• 10 de fevereiro de 2023
  • 11 minutos

Como se proteger da inflação: descubra agora!

11 minutos

Você sabe como se proteger da inflação? Muitos sabem do que se trata, mas poucos sabem, de fato, como se proteger desse momento.

Afinal, esse episódio ocorre com uma certa frequência, comprometendo, assim, o orçamento familiar, em alguns casos.

Inclusive, ultimamente, os aumentos têm acontecido de forma constante e crescente, fazendo com que essa mudança não seja absorvida com tanta velocidade.

Quer aprender como se proteger da inflação? Então, continue conosco e descubra as melhores dicas que a Ailos preparou para você hoje.

Boa leitura!

O que é inflação?

Antes de saber como se proteger da inflação é fundamental conhecer a definição desse termo e como ele pode influenciar no seu bolso.

De forma geral, a inflação pode ser definida como um aumento de preços generalizado de serviços e bens, de acordo com a economia.

Assim, a inflação, de fato, representa o aumento do custo de vida e a respectiva diminuição no poder de compra de determinada moeda.

Um exemplo de inflação bastante prático pode ser visto quando vamos ao supermercado. 

Isso porque, o preço do que é disposto nas prateleiras já não é mais o mesmo daqueles praticados há anos. Ou seja, estão bem mais caros.

No entanto, a inflação também acaba afetando nos valores de necessidades maiores, como automóveis, aluguéis ou até mesmo mensalidades de escola/faculdade.

Porém, vale ressaltar que esse aumento nos preços dos produtos não é, de forma geral, ruim para o consumidor, muito menos prejudicial. 

Entretanto, pode causar alguns transtornos para aqueles consumidores que não possuem controle de suas finanças, principalmente quando os aumentos acontecem em uma velocidade acima do que o consumidor consegue absorver.

Leia também: Livros sobre finanças: recomendações para você cuidar do seu dinheiro!

Quais são as causas da inflação?

Existem várias causas que fazem com que ocorra um aumento desenfreado nos índices de inflação, os quais podem ser reunidos em quatro categorias, a saber:

  1. maximização da demanda;
  2. aumento nos custos de produção;
  3. expectativas inflacionárias e inércia de inflação; e
  4. aumento na emissão de moeda.

De forma geral, a inflação nunca está associada a apenas uma causa. É sempre um conjunto de fatores que corroboram para que ela seja instalada na economia.

Além disso, podemos dividir as causas da inflação em causas de longo prazo e de curto prazo, as quais irão aumentar de forma considerável ao longo do tempo.

Quais são os principais indicadores da inflação?

Uma das principais questões que muitas pessoas levantam diz respeito à quantidade de indicadores da inflação. 

Afinal, se todos eles servem para medir e demonstrar o aumento dos preços, por que existem tantos assim?

Na verdade, a resposta para essa pergunta é bastante simples: existem vários tipos porque cada indicador tem um escopo distinto sobre o que mede.

Exemplo: o indicador que mede os custos de aluguel não é o mesmo utilizado para indicar inflação em itens de consumo, como serviços e bens.

Inclusive, a importância dessa variedade de indicadores é dada, principalmente, quando se tem uma alta na inflação.

Afinal, os preços de serviços e bens não possuem a mesma variação. Assim, os índices acabam auxiliando na identificação de possíveis articulações para conter a inflação.

Abaixo, elencamos os principais indicadores de inflação, justamente para você aprofundar os seus conhecimentos sobre o assunto e saber, de fato, como se proteger da inflação.

Confira!

IPCA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é o índice mais utilizado quando o assunto é inflação no Brasil.

Assim, é válida a afirmação de que esse indicador acaba servindo como referencial para o sistema de metas de inflação, o qual está presente na economia brasileira.

Seu objetivo é, na verdade, aferir as variações de preços dos serviços e bens que são destinados ao consumidor final.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mensalmente, calcula o IPCA e divulga os resultados entre a primeira e a segunda semana de cada mês. 

O IBGE utiliza, para a realização desse cálculo, os dados de consumo das famílias que possuem uma renda de um salário mínimo mensal. 

Entre as informações coletadas, estão: 

  • saúde;
  • alimentação;
  • transporte;
  • comunicação
  • vestuário.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), por sua vez, fica responsável por medir a variação que ocorre nos valores dos produtos para as famílias que possuem renda de até cinco salários mínimos.

Esse indicador é essencial, pois acaba acompanhando uma faixa da população que possui uma renda mais baixa e, por isso, é mais sensível às situações em que os preços dos produtos estão mais baixos.

Vale ressaltar que esse indicador, por estar focado nas famílias que possuem uma renda menor, acaba servindo de parâmetro para que haja constantes reajustes no salário mínimo.

IGP-M

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) abrange os custos dos serviços dos itens que chegam ao consumidor, bem como do processo como um todo.

Dessa forma, ele é visto como um indicador bem mais completo e abrangente do que o próprio IPCA.

Na verdade, a sua destinação principal é na realização de reajustes de determinados contratos. 

Assim, o mais comum é o aluguel, mas também se estende a serviços essenciais, como a energia elétrica e afins.

O cálculo desse indicador é realizado de forma mensal também. Porém, o responsável é a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) também é calculado pela FGV e tem a responsabilidade de apresentar as variações de produtos ligados à agroindústria e outros produtos industriais no atacado.

Dessa forma, podemos perceber que o IPA identifica o preço desses produtos antes que eles cheguem ao consumidor final.

Importante comentar que o IPA tem três versões, as quais são identificadas pela última letra da sigla.

Essas letras, cada uma delas, refere-se a um intervalo estabelecido no mês. Veja:

  • IPA-DI: preços que são coletados do primeiro dia do mês até o dia 30;
  • IPA-M: preços que são coletados do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês atual;
  • IPA-10: preços que são coletados do dia 11 do mês anterior até o dia 10 do mês atual.

Como funciona a inflação?

A melhor forma de saber como se proteger da inflação é entendendo o seu respectivo funcionamento, concorda?

Afinal, a inflação de um país está a cargo de institutos de estatística que recolhem certas amostras dos preços de serviços e produtos.

Essa coleta de informações considera o público no qual se quer estudar, bem como os serviços e produtos que esse público adquire.

Assim, todos os bens que foram selecionados para compor esse estudo, acabam fazendo parte do que se chama de “cesta”, recebendo, assim, ponderações distintas.

Com essa coleta de preços, os técnicos dos institutos de estatística reúnem os dados e começam a calcular a porcentagem para a variação dos preços – o índice para inflação.

Vale ressaltar que esse processo é longo e é feito por meio de uma comparação entre os preços do período anterior com os do período atual, levando em conta a mesma “cesta” de serviços e produtos pesquisados.

Como se proteger da inflação: quais os principais impactos?

Mesmo que você já tenha entendido o que é e como funciona a inflação, para saber como se proteger da inflação é importante conhecer seus principais impactos.

Confira!

Aumento de preços

A inflação corrobora o aumento de preços. E, você há de concordar, o aumento dos valores dos bens e serviços acaba reduzindo seu consumo, não é mesmo?

Diante disso, as empresas podem acabar lucrando menos e, instaurado esse cenário inflacionário, enfrentar certas crises.

E não para por aí… Essas crises podem promover demissões em massa, como estamos vendo ultimamente, aumentando o desemprego e o número de negócios indo à falência.

Redução de poder de compra

Sem dúvida, um dos principais problemas gerados pela inflação elevada na rotina das famílias é a perda significativa do poder de compra.

Como você pode perceber ao longo deste conteúdo, os preços aumentam, mas a remuneração que muitos brasileiros recebem não aumenta de forma proporcional.

Assim, o que antes poderia ser comprado, hoje, infelizmente, não pode ser adquirido pelo mesmo valor, visto que o orçamento familiar está a cada dia mais apertado.

Redução de crescimento econômico

Esse aumento de preço e essa redução consecutiva do poder de compra dos brasileiros acaba corroborando para a instalação de um quadro mais grave: a redução ou estagnação do crescimento econômico.

Assim, novos investimentos não podem ser realizados, novas aquisições não são mais possíveis, entre outras situações caóticas.

Dessa forma, podemos perceber que, sim, a inflação pode ser um fator para que haja uma retração econômica e para que crises complexas e de difícil superação sejam instaladas.

Como se proteger da inflação: confira 5 dicas!

Porém, nem tudo está perdido e, neste conteúdo, você vai aprender, de forma completa, como se proteger da inflação.

Para isso, elencamos as 5 melhores dicas. Afinal, com elas, você verá que a inflação nem sempre é um fator negativo para a economia, basta que alguns pontos sejam observados.

Continue aprendendo!

Invista em moedas estrangeiras

Antes de qualquer coisa, saiba que as moedas de economias que são mais desenvolvidas, como Estados Unidos, por exemplo, são, geralmente, bem mais rentáveis do que o real.

Assim, uma excelente forma de saber como se proteger da inflação é investir em moedas estrangeiras.

Afinal, essa é uma alternativa ótima para que seus investimentos sejam sempre protegidos contra as complicações que a inflação pode desencadear.

Porém, saiba que é fundamental ficar sempre atento a esse investimento e jamais deixar a cautela de lado, visto que ele é influenciável pelo momento político do país.

Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários são, também, um tipo de investimento que pode beneficiar (e muito) quando a inflação estiver em seus momentos de elevação.

Importante ressaltar que algumas categorias desse tipo de aplicação podem ter contratos ligados aos índices de inflação, como o IGP-M e o IPCA, como mencionado anteriormente.

Logo, atualmente, os fundos imobiliários são uma excelente alternativa para saber como se proteger da inflação e, assim, garantir o poder de compra.

Considere os ativos atrelados à inflação

Uma dica valiosa para se livrar da inflação, talvez, seja a mais óbvia aqui disposta e é: realize os investimentos em ativos que estejam atrelados à inflação.

Alguns exemplos são o IPCA e o IGP-M. Em sua maioria, são investimentos de renda fixa, os quais possibilitam que o capital que foi aplicado replique o desempenho do indexador.

Dessa forma, quando houver a época de elevada inflação, o dinheiro irá replicar esse tipo de comportamento e, assim, proteger o poder de compra do consumidor.

Diversifique sua carteira

Embora o IPCA e o IGP-M sejam os mais procurados quando se quer investir em ativos e fugir da inflação, existem outros investimentos, os quais irão ampliar e, assim, diversificar sua carteira.

Assim, uma alternativa é investir em outros produtos que apresentam uma lógica semelhante aos demais de renda fixa.

Por conta disso, procure investir também em LCA e LCI, pois eles, além de serem isentos de Imposto de Renda, protegem o capital contra a desvalorização.

Fique atento aos seus gastos

Uma das formas de saber como se proteger da inflação é ficar atento aos seus gastos. Isso porque, ter um bom planejamento financeiro é fundamental.

Afinal, existe momento para tudo na vida. Logo, é importante que você tenha em mente suas prioridades e objetivos bem definidos.

Assim, você não irá sair gastando com tudo que virá pela frente. Inclusive, saber dizer não em determinadas situações também é uma forma de se proteger da inflação.

Conclusão

No conteúdo de hoje você aprende como se proteger da inflação e, mais do que isso, conheceu mais profundamente um dos assuntos mais importantes da economia.

Isso porque, a inflação é um período de elevação dos preços, mas nem sempre é um episódio ruim na economia. 

Vale ressaltar que o consumidor precisa ter um planejamento financeiro para que não sofra algumas possíveis consequências da inflação.

E aí, gostou de aprender como se proteger da inflação? Então, continue acompanhando o Blog da Ailos e fique por dentro das novidades na área da educação financeira e afins.

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