• 16 de dezembro de 2022
  • 7 minutos

O que são bancos comunitários? Aprenda tudo sobre o assunto agora!

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Se você acha que bancos sempre serão sinônimo de lucros rápidos, talvez não esteja familiarizado com o conceito de banco comunitário. 

Os bancos comunitários são associações criadas para gerar emprego e renda em comunidades carentes, incentivando a economia de massa e a economia solidária. 

É como se a população fosse dona e gerente do próprio banco! Embora esse tipo de iniciativa já exista há muito tempo (cooperativas), muitas pessoas ainda não sabem ou não entendem como funciona. 

Por isso, preparamos um conteúdo inteiro sobre bancos comunitários e seus serviços. Acompanhe a seguir!

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O que são bancos comunitários

Os bancos comunitários são associações comunitárias que prestam serviços financeiros solidários. 

Juntos, isso significa que são instituições sem fins lucrativos que contribuem para o fortalecimento das comunidades. 

A própria população local é responsável pela abertura e administração do banco. O principal objetivo é estruturar e estimular a economia da região, trazendo mais renda e empregos para os moradores.

A gestão da instituição é baseada na economia solidária, onde tudo é feito para trazer mais desenvolvimento social e econômico para a região. 

A produção aumenta (geração de empregos), a população consome mais do comércio local (geração de renda) e comunidades inteiras crescem. 

Por não ter fins lucrativos, o banco comunitário concede empréstimos sem juros a pequenos produtores da comunidade e organiza compras conjuntas para empreendedores, entre outras iniciativas para fortalecer o comércio local.

Bancos deste tipo são uma iniciativa muito relevante, porque ajudam os cidadãos que não têm acesso ou têm dificuldade em solicitar serviços aos bancos tradicionais.

Como surgem os bancos comunitários

O Banco Palmas de Fortaleza-CE foi pioneiro e criou o primeiro banco comunitário do Brasil em 1998. 

O banco cresceu rapidamente e agora aplica seus métodos de trabalho a vários outros bancos comunitários. 

Com o tempo, vários outros bancos foram estabelecidos, e hoje existem mais de 100 bancos em todo o Brasil. 

O que todos esses bancos administrados localmente têm em comum é o crescimento da comunidade, em vez de buscar o lucro.

Características de bancos comunitários

Características de bancos comunitários

Confira abaixo as principais características desse tipo de banco, e o que o difere das instituições financeiras tradicionais. 

Gestão comunitária

Um banco comunitário é criado e gerido pela própria comunidade. A curto prazo, a sua sustentabilidade financeira assenta no recebimento de subsídios justificados pela utilidade social da sua prática.

Duas linhas de créditos

Esse tipo de banco atua sempre com duas linhas de crédito: uma em reais e outra em moeda social que circula localmente. Sua linha de crédito estimula o estabelecimento de redes locais de produção e consumo, promovendo o desenvolvimento endógeno da região.

Como funciona a moeda social?

A moeda social deve ser lastreada e indexada pela moeda nacional e, além disso, deve permitir a troca com dinheiro real. Por sua vez, a circulação deve ser limitada às operações do banco comunitário. 

Ao mesmo tempo, não pode ser imposta, ou seja, deve ser aceita voluntariamente pelos moradores e comércios locais. 

A entidade governante do banco deve ser identificada no anverso da moeda. Deve haver um texto no verso afirmando que este é um "dividendo" para o desenvolvimento local. 

Você também deve informar que é exclusivamente para troca de produtos e serviços na comunidade. 

Finalmente, deve-se lembrar também que os Empréstimos com Dinheiro Social não cobram juros.

Foco no desenvolvimento local

Um banco comunitário presta suporte para os empreendimentos locais, com estratégia de comercialização, a exemplo de lojas, feiras solidárias, centros de comercialização e outros.

Presente em áreas de vulnerabilidade social

Atua em áreas de alta exclusão e desigualdade social. Tem como foco públicos caracterizados por alta vulnerabilidade social, especialmente aqueles que se beneficiam de programas sociais governamentais e políticas de compensação.

Serviços oferecidos por bancos comunitários

Serviços oferecidos por bancos comunitários

Cada banco possui dinâmicas específicas alinhadas com as necessidades da comunidade, ou seja, nem sempre oferecem todos os serviços disponíveis. No entanto, em geral, os serviços prestados pelos bancos comunitários são os seguintes.

Crédito para consumo

Conduzida como uma moeda social cujo principal objetivo é estimular o consumo local. Recomenda-se iniciar um banco comunitário com uma linha de crédito em moeda social baixa (até 80 reais) e desenvolvê-lo gradualmente. 

Também é possível trocar diretamente o real por moeda social. Normalmente, os comerciantes locais são aconselhados a oferecer descontos às pessoas que compram com a moeda social para incentivar os residentes a usar a moeda. 

É sempre bom ter um banco e apenas algumas lojas que aceitam a moeda para que você possa ver mais facilmente as vendas e estimular a aceitação por outros comerciantes. Aos poucos, o número de lojas que aceitam a moeda aumentou.

Crédito produtivo

Os créditos produtivos são emitidos em reais para apoiar a expansão ou criação de novos empreendimentos nos setores industrial, comercial ou de serviços. 

Um banco comunitário pode criar múltiplas linhas produtivas de crédito com base nas realidades da comunidade. 

Por exemplo: crédito para artesãos, crédito para comerciantes, crédito para pequenos negócios iniciantes, crédito para empresas em expansão, crédito para grupos de empresas na economia solidária. 

É importante considerar vários segmentos da comunidade. No entanto, é importante começar "devagar" e aumentar gradualmente a gama de produtos.

Educação financeira

Bancos comunitários proporcionam vários formatos de ensino: cursos de formação, workshops, formação de longa duração, sessões de trabalho, sessões de formação, educação financeira etc. 

É importante compreender que o processo educativo é parte integrante da banca comunitária e deve ser dirigido a vários segmentos: 

  • para os bancários e voluntários;
  • para os gestores bancários;
  • para os negócios locais;
  • para os parceiros e para as comunidades envolvidas. 

Deve ser estabelecido um sistema progressivo e contínuo de capacitação/treinamento.

Fundo solidário

É um fundo destinado a atender grupos de pessoas que trabalham no mesmo ramo de atividade, como no setor de roupas, beleza, comida, etc. 

Esses grupos fazem uma lista de compras e o banco comunitário compra diretamente dos fornecedores. O empréstimo é pago ao banco em 6 prestações sem juros.

Microsseguro

É um tipo de seguro de vida para pessoas de baixa renda. O valor do prêmio é de R$35,00 por ano. As coberturas incluem Auxílio Funeral (R$1.000,00), Benefício por Morte Natural ou Acidental (R$3.000,00), Bilhete Mensal da Loteria do Estado (R$5.000,00). 

Quem comprar mais de 3 certificados, poderá parcelar em até 6 vezes. Esse seguro de vida também funciona como um seguro para o negócio, pois em caso de falecimento do empresário, a família receberá R$3.000,00 de indenização.

Para uma pequena empresa, isso pode ser um fator determinante para que ela não seja "interrompida" pelas despesas naturais decorrentes da morte de um familiar.

Impacto dos bancos comunitários na vida da população

O Banco Comunitário é uma iniciativa que visa promover o desenvolvimento econômico e social em áreas de desigualdade social. 

Como resultado, o trabalho da associação teve um grande impacto na vida dos moradores, com benefícios como:

  • aumento do emprego e da renda;
  • expansão e criação de novos negócios;
  • educação, treinamento e oportunidades de lazer;
  • mais tecnologia e inovação para a região;
  • consumo mais sustentável;
  • melhora na auto-estima e o bem-estar social.

Desafios de um banco comunitário

Desafios de um banco comunitário

Apesar dos benefícios, implementar um banco comunitário apresenta seu próprio conjunto de desafios, incluindo:

  • conseguir mobilizar a comunidade;
  • ganhar a confiança dos parceiros e moradores;
  • preparar a equipe e os trabalhadores voluntários;
  • conseguir recursos para dar início aos trabalhos;
  • tomar as decisões de forma democrática;
  • administrar a contabilidade e serviços bancários.

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Conclusão

Em um banco comunitário, a comunidade é a protagonista e o dinheiro é a ferramenta para a mudança social. 

Mesmo que você não queira ou não possa abrir um banco desses, use essa iniciativa como inspiração para quem quer praticar uma economia mais solidária!

Por falar nisso, dissemos por aqui que as cooperativas de crédito se assemelham bastante com esse modelo de instituição. Então, conheça o Sistema Ailos e suas soluções para você!

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