Reserva de Emergência: o que é, quem deve fazer e qual valor

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    Se você começou a estudar sobre investimentos recentemente, já deve ter se deparado com o termo “reserva de emergência”, não é? 

    Esse conceito é muito importante se você deseja alcançar a sua independência financeira e, finalmente, ter mais tranquilidade no dia a dia quando o assunto é finanças pessoais

    O Brasil já conta com mais de 60 milhões de inadimplentes, segundo dados do Serasa. Por isso, não é de admirar que tantas pessoas estejam em busca de estabilidade financeira e modos de guardar dinheiro. 

    Pensando nisso, a reserva de emergência é um recurso interessante para manter uma quantia guardada para possíveis imprevistos, para não ser pego de surpresa. 

    Ter uma quantia guardada faz toda a diferença! Mas, você talvez se pergunte:

    • Quanto devo guardar na reserva de emergência?
    • Quando devo resgatar esse dinheiro? 
    • Qual é o lugar mais seguro e viável para mantê-lo? 
    • Como começar, de fato, a juntar este valor?

    Todos esses são questionamentos válidos, que devem ser considerados com atenção. 

    Se você deseja saber todas as respostas com propriedade, basta conferir este artigo completo que a equipe Ailos desenvolveu. Continue a leitura! 

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    O que é a reserva de emergência?

    A reserva de emergência ou reserva financeira corresponde à quantia de dinheiro que você aloca em um ativo mais conservador, com possibilidade de resgate imediato, para caso ocorram imprevistos ou situações emergenciais.

    Para trazer mais solidez e tranquilidade, o valor armazenado deve corresponder a, no mínimo, 3 vezes o seu custo de vida mensal. 

    Ou seja, se você gasta R$1000,00 por mês para pagar contas fixas e se manter, sua reserva precisa ter mais de R$3000,00, correspondentes a 3 meses de despesas.

    Assim, caso surjam situações inesperadas, como um problema de saúde, uma demissão do emprego, uma necessidade de mudar de cidade, ou mesmo a quebra do seu veículo, você não estará desamparado. 

    A segurança é o principal pilar ao montar uma reserva de emergência: ter a tranquilidade de saber que, mesmo que algo fora do planejado aconteça, você tem uma quantia guardada para se manter. 

    Neste aspecto, é essencial que o ativo que você escolher investir tenha alta liquidez, ou seja, grande capacidade de ser convertido em dinheiro para o seu bolso no menor tempo possível. 

    Afinal, o objetivo é que, sempre que precisar, você consiga recuperar o dinheiro e usá-lo para o que for preciso. 

    Quem deve fazer reserva de emergência?

    Foto: Pexels | Quem deve montar uma reserva? 

    Todos devem fazer uma reserva de emergência! Se você tem objetivos financeiros ou ainda deseja conquistar coisas materiais (ou mesmo imateriais, como viagens, experiências e tranquilidade), este recurso pode ser seu maior aliado. 

    Afinal, ele tornará a sua rotina mais leve, tirando das suas “costas” sentimentos negativos como urgência e medo. 

    Se um dia você já foi uma pessoa que temeu perder o emprego porque não tinha um centavo sequer guardado para se manter, ter uma reserva te fará mais aliviado e menos pressionado. 

    É interessante que essa estratégia de poupar dinheiro não tem seus “preferidos”:

    • não importa se você está começando sua vida financeira agora, sendo um jovem que está no primeiro emprego;
    • alguém de meia-idade que deseja se tornar um investidor profissional;
    • ou mesmo alguém já na terceira idade que ainda quer conquistar alguns objetivos.

    A verdade é que sempre há tempo para iniciar seu planejamento financeiro e começar a montar sua reserva. 

    Mesmo assim, é claro que, quanto antes começar, melhores serão os resultados e as experiências. 

    Até mesmo empresas podem usar a metodologia para manter uma reserva de emergência para tempos de crise ou instabilidade financeira. 

    Outro grupo que pode se beneficiar é o de profissionais liberais e freelancers, que não tem uma renda estável ou previsível a cada mês. 

    Qual deve ser o valor da reserva de emergência? 

    O valor da reserva de emergência deve ser de no mínimo 3 meses do seu custo de vida mensal. 

    Porém, o ideal mesmo é que você consiga acumular uma quantia equivalente de 6 a 12 meses, para ter mais previsibilidade. 

    A verdade é que, quanto mais “arriscado” e imprevisível for a sua fonte de renda e área de atuação, mais meses são recomendados para compor sua reserva. 

    Pessoas concursadas e funcionários públicos, por exemplo, talvez não precisem de reservas de mais de 6 meses, dada a sua estabilidade e previsibilidade de ganhos. 

    Em contrapartida, profissionais autônomos e freelancers precisam se esforçar para ter uma reserva de, pelo menos, 12 meses. 

    Existem ainda outros fatores que influenciam ao definir o tempo de poupança, como:

    • tamanho da família e quantidade de membros que dependem do seu salário;
    • situação de saúde da família;
    • o quão estável é o seu emprego;
    • o quão fácil é de se recolocar, caso seja demitido;
    • valor de dívidas, financiamentos ou empréstimos já existentes;
    • qual a taxa de depreciação do seu automóvel ou moradia e outros pontos. 

    Para descobrir o valor exato, basta pensar em todas as suas contas fixas, mensais, como:

    • aluguel;
    • mensalidade do condomínio;
    • escola dos filhos;
    • alimentação;
    • transporte;
    • água e luz;
    • plano de saúde;
    • internet e qualquer outro que se aplique.

    Some todos os valores e você terá o seu custo de vida mensal. Imagine que, neste caso, as despesas tenham totalizado R$3 mil. 

    Multiplicando por 6, conforme a quantidade de meses que deseja ter acumulado, chegamos a R$18 mil. É esse montante que vai compor sua reserva!

    É claro que você não precisa se desesperar, já que não precisa conquistar toda essa quantidade em pouco tempo. Ela é construída aos poucos. 

    Quais situações usar a reserva de emergência? 

    Existem muitas situações possíveis para usar a sua reserva de emergência. Como o nome sugere, a maioria delas corresponderão a um período não planejado. 

    Dependendo da sua posição na família, essa quantia não será útil apenas para você, mas também para outros membros e seus imprevistos. 

    Cuidado com saúde

    Imagine que você ou alguém da sua casa fique doente repentinamente. Os tratamentos são caros e você precisa comprar todos os medicamentos, que não são cobertos pelo seu plano de saúde. 

    Acidentes, cirurgias de última hora, tratamentos prolongados ou a descoberta de uma doença crônica compõem outros cenários possíveis. 

    Se você tem animais de estimação, todas as situações citadas acima também se aplicam, resultando em gastos com veterinários e remédios. 

    Desemprego

    Talvez seu ramo de atuação não seja tão estável e você não está “blindado”. A qualquer momento, pode acabar fazendo parte dos mais de 12 milhões de desempregados brasileiros. 

    Por isso, para não depender apenas do seguro desemprego (quando existe), o ideal é ter a reserva para recorrer e se manter até conquistar um novo emprego. 

    Grandes oportunidades

    Você não precisa usar a reserva financeira apenas em momentos de desespero! 

    Use também para grandes oportunidades na sua vida e carreira, como assumir um cargo no exterior ou se mudar para um local mais desenvolvido. 

    Assim, estando bem preparado, você não precisará recusar convites ou fechar portas às oportunidades. 

    Quando não usar a reserva de emergência? 

    O segredo para acumular um montante considerável na sua conta é fazer um aporte mensal, ou seja, todos os meses definir um valor para destinar à reserva e esquecer que ela existe. 

    A intenção é pensar em usá-la apenas quando for realmente necessário. Nunca desperdice o dinheiro nas duas situações exemplificadas a seguir. 

    Compras por impulso 

    Se você é do tipo que compra qualquer coisa quando se sente frustrado ou nervoso, só para se sentir melhor, ou não pode ver um dinheiro sobrando que já age por impulso, lembre-se:

    • ter dinheiro guardado não é o mesmo que ter uma fonte inesgotável;
    • se você usar agora, sem necessidade, pode ficar sem quando for realmente necessário;
    • busque ajuda psicológica para mudar aos poucos o modo como você encara o dinheiro, ressignificando sua relação com as compras. 

    Emprestando

    O ideal é que ninguém além de você e uma pessoa de extrema confiança, que também contribuirá para alimentar a sua poupança, fique sabendo que ela existe. 

    Caso contrário, se sua família toda, ou mesmo amigos, descobrirem, você terá que lidar com a tentação de dizer “não” às solicitações de empréstimos. 

    Não faz sentido emprestar um dinheiro que você está guardando para emergências futuras, não acha? 

    Onde deixar a reserva de emergência?

    A reserva de emergência faz parte da sua carteira de investimentos de longo prazo, independentemente do seu perfil de investidor

    A diferença é que ela deve se concentrar em um ativo muito mais estável e seguro, com alta liquidez para resgate imediato. 

    Selecionamos algumas opções de ativos de renda fixa, conservadores, que você pode manter a sua reserva financeira. Confira abaixo.    

    Tesouro Selic

    O Tesouro Selic é um título público muito interessante, com essas características:

    Fundos de Renda Fixa conservadores

    Neste caso, são Fundos de Investimento:

    CDBs de liquidez diária

    Os Certificados de Depósito Bancário, CDBs, são títulos emitidos por bancos, que:

    • também seguem a taxa do CDI;
    • rendimento maior ou igual a 100% do CDI;
    • têm liquidez diária.

    Contas digitais ou carteiras remuneradas

    Com tantas novas instituições financeiras e fintechs, existem muitas opções de contas-correntes remuneradas. Nestes casos, seu dinheiro rende também devido à taxa CDI, com cerca de 100% ou mais. 

    Como começar a fazer uma reserva de emergência? 

    Talvez você ainda esteja se perguntando como começar a guardar dinheiro e, de fato, montar sua reserva. Existe um passo a passo simples que você pode seguir:

    Saiba suas receitas e despesas

    Para saber exatamente quanto você pode poupar durante o mês, é preciso ter clareza de quanto você ganha e quanto gasta. Assim, faça uma lista de todas as suas receitas, desde o salário até alguma renda extra que tenha. 

    Liste também todos os seus gastos, fixos e variáveis. Analise também se você tem algum financiamento, empréstimo ou despesa mais longa e preocupante em andamento. 

    Em caso afirmativo, seu primeiro passo será, ao invés de guardar dinheiro para a reserva, quitar suas dívidas

    Calcule suas despesas

    Estabeleça um valor para guardar

    Com tudo quitado, você pode definir um valor fixo para guardar todos os meses. Não precisa ser absurdamente alto, acima de R$1 mil reais logo de cara. 

    Você pode começar aos poucos, nem que seja apenas R$100,00 mensais! O importante é manter a constância mensal e, a cada aporte, aumentar um pouquinho o valor. 

    Talvez isso demande cortar alguns gastos desnecessários ou luxos, como serviços de streaming, pedir comida em delivery todo dia ou sair com os amigos todo final de semana. Mas, todo o esforço valerá a pena! 

    Pense a curto, médio e longo prazo

    Não adianta apenas pensar a curto prazo se você quer segurança financeira por mais tempo, no futuro. 

    Ao mesmo tempo, não adianta pensar apenas no longo prazo e não se permitir curtir o “agora” com responsabilidade. 

    Por isso, seria bom refletir:

    • Como isso afetará meus objetivos financeiros futuros?
    • A médio prazo, será que este dinheiro fará falta? 
    • Será que tenho comprado itens por impulso, ou porque realmente preciso? 

    Pensar nas respostas pode dar um norte e te ajudar a tomar decisões mais assertivas. 

    Tenha uma planilha  

    Para controlar todos esses números e saber exatamente quanto dinheiro entra e sai mensalmente, nada melhor do que ter uma planilha de controle financeiro. 

    Ela pode ser bem simples: basta ter 3 colunas: Data, Valor Gasto e Valor recebido. A cada linha, você pode fazer os lançamentos do que aconteceu com o seu dinheiro no decorrer do mês. 

    Basta mantê-la atualizada, para no final do mês ter um montante real de quanto foi gasto e qual foi o destino dos seus recursos. 

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    Conclusão

    Percebeu como a reserva de emergência é útil para todas as etapas da vida? Não importa qual seja o seu objetivo geral, ter um valor guardado pronto para uso em casos de imprevistos é a melhor escolha possível. 

    Se você deseja aprender mais sobre planejamento e organização financeira, está no lugar certo! Aqui mesmo, no Blog Ailos, você encontra diversos conteúdos sobre educação financeira, como:

    Vale a pena conferir e aumentar os seus conhecimentos sobre o tema! 

    6 comentários em “Reserva de Emergência: o que é, quem deve fazer e qual valor”

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