Atendimento especializado e altamente humanizado. Essas são algumas das principais características de uma cooperativa de saúde.
Afinal, ao contar com esse tipo de negócio, o usuário poderá ter certeza de que irá contar com profissionais que são, de fato, comprometidos com sua profissão.
Dessa forma, por meio de constantes atualizações, conseguem entregar o que há de melhor para seus pacientes.
Quer saber mais sobre a cooperativa de saúde e por que esse é um dos modelos de negócio mais promissores atualmente?
Então, continue conosco! Boa leitura.
O que é uma cooperativa de saúde?
Com o objetivo de sanar algum problema específico da área da saúde, profissionais deste setor se reúnem para formar uma cooperativa de saúde – ou cooperativa médica, como também é chamada.
Vale ressaltar que os membros se associam à cooperativa de forma voluntária e autônoma, mas sempre em busca de soluções e melhorias para o setor.
Assim, seja uma necessidade econômica, social, cultural ou humana a cooperativa de saúde é capaz de resolver.
Afinal, trata-se de um modelo de negócio bastante aplicado atualmente. Isso porque, toda a estrutura dessa cooperativa é composta por atos democráticos.
Dessa forma, os pacientes, por exemplo, podem ser atendidos indistintamente, pois toda a equipe será responsabilizada – de igual modo – por todos os serviços prestados na cooperativa.
Inclusive, esse tipo de negócio é muito vantajoso para o paciente, uma vez que torna mais acessível e humanizado certos serviços.
Para o profissional, por sua vez, a vantagem é que ele pode exercitar a humanização na sua profissão.
Isso porque, nas cooperativas, os cuidados podem ser mais detalhados e específicos.
Como funciona uma cooperativa de saúde?
Independentemente do ramo da cooperativa, elas estão regulamentadas pela Lei do Cooperativismo (Lei nº 5.764/71) e, também, pela Constituição Federal de 1988.
Isso porque, o principal objetivo de uma cooperativa de saúde é oferecer serviços com qualidade, competência e excelência, sempre visando o bem-estar do paciente.
Logo, por conta disso, é necessário que haja uma regulamentação específica, principalmente por se tratar de serviços aplicados à saúde.
Em regra, uma cooperativa de saúde – ou de qualquer outro ramo – deve prestar os serviços seguindo os 7 princípios básicos do cooperativismo.
A nível de curiosidade: esses princípios foram criados no surgimento da primeira cooperativa e, até hoje, são usados para padronizar os processos de uma cooperativa.
Para que você entenda mais sobre a importância de garantir esses princípios em uma cooperativa, confira mais detalhes sobre cada um deles abaixo!
Associação voluntária e autônoma
Acima de tudo, e como já mencionado, a associação de uma pessoa a uma cooperativa é dada totalmente de forma voluntária e autônoma.
Isso porque, em sua essência, a cooperativa de saúde é uma organização aberta a todas as pessoas que se encontram aptas a utilizar seus serviços e, assim, assumir as responsabilidades como membros.
Para isso, não deve haver discriminação de gênero, social, racial, política e religiosa.
Podem se associar a uma cooperativa de saúde vários profissionais, tais como:
- Médicos;
- Dentistas;
- Enfermeiros;
- Psicólogos;
- Assistentes Sociais;
- Fisioterapeutas;
- Nutricionistas;
- Entre outros.
Estrutura democrática
Outro princípio que merece destaque diz respeito à estrutura e gestão democrática que uma cooperativa de saúde deve possuir.
Afinal, as cooperativas são espaços altamente democráticos, os quais são controlados por seus próprios membros.
Assim, de forma bastante ativa nas reuniões, podem expressar suas opiniões e auxiliar na formulação de suas próprias políticas.
Inclusive, a tomada de decisão de uma cooperativa de saúde também é dada nesses encontros entre os membros.
Isso é vantajoso, pois todos saberão em que pés anda a cooperativa. Dessa forma, geri-la será um processo mais simplificado.
Responsabilidade dividida
Uma cooperativa, como você acabou de saber, é um espaço altamente democrático. No entanto, é necessário que a responsabilidade seja dividida.
Assim, os processos serão melhor organizados, o tempo de produção agilizado e não haverá engasgos nas funções individuais.
Por conta disso, homens e mulheres, eleitos como representantes dos demais membros, são os responsáveis por representá-los diante de diferentes cenários.
Vale ressaltar que isso difere entre cooperativas. Isso porque, nas de primeiro grau, os membros possuem direito igual de voto (ou seja, um voto por membro), por exemplo.
Fornecimento de um serviços acessível e humanizado
A alegria de um profissional da saúde é poder ver o seu paciente bem, restabelecido e gozando de plena saúde.
No entanto, com precários serviços de saúde, principalmente os serviços públicos, essa expectativa nem sempre se torna realidade.
Por conta disso, é muito vantajoso, não só para o profissional, mas para o paciente, as cooperativas de saúde.
Isso porque, nas cooperativas o paciente terá um atendimento mais humanizado, específico e detalhado.
Não é bom para o paciente chegar com uma intercorrência e ouvir que é “apenas uma virose”. Não!
Ele quer ser atendido, visto e percebido de forma mais humana, tal como é ensinado nos cursos da área da saúde.
Foco no cliente
Com um olhar mais humano, certamente o foco estará no alvo certo: no cliente. Isso porque, como mencionado anteriormente, ele está buscando uma solução para seu problema.
Logo, outro princípio que as cooperativas abarcam é o do foco no cliente. Aqui, o foco não é lucrar, mas é saber que o cliente/paciente está gozando de plena saúde.
Pode não ser uma tarefa fácil, mas é muito recompensador quando os objetivos traçados para um paciente são alcançados.
Na cooperativa de saúde, isso ocorre diariamente. Por ser um espaço democrático, todos respondem de igual modo. Logo, o foco sempre estará na felicidade do cliente.
Participação econômica dos membros
De forma geral, os membros de uma determinada cooperativa são os responsáveis por contribuir de forma igualitária para o capital da cooperativa.
Inclusive, não só contribuir para o capital como também controlar, de forma democrática, o endereçamento de cada recurso (em qual área aplicar, qual setor precisa de mais verba etc.).
Geralmente, parte do capital é considerada propriedade comum da própria cooperativa de saúde (ou de qualquer outro ramo).
De forma habitual, e se houver condições para tal, os membros irão receber uma remuneração a qual estará limitada ao capital integralizado – como condição de sua adesão.
Intercooperação
Entenda uma cooperativa como um órgão, por exemplo. Ele só terá vigor para funcionar e exercer suas atividades de forma mais acentuada se suas células estiverem saudáveis.
A analogia descrita acima serve para ilustrar a necessidade de intercooperação entre cooperativas de saúde.
Isso porque, essa ação serve para que haja um fortalecimento do movimento como um todo e dos princípios do cooperativismo.
Vale ressaltar que essa intercooperação pode acontecer por meio de diversos níveis, tais como:
- estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais;
- entre cooperativas do mesmo sistema;
- entre cooperativas de sistemas distintos;
- entre cooperativas de outros ramos do cooperativismo.
Interesse pela comunidade
Todos os princípios são dignos e honrados. Mas é preciso mais!
É preciso que haja interesse pela comunidade. E com a cooperativa de saúde, isso não seria diferente.
Isso porque, as cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável das comunidades onde estão inseridas, por meio de políticas aprovadas pelos próprios membros.
Além disso, prezam por investimentos em projetos que sejam viáveis, do ponto de vista econômico, socialmente justos e, por que não, ambientalmente corretos.
Principais áreas para uma cooperativa de saúde
Atualmente, existem diversos tipos de cooperativas de saúde. Afinal, diversos profissionais – da mesma área ou não – podem apresentar diversas soluções.
Inclusive, é importante mencionar que esse tipo de modelo tem crescido muito nos últimos tempos entre profissionais da saúde.
A seguir, elencamos algumas cooperativas de saúde, separadas por área, para que você entenda melhor como elas atuam.
Confira!
Cooperativa de Enfermagem
As cooperativas de enfermagem podem ser classificadas como associações autônomas que são formadas por enfermeiros, como o próprio nome sugere.
Assim, de forma voluntária, esses profissionais se unem naquilo que chamamos de cooperativa: um espaço gerido de forma democrática.
Neste cenário, uma das principais funções desse tipo de cooperativa de saúde diz respeito à atuação no cuidado assistencial domiciliar da enfermagem, bem como em hospitais e clínicas.
Assim, o grande objetivo desse modelo de negócio é que haja um reposicionamento igualitário e democrático de profissionais altamente qualificados.
Além disso, a prestação de serviços de excelência também é uma das características mais fortes das cooperativas de saúde.
Cooperativa Odontológica
A cooperativa odontológica difere um pouco dos demais tipos de cooperativa de saúde.
Isso porque, elas oferecem certos planos individuais ou coletivos na área assistencial, ligados exclusivamente aos serviços odontológicos.
Por conta disso, para que ela seja autorizada a realizar suas atividades de forma plena – de acordo com a legislação vigente – é necessário obter um número de registro.
Inclusive, além desse documento, será obrigatório solicitar uma autorização de funcionamento, a qual é emitida pela ANS.
É importante mencionar que o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, da ANS, por meio da Resolução nº 465/21, apresenta os procedimentos que determinado plano precisa oferecer.
Isso significa que, quando um paciente adere ao plano de saúde de determinada cooperativa odontológica, ele terá a segurança de utilizar serviços de uma operadora especializada no assunto.
Cooperativa Médica
Por meio da fundação da Unimed (União dos Médicos), o cooperativismo médico começou a funcionar no Brasil.
Assim, por meio dos ideais do movimento, a primeira cooperativa médica foi criada. De forma prática, os próprios médicos podem ser os donos deste tipo de negócio.
Inclusive, esse tipo de cooperativa é uma das modalidades de Operadoras de Planos de Saúde.
Vale ressaltar que a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 39/00, da ANS, prevê certas diretrizes e condutas para sua atuação no Brasil.
Porém, outro ponto que merece destaque é com relação à Lei nº 9656/98, a qual regula o Sistema de Saúde Suplementar.
Isso porque, as cooperativas médicas podem operar planos de saúde. Logo, elas precisam se submeter a esse sistema e aderir suas normas e regulamentações.
Quais as principais características do atendimento de uma cooperativa de saúde?
Se você chegou até aqui, com certeza já viu que uma cooperativa de saúde traz diversos benefícios para os cooperados e, também, para os pacientes.
No entanto, para que a cooperativa tenha sucesso, algumas características precisam fazer parte do dia a dia do atendimento dessa cooperativa.
Isso porque, por se tratar de uma inovação na área da saúde, muitas pessoas irão questionar bastante até, de fato, se beneficiarem dos serviços da cooperativa.
Abaixo, veja as principais características de uma cooperativa de saúde!
Infraestrutura completa
Ninguém entende melhor a rotina de um profissional do que o próprio profissional, concorda? Isso porque, somente ele sabe quais são as reais necessidades da sua profissão.
Partindo desse princípio, a cooperativa de saúde, por ser composta por profissionais da mesma área, em muitos casos, acaba oferecendo uma infraestrutura completa.
Assim, além do serviço ser altamente especializado, ele passa a poder atender a diversas situações, desde as mais simples às mais complexas.
Por conta disso, não é de se espantar o motivo pelo qual esse modelo de negócio tem crescido tanto nos últimos anos.
Preços mais acessíveis
Outro ponto que merece destaque diz respeito aos preços cobrados pelos serviços prestados nas cooperativas de saúde.
Isso porque, preços que poderiam estourar o orçamento de uma família, em uma clínica tradicional, bem como em hospitais particulares, por exemplo, podem ser mais acessíveis em cooperativas de saúde.
E esse é um dos pontos que mais chama atenção dos usuários. Afinal, com tanta instabilidade econômica, social e política, economizar um pouco mais não é nenhum pecado.
Logo, esse é, também, um dos motivos que mais tem elevado esse tipo de negócio. Inclusive, a procura tende a ser maior com o passar dos anos.
Profissionais qualificados
Por último, mas não menos importante, uma das principais características do atendimento de uma cooperativa de saúde é com relação aos profissionais qualificados.
Isso é interessante porque a equipe deixa de ser generalista e acaba sendo especializada, atendendo de forma mais detalhada os pacientes.
Inclusive, essa característica tem contribuído para que o atendimento em uma cooperativa de saúde seja considerado humanizado.
Assim, o paciente não se sente como se fosse mais um na rotina diária de um médico, um enfermeiro, fisioterapeuta, nutricionista etc.
Afinal, ele pode estar certo de que receberá atendimento altamente humanizado, especializado e de acordo com as suas reais necessidades.
Conclusão
Uma cooperativa de saúde, como você viu neste conteúdo, tem o objetivo de oferecer um ótimo atendimento de saúde aos seus usuários.
Para isso, conta com os princípios do cooperativismo, bem como segue as legislações vigentes sobre o tema.
Além disso, você foi capaz de identificar alguns tipos de cooperativas de saúde que estão em constante crescimento, como a cooperativa odontológica.
Por fim, conferiu as principais características do atendimento de uma cooperativa de saúde e como elas podem beneficiar os seus respectivos pacientes.
E aí, gostou do conteúdo de hoje? Então, que tal continuar aprendendo mais sobre cooperativismo e como ele tem mudado a economia brasileira? Boa leitura!
3 comentários em “Cooperativa de saúde: entenda tudo sobre esse modelo!”