Economia solidária: o que é, como funciona e exemplos

Economia solidária
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    Com o passar dos anos, o mundo ficou mais consciente sob os efeitos do ser-humano na terra e, por isso, algumas estratégias para preservá-la foram criadas. 

    Além da preocupação com a sustentabilidade, as pessoas também começaram a se interessar por soluções que melhorem a qualidade de vida da sociedade. 

    Um exemplo é a Economia Solidária, uma estratégia que as empresas estão adotando para inibir os efeitos negativos do ser-humano na terra. 

    O objetivo principal da economia solidária é fazer com que as empresas do mundo repensem o seu papel social e os efeitos negativos que elas injetam no mundo. 

    No entanto, a economia solidária não é só isso, seus objetivos vão muito mais a fundo. Por isso, neste artigo trouxemos os principais pontos dessa estratégia. 

    Saiba tudo sobre o cooperativismo e entenda as vantagens desse modelo de negócios!

    O que é economia solidária? 

    Em geral, a economia solidária contribui diretamente para as atividades políticas e econômicas do Brasil. 

    Essa estratégia é mais comum em comunidades mais carentes para o desenvolvimento das famílias da região. 

    Segundo a Agenda Institucional do Cooperativismo, anualmente, a economia solidária movimenta mais de R$ 12 bilhões por ano no Brasil.

    Por ser mais comum em comunidades que estão à margem da sociedade, a população que trabalha sob o regime solidário, buscam soluções para a desigualdade social e uma nova fonte de renda. 

    No entanto, isso somente é possível devido aos pilares que a economia solidária é baseada. Sendo: 

    • Autogestão;
    • Solidariedade; 
    • Cooperação; 
    • Respeito ao meio ambiente; 
    • Comércio justo 
    • Consumo consciente

    Devido à desigualdade social gritante no Brasil, a economia solidária está cada dia sendo mais necessária como forma de trabalho. 

    Por isso, essa estratégia promove a igualdade, valorizando o ser humano e não o capital, sem visar o lucro a todo o custo. 

    Como está diretamente ligada ao cooperativismo, ela funciona com base na coletividade de produção, distribuição, gestão e comercialização. 

    Por que a economia solidária é importante? 

    A economia solidária é legal a partir do Decreto Nº 5.811, de 21 de junho de 2006, do Conselho Nacional de Economia Solidária – CNES, criado e estruturado pelo Governo Federal. 

    Art. 1o  O Conselho Nacional de Economia Solidária – CNES, criado pelo inciso XIII do art. 30 da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, é órgão colegiado integrante da estrutura do Ministério do Trabalho e Emprego, de natureza consultiva e propositiva, que tem por finalidade realizar a interlocução e buscar consensos em torno de políticas e ações de fortalecimento da economia solidária”. 

    É importante que a economia solidária seja descrita em lei, pois além de ressaltar sua importância no Brasil, também faz os órgãos competentes e empresas colocarem a estratégia em prática. 

    Com o objetivo de diminuir a desigualdade social, a economia solidária é importante para sugerir maneiras das empresas, sejam de pequeno, médio ou grande porte, a valorizarem a sociedade, a justiça social, a sustentabilidade e a solidariedade. 

    Como funciona o pagamento dos sócios? 

    Pagamento de sócios

    A economia solidária é diferente dos regimes trabalhistas tradicionais. Por isso, os sócios não recebem salários e, sim, retiradas. 

    A retirada é decidida coletivamente em assembléias mensais para saber se os sócios vão receber quantias iguais ou diferenciadas. 

    Entretanto, existem empresas que possuem regime solidário que estipulam um valor fixo menor ou maior para retirada. 

    Mas, da mesma forma, existe uma tendência de que empresas solidárias pagam mais por trabalhos mentais do que manuais para, assim, não perderem a mão de obra de trabalhadores mais “qualificados”. 

    Isso porque, especula-se, que pagar melhor os técnicos e os administradores abre portas para que a cooperativa alcance metas maiores que beneficiam os sócios em conjunto, inclusive os que recebem menos. 

    Regra para a lucratividade

    Desta maneira até parece que não faz nenhuma diferença trabalhar em uma empresa solidária, mas não é por aí. 

    A diferença de empresas solidárias para as convencionais, é a forma de lidar com o lucro. Enquanto os salários do capitalista são formalizados a partir da maximização do lucro, as retiradas de empresas solidárias são escalonadas pelos sócios. 

    Portanto, na economia solidária, o escalonamento das retiradas tem o objetivo de assegurar um bom lucro para todos — principalmente para aqueles que recebem menos. 

    Em relação ao dinheiro que sobra, sua destinação é decidida também pela assembleia dos sócios. Sendo que pode ser destinada para: 

    • Fundo de educação (dos próprios sócios ou de pessoas que venham montar cooperativas); 
    • Fundos de investimentos, que podem ser repartidos entre os sócios ou não repetíveis. 

    No entanto, os sócios também podem decidir se o dinheiro também pode ser distribuído entre eles por algum critério aprovado pela maioria. 

    Regra sobre o uso dos fundos 

    O objetivo do fundo divisível é expandir o patrimônio da cooperativa, sendo contabilizado individualmente para cada sócio. Sua distribuição pode ser efetuada por igual, pelo tamanho de retirada, pela contribuição dada à cooperativa e outros. 

    No cálculo do fundo divisível, a cooperativa contabiliza os juros, mas sempre opta pela menor taxa do mercado. 

    Caso um sócio queira sair da cooperativa, ele tem o direito de receber sua cota do fundo divisível mais os juros creditados. 

    O fundo divisível não pertence aos sócios que o acumulam, mas à cooperativa em geral. Portanto, os cooperadores que se retiram, não recebem nada dele. 

    Os calouros que acabaram de entrar na empresa devem passar por um teste comprobatório para receber os mesmo benefícios dos veteranos. 

    Exemplos de empreendimentos com economia solidária

    Exemplos de empreendiment

    A economia solidária pode ser muito diversificada e inclusiva no Brasil. Por isso, atualmente, existem diversos negócios que já se formaram com base nessa estratégia.  Sendo eles: 

    Cooperativas de reciclagem 

    Como dito anteriormente, a economia solidária surge de pilares essenciais, como a cooperação. Por isso, as cooperativas de reciclagem podem ser um exemplo de economia solidária. 

    A iniciativa de uma cooperativa de reciclagem surge da iniciativa de cidadãos que vivem à margem da sociedade e se tornam catadores de lixo reciclável por necessidade. 

    Após a coleta de lixo, os trabalhadores entregam às cooperativas do setor e ganham um valor em cima do material coletado. 

    As cooperativas de reciclagem estão sendo responsáveis por uma grande mudança social. Isso porque, essa cooperativa, além de ajudar pessoas vulneráveis também estimula a sustentabilidade. 

    Grupos de agricultura familiar

    De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a agricultura familiar é a principal responsável pela distribuição de alimentos para a população brasileira. 

    Ela é constituída por pequenos produtores rurais, povos e comunidades tradicionais que, na maioria das vezes, são silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores. 

    Esse setor tem destaque na produção de alimentos como milho, raiz de mandioca, pecuária leiteira, gado de corte, ovinos, caprinos,feijão, arroz, café, trigo e outros. 

    Por estar diretamente ligada à contribuição trabalhista, os grupos de agricultura familiar também podem ser incluídos na economia solidária. 

    Empresas cooperativas de crédito

    Não pense que somente empresas que estão relacionadas ao trabalho social podem se adequar à economia solidária. 

    Também existem cooperativas de crédito que foram montadas com base na economia solidária e contam com diversas novidades. Por exemplo:

    • Adesão voluntária e livre; 
    • Gestão democrática; 
    • Participação econômica dos membros; 
    • Autonomia e independência; 
    • Educação, formação e informação; 
    • Intercooperação
    • Interesse pela comunidade. 

    De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), as cooperativas de crédito solidária já movimentam mais de 8,5 milhões de brasileiros. 

    As empresas de cooperativas de crédito solidário foram criadas pelo fator de exclusão social. As comunidades, por não terem instituições financeiras ao seu alcance, criaram as suas próprias organizações com o objetivo de prestar serviços financeiros de qualidade para seus associados. 

    Portanto, dentro de uma cooperativa de crédito, não existem clientes e, sim, sócios. Por isso, todos os associados são considerados o dono do seu próprio negócio e podem opinar nas decisões da cooperativa. 

    Coletivos ecológicos

    Os coletivos ecológicos vem se tornando mais necessários à medida que o planeta sofre com as consequências das ações do ser-humano. 

    Isso porque os coletivos ecológicos tem como objetivo principal inibir as ações negativas da sociedade no Planeta Terra. 

    Deste modo, os coletivos ecológicos contam com ativistas ambientais que lutam em prol da preservação do meio ambiente. 

    Igualmente às cooperativas citadas anteriormente, os coletivos ecológicos são geridos com base na democracia, contando com os ativistas para a distribuição da receita para os sócios. 

    Qualquer um pode fazer parte de um coletivo ecológico, basta pesquisar as cooperativas mais perto de você e se alinhar com os ideais ecológicos da empresa. 

    Mobilidade urbana 

    Atualmente, também já possuímos cooperativas que estão interessadas na mobilidade urbana. 

    Essas empresas têm o objetivo de melhorar os problemas de mobilidade urbana do Brasil, oferecendo corridas compartilhadas e reduzindo os custos de transporte. 

    Além disso, as cooperativas deste tipo também têm como pauta o meio ambiente. Portanto, suas iniciativas podem diminuir o excesso de poluição gerada por automóveis. 

    Como ajudar a economia solidária?

    Como ajudar a economia solid

    O objetivo principal da economia solidária é fazer um mundo melhor para todos viverem — principalmente as pessoas que são mais afetadas negativamente pelo capitalismo. 

    Por isso, qualquer um pode ajudar na economia solidária e trabalhar em empresas que possuem esse regime. O melhor de tudo é que não é algo nada difícil de se fazer. 

    Você pode ajudar a economia solidária tanto individualmente quanto coletivamente. Então, a Ailos trouxe algumas formas que podem ser interessantes de auxiliar nessa estratégia. Vamos conferir? 

    Compre de produtores solidários 

    Uma das formas mais eficazes para ajudar a economia solidária é comprando de produtores solidários, sejam eles agricultores ou catadores. 

    Quando uma pessoa compra um alimento ou um produto de um trabalho solidário, ele está se beneficiando e ainda ajudando em várias lutas sociais. 

    Geralmente, os produtos solidários possuem um preço justo ao público, já que o maior objetivo dos produtores é acabar com a desigualdade social. 

    Portanto, quando você compra um produto fruto da economia solidária, você está estimulando que cooperativas solidárias façam mais a diferença na sociedade. 

    Além disso, alimentos que são plantados por produtores rurais, são mais saudáveis do que os comercializados. Isso porque eles não são manipulados com toxinas igual aos do supermercado. 

    Seja um investidor 

    Gostou da economia solidária e quer ir além do que só consumir produtos derivados dessa estratégia? Também é possível! 

    Como dito anteriormente, a economia solidária é para todas as pessoas, sejam elas de qualquer classe social. O que muda é a forma que você deseja ajudar no método. 

    Algumas pessoas preferem ser um investidor de uma cooperativa solidária, o que é algo magnífico. Isso porque, diferente de outros investimentos, empresas desse ramo são mais justas em suas distribuições de lucro.

    Então, para que você invista em um empreendimento solidário, é necessário ir um pouco mais a fundo do que os trabalhadores. 

    Portanto, estude o ramo da empresa que você deseja investir e tente contato com os seus principais donos. Desta forma, será possível investir de forma completa em uma cooperativa. 

    Apoie projetos com economia sustentável 

    A economia solidária é muito voltada para a preservação do meio ambiente. Por isso, seus maiores projetos são direcionados à reciclagem, bem-estar, ativismo ambiental e outros. 

    Portanto, uma maneira prática de estimular a economia sustentável é promover a economia solidária em empresas com regimes convencionais. 

    Você pode optar por investir em projetos que já estão de pé em cooperativas, ou também pode organizar o seu próprio. 

    Caso você não esteja ingressado em uma empresa que tenha economia solidária, vale bater um papo com a gestão para promover a estratégia. 

    Outra forma válida é divulgar um projeto que já é existente no mercado. Para isso, você pode procurar uma cooperativa que se encaixa com seus ideais sustentáveis. 

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    Conclusão 

    Já faz um tempo que a economia solidária está entre nós, mas, muitas empresas e pessoas, não sabem como colaborar e quais são suas vantagens. 

    Podemos considerar que a economia solidária é a solução para diversos problemas sociais que foram desenvolvidos devido ao capitalismo mal gerido. 

    Algumas empresas já entendem a gravidade da desigualdade social no Brasil e, por isso, já iniciaram a implementação dessa estratégia em seus negócios. 

    No entanto, ainda é algo que as entidades, empresas e indivíduos devem saber mais a fundo, pois ela é benéfica para todos. 

    A Ailos é uma empresa que já sabe a importância da economia solidária no mundo, por isso oferece serviços para que nossos sócios sejam os protagonistas das suas próprias histórias. 

    Quer ter uma conta digital Ailos? Então, torne-se um cooperado. Com nosso aplicativo, você pode abrir sua conta cooperativa sem sair de casa, de maneira segura e prática! 

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