História do Cooperativismo: conheça os principais marcos

Entenda todo o contexto do movimento cooperativista e como você pode fazer parte dele. Basta continuar a leitura. Acompanhe!
Como o Cooperativismo é uma alternativa social?
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    Entenda todo o contexto do movimento cooperativista e como você pode fazer parte dele. Basta continuar a leitura. Acompanhe!

    Se você se interessa por temas socioeconômicos relevantes, sem dúvidas já deve ter se perguntado qual a história do cooperativismo — modalidade que causa impactos extremamente positivos no ambiente que se insere.

    Unidos por um objetivo em comum, as pessoas que compõem uma cooperativa são sempre beneficiadas pela participação conjunta e imparcial de diversos grupos e classes sociais.

    Esse é o melhor modo de estimular e mediar o desenvolvimento econômico e o aumento de oportunidades para as pessoas envolvidas, que podem participar na tomada de decisões e se sentirem ouvidas.

    Com tantos diferenciais, é normal querer entender melhor sobre como o cooperativismo surgiu, quais são seus principais marcos e quais as expectativas futuras de crescimento do ramo.

    Pensando nisso, a equipe Ailos desenvolveu este conteúdo completo, capaz de te ajudar a entender todo o contexto do movimento cooperativista e como você pode fazer parte dele. Basta continuar a leitura. Acompanhe!

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    O que é o cooperativismo?

    O cooperativismo é um modelo de negócios que une pessoas em busca de um mesmo objetivo, sempre causando impactos socioeconômicos positivos.

    Já imaginou unir pessoas dos mais diversos perfis, cada uma com seus próprios interesses e bagagem de vida para buscar um mesmo objetivo? É exatamente isso que a modalidade faz!

    Nesse modelo, todos crescem e se desenvolvem juntos — por isso a palavra central é “cooperação”. Apesar de serem todos cooperados, cada um é responsável pela sua própria estrutura de negócios.

    O conceito é tão bem sucedido que, apenas no Brasil, segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), já são mais de 5.300 pontos de atendimento! Mas, qual a história do cooperativismo e como tudo isso começou?

    Como surgiu o cooperativismo?       

    Surgiu como uma estratégia de crescimento sustentável, com a preocupação de promover a justiça em uma época crítica, posterior à Revolução Industrial.

    A história do cooperativismo começa na Inglaterra, onde as primeiras ideias e esboços foram idealizados, frente a um difícil cenário de desemprego, fome, exploração de mão de obra e salários baixíssimos.

    Diante disso, um grupo de 28 tecelões inconformados com a situação de falta de alimentos e incapacidade de comprar comida, decidiu montar o seu próprio armazém para comprar grandes quantidades de alimentos e distribuir igualmente entre os trabalhadores.

    Assim, na pequena cidade inglesa Rochdale-Manchester, em 1844, surgia a primeira iniciativa, dirigida por um conjunto de valores e princípios nobres.

    O sucesso desse empreendimento foi tanto que apenas 12 anos depois de sua fundação, já contava com mais de 3 mil colaboradores e mais de 150 mil libras de capital social. Incrível, não acha?

    O surgimento do cooperativismo no Brasil

    No Brasil, os princípios do cooperativismo datam desde o século XV, logo após a colonização. Foram os jesuítas que iniciaram os trabalhos comunitários, baseados em valores mais fortes que as expectativas de lucro.

    Mesmo assim, as cooperativas só foram oficializadas após a década de 1880, quando já era um sucesso na Inglaterra e em toda a Europa.

    Assim, em Minas Gerais foi criada a “Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto”, a primeira da nossa história.

    Diferentemente de outras iniciativas ao redor do mundo, esta brasileira focava na distribuição e consumo de insumos agrícolas

    Surgimento da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)

    Foto: Pexels | Surgimento da OCB para representar o mobvimento no Brasil.

    Foi apenas um século mais tarde, em 1969, que um grande passo foi dado: a criação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Ela representa, até hoje, os interesses e necessidades do cooperativismo.

    Por ser um instrumento de suporte às sedes espalhadas ao redor do Brasil, a OCB é:

    • uma sociedade civil, sem fins lucrativos;
    • neutra em assuntos políticos e religiosos;
    • responsável por defender as necessidades jurídicas e regulamentações legais do movimento.

    Por isso, conquistou diversos direitos, como a Lei 5.764/71.

    Lei 5.764/71 – Política Nacional de Cooperativismo

    Foi em 1971 que todas as cooperativas passaram a ser regidas por uma Lei específica, que cobre os seguintes pontos:

    • definição do termo (explicação no Artigo 3º e 4º);
    • quais são os objetos e gêneros de serviços prestados (Artigo 5º), que também veda o uso da expressão “banco” para se referir à modalidade;
    • limite mínimo de 20 pessoas para ser classificado como cooperativa (Artigo 6º) e muitas outras definições.

    Apesar de ter sido muito útil, a Lei não foi de todo benéfica para os associados, afinal, limitava sua autonomia e poder de criação e fiscalização legal (como registrado nas seções I e V.

    Tendo isso em vista, seria necessário criar um novo documento, que realmente atendesse às expectativas e necessidades dos cooperados.

    Constituição de 1988 é a independência das Cooperativas

    A Constituição de 1988 foi uma grande conquista para as cooperativas brasileiras. Afinal, subsidia a autogestão e autonomia total.

    Agora, o Estado não poderia mais interferir nas decisões e nas ações do segmento. Finalmente, a independência chegou. Com isso, a modalidade apenas cresceu no Brasil, expandindo a história do cooperativismo.

    DICC: o Dia Internacional do Cooperativismo

    Na terceira quinta-feira do mês de outubro, é comemorado o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC). Esse dia busca enfatizar o movimento global das cooperativas de crédito e o impacto que exercem em seus cooperados e na comunidade.

    A data tem como objetivo comemorar o poder transformador e as realizações do Cooperativismo Financeiro pelo mundo e possibilitar a reflexão e o debate sobre o importante papel que as cooperativas desempenham para melhorar a vida das comunidades e dos cooperados. 

    A sociedade cooperativista financeira mundial, atualmente é composta por mais de 260 milhões de associados pelo mundo, 89 mil cooperativas financeiras e 117 países usam o modelo cooperativo

    Todos os anos, a data aborda um tema específico que aborda os princípios cooperativistas. Em 2022, o tema escolhido pela Woccu para celebrar o DICC é “Empodere seu futuro financeiro com uma Cooperativa de Crédito”.

    E você sabe qual a essência do Sistema Ailos? Transformar o mundo, com cooperativismo e ajuda mútua. Além do atendimento às necessidades dos cooperados através de produtos e serviços, temos histórias reais e inspiradoras de pessoas que tiveram o nosso apoio e realizaram mudanças positivas em suas vidas, contadas por contos de Cordéis, relacionando o econômico com o social.

    Conheça histórias inspiradoras e assista nossos vídeos em forma de Cordel

    Cooperativismo brasileiro no mundo

    Depois de medidas como as citadas acima, não demorou muito para o Brasil se destacar no segmento no mundo.

    Em 1995, por exemplo, chegou o reconhecimento internacional: o ex-presidente da OCB, Roberto Rodrigues, foi o primeiro “não-europeu” a participar na presidência da Aliança Cooperativista Internacional (ACI).

    Isso trouxe ainda mais destaque e popularidade ao modelo brasileiro, que é muito focado no mercado agrícola e no sistema de crédito, altamente positivo para a economia nacional.

    Criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop)

    Um sistema tão organizado e com altas expectativas de crescimento precisa ter uma metodologia de treinamento e ensino, não acha?

    Foi exatamente com essa finalidade que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) foi criado em 1998!

    É por ela que a formação, ensino, capacitação profissional e promoção social dos trabalhadores são trabalhados.

    Algo que nem todos sabem é que a Sescoop é parte do “Sistema S”: Sesi, Senai, Senac, Sesc, Sebrae, Senar e Sest Senat.

    Formação do Sistema OCB 

    O ano de 2005 foi voltado para a idealização e concretização da proposta sindical do cooperativismo brasileiro.

    Foi criada a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), que regulamenta todas as ações sindicais deste sistema.

    Futuro do Cooperativismo

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    Foto: Pexels | Qual o Futuro do Cooperativismo no Brasil?

    Segundo dados oficiais da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o movimento já está presente em 150 países, com mais de 1,2 bilhão de cooperados. Ou seja, a cada 7 pessoas no mundo, 1 faz parte de alguma cooperativa.

    As estatísticas mostram que o sistema só tende a crescer. Em termos financeiros, a modalidade é uma grande aliada da economia nacional.

    Apenas em 2019, por exemplo, segundo a OCB, mais de R$ 490 bilhões foram somados em ativos das cooperativas. Desses, quase 11 bilhões foram destinados aos cofres públicos por meio de tributações.

    História do Cooperativismo em tópicos (Resumo)

    Confira agora um resumo completo de todos os principais marcos históricos do movimento cooperativista no Brasil e no mundo:

    • século XV: primeiros sinais de iniciativas cooperativistas no Brasil, por meio dos jesuítas, mas nada oficializado;
    • 1844: primeira cooperativa oficial do mundo, nascida na Inglaterra, em Rochdale-Manchester, por um grupo de tecelões que montaram um armazém com interesses nobres em comum;
    • 1889: primeira cooperativa brasileira oficial, com foco em produção agrícola em Minas Gerais;
    • 1906: marco para o início do desenvolvimento de diversas cooperativas, em diferentes segmentos no país;
    • 1969: criação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB);
    • 1971: promulgação da Lei 5.764/71, que foi boa mas limitou um pouco os cooperados;
    • 1988: recuperação da autonomia das cooperativas pela Constituição;
    • 1995: reconhecimento internacional com o primeiro não-europeu, brasileiro, a participar da liderança da Aliança Cooperativista Internacional (ACI);
    • 1998: criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop);
    • 2005: completo o Sistema OCB, com a Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop) para iniciativas sindicais.
    • 2006 até hoje: expansão e crescimento exponencial no Brasil e no mundo.

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    Perguntas Frequentes sobre a História do Cooperativismo:

    Selecionamos as principais perguntas sobre a História do Cooperativismo em um único local. Confira as respostas!

    Qual é a origem do cooperativismo?

    Em 1844, com a “Sociedade dos Probos de Rochdale”, na Inglaterra. Apesar de já ser notada em diferentes períodos da história, anteriores a este, apenas em 1844 a metodologia foi formalizada e institucionalizada.

    Qual motivo fomentou o surgimento do cooperativismo? 

    A busca por igualdade e justiça, além de nobres causas sociais como o combate à fome, pobreza e desigualdade. O lucro nunca foi o principal objetivo.

    Quais os conceitos do cooperativismo?   

    O cooperativismo une diversas pessoas em busca de um objetivo comum. Também dá autonomia e possibilidade de autogestão aos cooperados, que apesar de serem colaboradores, podem agir como donos do próprio negócio.

    Quais as primeiras cooperativas brasileiras?

    A primeira cooperativa brasileira foi a “Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto”, fundada em 1889, que tinha como foco a produção agrícola.

    Depois desta, que deu início à história do cooperativismo brasileiro, surgiram outras, como:

    • Associação Cooperativa Telefônica de Limeira/SP em 1891;
    • Cooperativa Militar de Consumo do Distrito Federal, criada no Rio de Janeiro em 1894;
    • Cooperativa de Consumo de Camaragibe/PE em 1895 e mais.

    Conclusão

    Percebeu como a história do cooperativismo é interessante? Todos podemos aprender dos ideais cooperativistas e suas estratégias de negócio, que são sustentáveis a longo prazo.

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    2 comentários em “História do Cooperativismo: conheça os principais marcos”

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