Brasileiro

No Brasil, Tânia Zanella destacou-se como uma das principais líderes femininas no cooperativismo. Como superintendente do Sistema OCB, ela trabalhou ativamente na promoção da equidade de gênero e no fortalecimento das cooperativas em todo o país.

4. Irmã Lourdes Dill – Pioneira da economia solidária no Brasil

Irmã Lourdes Dill é uma referência na promoção da economia solidária no Brasil. Idealizadora do Projeto Esperança/Cooesperança e da Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop), ela contribuiu significativamente para o desenvolvimento de práticas cooperativistas sustentáveis e inclusivas, especialmente no Rio Grande do Sul.

5. Rosali Scalabrin – Ativista e promotora da igualdade de gênero

Rosali Scalabrin é uma socióloga brasileira que atuou na promoção da igualdade de gênero dentro do cooperativismo rural. Ela criou o programa Coopergênero no Ministério da Agricultura, visando promover a equidade entre homens e mulheres no âmbito das cooperativas.

Essas mulheres são apenas algumas das muitas que contribuíram para o desenvolvimento e fortalecimento do cooperativismo. Suas histórias inspiram e demonstram que a participação feminina é essencial para construir um movimento cooperativista mais justo, inclusivo e sustentável.

Quando mulheres cooperam, o mundo se transforma

O Dia Internacional da Mulher é mais do que uma data para celebrar conquistas, é também um convite à reflexão sobre igualdade, oportunidades e fortalecimento feminino em todos os setores da sociedade.

E ao longo da história, o cooperativismo tem sido um motor importante para o empoderamento feminino. Tanto que, no Ano Internacional das Cooperativas, em 2012 (proclamado pela ONU), e desde muito antes, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) já destacava o papel das mulheres como fundamentais para o desenvolvimento sustentável, a transformação social e o fortalecimento das comunidades.

Como parceiro do Pacto Global e da ONU na promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o cooperativismo reforça diariamente seu compromisso com a igualdade de gênero, um dos pilares para construir sociedades mais prósperas, equilibradas e inclusivas.

Mais do que representatividade, o cooperativismo oferece caminhos concretos para a autonomia: educação financeira, geração de renda, participação ativa nas decisões e acesso a oportunidades. Especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade, esse modelo é uma verdadeira alavanca de transformação social e econômica.

Por isso, neste Dia Internacional da Mulher e em todos os dias, celebrar a presença feminina no cooperativismo é reconhecer que a construção de um mundo mais justo, colaborativo e sustentável passa, necessariamente, pela força, pela voz e pelo protagonismo das mulheres.

Quando mulheres cooperam, ninguém fica para trás.

Este conteúdo foi útil para você?

0 / 5. 0

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima
Pular para o conteúdo