Aprender os processos de um financiamento é muito importante e pode acelerar a conquista do seu veículo.
Essa é uma alternativa muito comum entre os brasileiros.
Mas afinal de contas, como financiar um veículo? Quais documentos eu preciso? É necessário dar uma entrada? Há um método eficaz para conseguir que as Instituições Financeiras me concedam o financiamento?
Essas e outras perguntas nós responderemos ao longo deste artigo.
Vem com a gente e descubra como financiar um carro!

O que é um financiamento de carro?
É uma modalidade de crédito voltado a aquisição de veículos e é destinado a pessoa física e jurídica. É possível financiar veículos novos e também usados.
Quem não dispõe de recurso a vista para realizar a compra, opta pelo financiamento total ou de parte do veículo.
As Instituições Financeiras públicas e privadas oferecem essa linha de crédito e por ser uma operação com garantia, a tendência é obter melhores condições, com ótimas taxas e maior prazo de parcelamento.
Para um melhor entendimento, mostraremos abaixo como o financiamento acontece na prática.
Leia também: Financiamento CDC: o que é e como solicitar
Como funciona um financiamento
O financiamento funciona como um empréstimo, pcom destinação específica, onde a Instituição Financeira disponibiliza o recurso para pagamento do bem ao vendedor e gera um parcelamento mensal para você. Dessa forma, você se torna um devedor da Instituição Financeira e não do vendedor.
Com isso, durante o período do financiamento, embora o veículo fique em sua posse, ele ficará alienado a favor da Instituição que te cedeu o crédito e em casos de não pagamento das parcelas, a Instituição pode iniciar o processo de busca e apreensão do bem para fins de quitação do crédito.
Portanto, o bem efetivamente será seu, quando finalizar o pagamento total do financiamento.
O financiamento passará por análise de crédito e da garantia e você precisará apresentar a Instituição Financeira documentos pessoais e do veículo.
Em caso de aprovação, é gerado o contrato, contendo as condições previamente firmadas entre você e a Instituição Financeira escolhida.
Por fim, ocorre a liberação do recurso para pagamento da compra e aí você já pode começar a utilizar o seu veículo.
Prático, não é mesmo?
Agora vamos seguir com mais detalhes sobre como financiar um veículo. Acompanhe!
Tipos de financiamento
Os tipos de financiamento para carro são: Crédito Direto ao Consumidor (CDC), Leasing e Consórcio.
Abaixo, explicamos melhor cada um deles, e tornamos mais claras as formas de como financiar um carro. Confira!
Crédito Direto ao Consumidor (CDC) ou Financiamento
Ambos são créditos voltados a financiar a aquisição de um veículo junto a uma Instituição Financeira.
Embora você conste como proprietário no documento do veículo, constará a restrição de alienação fiduciária em favor da Instituição Financeira cedente do crédito e até que ocorra a liquidação total do valor financiado, a Instituição pode fazer valer seu direito e assumir a posse do bem.
Se efetuar pagamentos de parcelas antecipadamente, você pode obter desconto de juros.
Após identificar a quitação total, a alienação será baixada pela Instituição Financeira e será retirada a restrição no documento do veículo.
Leasing
O Leasing é uma modalidade similar ao CDC ou Financiamento, a diferença é que você não constará como proprietário do veículo e sim a Instituição ou empresa de Leasing. Então, o contrato de leasing é uma forma de empréstimo de veículo e somente após a liquidação total do contrato é que ocorre a alteração de propriedade do bem.
Uma outra característica diferente desse tipo de crédito, é que as parcelas são fixas e não sofrem alteração de valor, nem mesmo nos casos de pagamentos antecipados.
Consórcio
O consórcio consiste na criação de um grupo de participantes, com um objetivo em comum. Mas especificamente, falando em Consórcio de Automóvel, o objeto é a aquisição de um veículo.
Esse grupo é gerido por uma Administradora de Consórcios previamente autorizada pelo Banco Central, podendo ser uma Instituição Financeira ou não.
A quantidade de membros de cada grupo, varia de acordo com as regras e disponibilidade de cada Administradora. Ao ingressar em um grupo, você adquire uma ou mais cartas de consórcio.
Cada grupo traz um veículo como base para estabelecer o valor das cartas de cada membro e esse bem é utilizado para fins de cálculo da parcela mensal a pagar. Sempre é considerado um veículo 0km. Então, à medida que o bem sofre oscilação de preço, tanto para mais quanto para menos, o valor de parcela também sofre alteração.
Em um Consórcio, não existe a cobrança de juros, somente o valor do bem diluído no prazo de pagamento da sua carta, somado a taxa de administração, que é destinada ao custeio de gestão do grupo e ao fundo de reserva, que é um valor separado para cobrir possíveis despesas inesperadas; e no encerramento do grupo, o total ou a parte do fundo não utilizada, é devolvida aos participantes.
Na prática, no Consórcio de Automóvel, você e os demais integrantes do mesmo grupo, “financiam” a aquisição de um veículo para um ou mais participantes, podendo suas cartas serem contempladas por sorteio ou por lance. No caso de lances, o contemplado será sempre o integrante que ofertou o maior valor entre os participantes, podendo ter uma ou mais contemplações e o valor da carta será liberado somente após a confirmação do pagamento do lance.
O sorteio e lances são realizados mensalmente, em data previamente estabelecida nas regras do grupo. Se você for contemplado por sorteio ou lance, poderá naquele mesmo mês ou em datas futuras, utilizar sua carta para comprar um veículo de valor igual ou diferente do valor da sua carta, sendo que se o veículo for mais caro, a diferença deve ser negociada diretamente com o vendedor e se for um veículo de menor valor, você pode escolher se quer abater a diferença diminuindo o prazo a pagar ou diminuindo os valores de sua parcela.
O veículo escolhido não precisa ser o mesmo indicado no grupo e deve respeitar as regras de ano de fabricação estabelecidas por cada Administradora. O bem ficará em seu nome, mas constará alienação em favor da Instituição Administradora do Consórcio e somente após a quitação total é que a alienação será baixada.
E se eu parar de pagar as prestações antes da dívida terminar?
Se você parar de pagar as parcelas, no caso de Leasing, CDC ou Financiamento, a Instituição que te cedeu o crédito iniciará o processo de cobrança, podendo solicitar a busca e apreensão do bem.
Quando o veículo estiver em posse da Instituição, ela pode leiloar ou vendê-lo a terceiros para quitar a dívida do contrato. Caso o valor da venda seja maior que o saldo de quitação, o valor residual é devolvido a você, com exceção ao Leasing, que não há devolução.
No caso de Consórcio, se você já tiver sido contemplado e já tenha adquirido o veículo, o processo de cobrança será semelhante aos demais informados.
Agora, se ainda não teve sua cota contemplada e parou os pagamentos das parcelas, você perde o direito aos sorteios mensais e recebe o valor pago somente quando finalizar o Grupo; desse valor será descontado possíveis valores de taxas e multas, conforme previsão contratual.
Os custos nas operações para comprar um veículo
Nas operações de crédito incidem alguns custos: há a tributação de IOF, além de juros e tarifas, sendo que estes variam de acordo com cada tipo de operação.
É bem relevante analisar todos os custos antes de decidir qual a melhor opção para você.
Na sequência, explicamos melhor sobre cada um deles.
IOF
O IOF – Imposto Sobre Operações Financeiras, é um tributo Federal e sua cobrança é obrigatória em todas as operações de crédito. O valor de IOF é calculado a partir do valor de crédito solicitado e pode ser pago à vista ou você pode optar por incluí-lo no financiamento.
A Instituição recebe esse valor e repassa ao Governo.
Juros
Nas opções de crédito para aquisição de veículo, será aplicado uma taxa de juros, que pode ser pré ou pós-fixada.
Na modalidade pré-fixada, os juros não sofrem oscilação pois a taxa estabelecida no contrato é fixa e os valores de parcela se mantem iguais do início ao fim.
Já na modalidade pós-fixada, os juros podem sofrer oscilação porque além de uma taxa fixa, é aplicada uma taxa variável adicional, que fica atrelado a um índice: CDI, Selic, IPCA, entre outros. Isso faz com que o valor da parcela mude de um mês para outro, pois a taxa pós vai acompanhar a variação do índice.
No caso do Consórcio não há aplicação de taxa de juros, mas é cobrada uma taxa de administração, previamente estabelecida no contrato e que é diluída no valor da parcela. Porém, mesmo não tendo taxa de juros, o valor das parcelas também pode sofrer alteração, uma vez que a carta está referenciada a um veículo 0km específico. Então, quando esse veículo sofre reajuste no preço, que geralmente é uma vez no ano, o valor de parcela é recalculado.
Tarifas
Nas operações de crédito para aquisição de veículo, no momento da concessão, é cobrada a “tarifa de gravame”, que é destinada a custear a alienação do bem, que fica como garantia da operação.
No Consórcio também é cobrada essa tarifa, mas somente gera a cobrança quando você adquire o veículo com a carta contemplada.
Existe outras tarifas que podem ser cobradas nas operações de crédito, como por exemplo “tarifa de cadastro”, mas elas são variáveis de acordo com o tipo de operação, público contratante e Instituição Financeira que irá realizar o crédito.

Como calcular os juros de um financiamento
Os juros são outra parte essencial de como financiar um carro e há uma fórmula para calculá-los, que é:
Valor financiado = [{1 – (1+ taxa de juros) – prazo}/ juros] x valor da prestação
Para deixar a fórmula mais clara, trouxemos um exemplo:
96 000 = [{1 – (1+ taxa de juros) – 24}/juros] x 4 000
Neste exemplo, o valor da taxa de juros é de 1,51%.
Para tornar esse cálculo mais fácil e entender os juros de como financiar um carro sem precisar fazer contas com fórmulas, você pode usar a Calculadora do Cidadão do Banco Central, disponível clicando aqui.
Com ela, você consegue informar três de quatro variáveis e descobrir o quanto falta, entendendo quais os valores dos juros e o número de prestações envolvidas no financiamento, além dos valores da parcela e o total financiado.
Afinal, financiamento de carro vale a pena?
Essa resposta depende de uma análise mais detalhada para entender o seu momento e suas prioridades. Qual a necessidade para a aquisição do veículo? Qual o seu diagnóstico financeiro? O valor de parcela cabe no seu orçamento mensal? Está preparado para as demais despesas relacionadas ao veículo?
Abaixo, nós te ajudamos a ter um olhar mais amplo sobre cada um desses pontos. Confira!

Faça um diagnóstico financeiro
Fazer um diagnóstico das suas finanças nada mais é do que analisar a sua situação financeira no momento.
Para isso, você deve somar todas as suas despesas e ver quanto da sua renda sobrará para dar início em um carro e começar a pensar em como fazer um financiamento.
Calcule o valor das parcelas
No geral, as Instituições Financeiras aprovam financiamentos em que o valor da parcela fique até 30% do valor da sua renda.
Portanto, após ter feito o controle financeiro, você vai conseguir saber o quanto pode pagar de parcela, sem comprometer seu orçamento mensal.
É muito importante você não comprometer toda a sobra da sua renda com o pagamento das parcelas do veículo. Opte por uma opção que traga alguma folga no seu orçamento.
Considere um veículo que esteja de acordo com as suas finanças e as suas necessidades, mas pense sempre que você terá outros gastos com ele, como gasolina, IPVA, seguro e manutenções.
Comprar ou financiar um veículo, qual a melhor opção?
Agora que você tem maior clareza de quais são suas opções para adquirir um veículo e tem maiores informações sobre os fluxos de um financiamento, fica mais fácil a tomada de decisão.
Um ponto muito importante a se analisar é se você tem recurso suficiente para comprar o veículo que atenda as suas necessidades, sem comprometer suas finanças e sem interferir em seu planejamento.
Você ainda tem a opção de dar uma entrada e financiar o restante do valor ou aguardar mais um pouco até conseguir a quantia total.
Alguns fatores podem influenciar sua decisão: a urgência em obter o veículo, a necessidade de uso, uma boa oportunidade de compra, opções de financiamento vantajosas, entre outros.
Com todos os pontos definidos, é só partir para a compra.
É obrigatório ter entrada para financiar um carro?
Caso você esteja buscando entender como financiar um carro porque precisa fazer isso com urgência, então, saiba que em casos de prontidão é preciso dar uma entrada de pelo menos 20% do valor do veículo.
Dessa forma, somente os 80% restantes são parcelados com os acréscimos de juros.
Já os financiamentos sem entrada são para compras sem urgência e para pessoas que preenchem alguns requisitos estabelecidos pelos bancos ou instituições financeiras, conforme apresentaremos na sequência.
É obrigatório dar entrada no financiamento de veículo?
Geralmente, as Instituições Financeiras exigem um % de entrada para seguir com o financiamento de um veículo, que pode variar de acordo com as condições da proposta e da garantia:
– Tipo de veículo – carro, moto, caminhão
– Ano do veículo – quanto mais novo, a tendência é que menor seja o valor da entrada
– Valor de mercado – precificação atual do bem
É possível financiar um veículo, sem dar entrada?
Algumas Instituições Financeiras oferecem a possibilidade do financiamento total do veículo, mas é preciso atender aos seus critérios pré-estabelecidos. Alguns critérios analisados são:
– Garantia: O veículo precisa ser novo (0km). Embora essa não seja uma regra, é uma forte tendência de mercado.
– Capacidade Financeira: Comprovação de renda no valor suficiente para honrar os pagamentos das parcelas do financiamento. É comum as Instituições permitirem comprometimento máximo de 30% da renda mensal.
– Score de crédito: Bons históricos de pagamentos elevam seu score de crédito e quanto mais alto ele for, mais vai contribuir para obter melhores condições de financiamento.
Quais são os requisitos de análise de um financiamento?
Os requisitos de análise variam de acordo com a definição de cada Instituição Financeira, mas existem algumas informações “padrões” utilizadas para análise de crédito.
Restritivos: Não possuir restrição financeira é o primeiro passo para a aprovação do financiamento.
Idade: Ter no mínimo 18 anos, conforme previsto na legislação brasileira. Geralmente permitem idade máxima de 70 anos.
Renda: Ter renda compatível com as condições de parcelamento. É importante conseguir comprovar essa renda para s fins de análise
Score: Quanto maior a pontuação, melhores são as chances de aprovação de crédito.
Garantia: O veículo que será adquirido e que vai ficar como garantia da operação, precisa estar em boas condições de uso. Quanto mais novo o ano do veículo, maiores são as chances de aprovação.
Documentos: Além dos documentos pessoais para a análise do crédito: comprovante de endereço e renda e documento original com foto, é necessário apresentar o documento do veículo para análise da garantia.
Conclusão:
Com esse artigo, a nossa missão foi apresentar a você as opções para aquisição de veículo e as características de um financiamento.
Esclarecemos que o financiamento de veículo é um crédito destinado a pessoa física e para empresas, que tem a intenção de adquirir um veículo.
Esse crédito é oferecido pelas Instituições Financeiras, que geram contrato contendo as condições ofertadas: taxa, prazo, data de vencimento, entre outros.
Existem algumas opções para aquisição de veículo: Crédito Direto ao Consumidor (CDC ou Financiamento, Leasing e Consórcio.
Nessas operações, o veículo adquirido fica como garantia e é gerada alienação fiduciária em nome da Instituição que concedeu o crédito.
No final do contrato, após sua liquidação, é feita a baixa da alienação e o veículo passa a ser efetivamente seu.
Foi destacado também as principais características das operações e os principais critérios para análise do crédito e da garantia, caso opte por um financiamento.
Agora que já tem todas as informações importantes, é só encontrar o veículo ideal para você!

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