Muitos investidores já devem ter se deparado com alguma cobrança para proteger seu patrimônio. E acredite: é nessa hora que muitos descobrem o que é a taxa de custódia.
E é importante que você também saiba sobre o seu conceito e aplicação. Pois o pagamento dessa taxa é focado, exclusivamente, na composição de melhores serviços e aplicações para os investidores.
Para isso, preparamos este artigo. O Ailos vai te ajudar a entender, de uma vez, quando é cobrada a taxa de custódia e tudo o mais que você precisa saber a respeito disso!
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O que é taxa de custódia?
O sentido de custódia é dado à proteção ou guarda de algo segundo a perspectiva jurídica.
Então, isso já diz muito sobre o que é a taxa de custódia, concorda? Porque é justamente isso que essa despesa propõe: uma forma de conferir mais proteção ao patrimônio dos investidores.
E se você está se perguntando se isso é mesmo necessário, vale destacar que essa taxa é aplicada desde antes da transformação digital — época em que as operações financeiras não eram digitalizadas e tudo era registrado em papel.
Só que, hoje em dia, ainda existe a importância e necessidade de registro, guarda e identificação do patrimônio de cada investidor. Mudou o meio e esse processo ficou mais rápido e fácil. Até por isso, nem toda instituição cobra uma taxa de custódia hoje em dia.
Mas fique de olho: isso não é uma regra. Antes de investir, é fundamental compreender quais são as taxas e custos de cada operação para não ter surpresas desagradáveis.
Entre as instituições que ainda praticam a taxa de custódia, a B3 — a Bolsa de Valores brasileira — é uma delas. E já tenha em mente que o valor da taxa varia conforme o tipo de investimento. Por exemplo: títulos do Tesouro Público e ações têm valores distintos).
Qual a diferença entre taxa de custódia e taxa de corretagem?
Ao entendermos o que é a taxa de custódia, deve ter dado para compreender que ela é, basicamente, um custo pelo serviço de guarda e armazenamento de títulos e ações.
Mas, então, qual é a diferença entre taxa de custódia e taxa de corretagem?
Afinal, essa é uma taxa também comum no dia a dia do investidor. Mas saiba que elas não são sinônimos. A taxa de corretagem é aplicada pelas corretoras como forma de remuneração pelas negociações intermediadas por elas na Bolsa de Valores.
Dessa maneira, uma taxa de corretagem pode ter valores distintos porque esse é um preço fixado por cada empresa. Enquanto isso, a taxa de custódia tem seu preço fixo e a partir de porcentagens pré-definidas — além de ter uma aplicação focada na guarda e no armazenamento de títulos.
Quais são os investimentos que contam com taxa de custódia?
Ações, títulos do Tesouro Direto, investimentos em ouro e fundos de investimento, entre outras aplicações, são passivas de cobrança de uma taxa de custódia. Vamos entender melhor como isso funciona, a seguir.
Tesouro Prefixado
O investimento no Tesouro Direto está diretamente ligado ao pagamento de uma taxa de custódia. E o seu valor é calculado em cima do estoque do título acumulado em prazos relativamente curtos.
Com isso, o Tesouro Prefixado tem se popularizado por oferecer uma chance maior de rendimentos e de ganho de capital até que o título alcance sua data de vencimento.
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Tesouro Selic
No caso do Tesouro Selic, vale ficar de olho em uma mudança que entrou em vigor no ano de 2020: aplicações de até R$ 10 mil são isentas de taxa de custódia.
Digamos, por exemplo, que você invista R$ 15 mil em uma aplicação do Tesouro Selic. Aí, a cobrança vai ser praticada somente sobre os R$ 5 mil excedentes à cobertura máxima.
Tesouro IPCA+
O Tesouro IPCA+ é mais conhecido como um título público para investidores de longo prazo. E existem mudanças recentes que também reduziram o custo da taxa de custódia.
O que houve foi uma redução de 0,05% no valor. Agora, imagine o quanto isso beneficia um investidor que pretende manter o seu patrimônio em uma aplicação como o Tesouro IPCA+ 2045 ou o IPCA+ 2055?
É uma redução grande para arcar com esse tipo de taxa após rendimentos de mais de 20 anos, concorda?
Ações
A cobrança de uma taxa de custódia para ações atinge percentuais variáveis conforme a quantia aplicada em um ativo. Entenda melhor conforme a tabela abaixo:
| Valor investido em um ativo | Taxa de custódia |
| Entre R$ 300.001 e R$1 milhão | 0,0130% |
| Entre R$1.000.001 e 10 milhões | 0,0072% |
| Entre R$10.000001 e R$ 100 milhões | 0,0032% |
| Entre R$ 100.000.001 e R$ 1 bilhão | 0,0025% |
| Entre R$ 1.000.000.001 e R$ 10 bilhões | 0,0015%; |
| Acima de R$ 10 bilhões | 0,0005% |
O que é taxa de custódia: como a taxa é cobrada?
Muita atenção às formas de cobrança da taxa de custódia. No país, ela é cobrada duas vezes ao ano — nos primeiros dias úteis de janeiro e de julho.
Também é importante destacar que a sua aplicação incide sobre o montante investido, e não sobre a rentabilidade dos ativos.
E fique de olho às novas regras: desde janeiro de 2022, a taxa passou a ser de 0,20% ao ano. Diferentemente dos 0,25% até então praticados no mercado financeiro.
A solução foi pensada justamente para atrair novos (e mais) investidores para que eles possam realizar seus objetivos financeiros.
Leia também: aprenda a identificar o seu perfil de investidor
Em que outras situações a taxa de custódia pode ser cobrada?
Entender o que é a taxa de custódia pode te ajudar a identificar excelentes oportunidades de investimento — caso não queira arcar com esse custo, por exemplo.
Mas a cobrança semestral não é a única maneira em que a cobrança pode ser aplicada. A seguir, vamos te mostrar as situações em que a taxa de custódia também será cobrada.
No vencimento do título
É comum que a data de vencimento do título aconteça entre as cobranças da taxa de custódia. Com isso, incide uma taxa proporcional desse período — é o que acontece, inclusive, na outra situação que descreveremos abaixo.
Em resgates antecipados
Resgates antecipados também podem acontecer com frequência na rotina de um investidor. Pois saiba que, nessas situações, você tem que se atentar ao valor cobrado da taxa de custódia — que será também proporcional ao período da última cobrança da taxa.
No recebimento de juros semestrais
Recebimento de juros semestrais podem acontecer com alguns modelos de investimento, como o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (ou NTN-F).
Como a taxa de custódia é aplicada semestralmente, o recolhimento acontece já no momento de recolhimento dos juros.
Como encontrar opções com taxas de custódia reduzidas?
É normal que você se sinta lesado ao saber que existem taxas que vão afetar o seu capital investido. Mas entender o que é a taxa de custódia ajuda a minimizar a sua cobrança: existe um objetivo por trás dessa cobrança.
Mesmo assim, você pode escolher opções e alternativas que impactem menos o seu bolso. Como destacamos anteriormente, uma possibilidade é o investimento no Tesouro Selic, que dá isenção de taxa de custódia para aplicações de até R$ 10 mil.
As próprias ações têm percentuais de cobrança alinhados com o capital investido em cada aplicação. Com estratégia e planejamento, você pode reduzir ao máximo o pagamento desse tipo de taxa.
E tem, ainda, a possibilidade de avaliar as opções que não contam com cobrança da taxa de custódia. Assim, você não precisa se preocupar com esse pagamento semestral.
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- aplicação financeira, com opções pós-fixada e pré-fixada (CDI e IPCA);
- poupança;
- aplicação programada;
- Cotas Capital, modalidade em que você determina o valor que será investido mensalmente no seu Capital Social;
- LCI, opção de renda fixa com letras de crédito do setor imobiliário (investimento seguro e isento de cobrança do Imposto de Renda).
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Conclusão
Ao longo deste post, vimos o que é a taxa de custódia e porque esse valor é cobrado em determinadas aplicações financeiras.
Além disso, apresentamos os valores cobrados e, até mesmo, apontamos algumas dicas para você que deseja fugir desse tipo de cobrança e valorizar ainda mais o seu patrimônio.
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