• 24 de março de 2022
  • 15 minutos

Previdência privada vale mesmo a pena? Esclareça todas as dúvidas

Neste post, explicamos o que é previdência privada, como ela funciona, os tipos de previdência e quais as vantagens comparado a aposentadoria.

Quando pesquisamos sobre aposentadoria no Brasil, é comum encontrar a sigla INSS, que se refere ao Instituto Nacional de Desenvolvimento Nacional, órgão responsável pela Previdência Social oferecida no país. Porém, é outra opção de aposentadoria que está ganhando mais adeptos no país: a previdência privada.

Principalmente após a reforma da Previdência Social, que entrou em vigor em 2019, cada vez mais brasileiros procuram planos de previdência privada.

A reforma trouxe alterações nas regras de pensão por morte, no tempo de contribuição, no cálculo da contribuição mensal e na idade mínima para homens e mulheres. Com as novas regras, a previdência privada se tornou um tipo de investimento para quem deseja complementar sua renda e ter mais conforto financeiro quando deixar de trabalhar.

Neste post, vamos explicar tudo que você precisa para avaliar se a previdência privada vale a pena. Aproveite a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto!

O que é Previdência Privada?

Para saber se a previdência privada é a escolha ideal para sua realidade financeira, é importante entender como ela funciona.

Em primeiro lugar, a previdência privada não está ligada à previdência social ou ao INSS. Trata-se de um investimento feito por conta própria e de maneira não obrigatória, ou seja, cada pessoa decide se quer fazer ou não o investimento e qual o seu objetivo com ele.

Na previdência privada, o investidor realiza contribuições mensais,e o seu patrimônio vai crescendo com a ação de juros compostos. Depois de um prazo definido, o investidor escolhe como receber de volta as contribuições mensais mais os juros acumulados durante o período.

Além disso, é importante saber que a previdência não tem idade. O plano pode ser adquirido tanto por jovens quanto por adultos e idosos.

Leia também: Investimentos em Renda fixa - Tudo o que você precisa saber

Como funciona a Previdência Privada?

Uma pessoa contrata o plano de previdência para ter seu dinheiro aplicado em um fundo de previdência, que é um tipo de investimento do mercado financeiro.

A equipe da instituição contratada é responsável pela gestão dos ativos (compra e venda) com o objetivo de rentabilizar o dinheiro aplicado. Assim, mais tarde, o investidor receba de volta o valor investido.

Acumulação é quando o investidor está fazendo suas contribuições a cada mês, enquanto o plano contratado aplica os valores em investimentos. Após a acumulação, o investidor passa a receber o benefício (fase de usufruto ou resgate). e o plano pode ser finalizado.

Plano de previdência aberto e fechado: qual é a diferença?

A diferença entre os dois tipos tem a ver com as pessoas que podem participar e o órgão de fiscalização. Entenda melhor a seguir.

Plano aberto

O plano de previdência aberto pode ser adquirido por qualquer pessoa. O órgão responsável por definir as regras e fiscalizar esse tipo de plano é a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

Nesse caso, é o próprio contribuinte que contrata a instituição financeira para fazer o investimento no fundo de previdência.

Plano fechado

O plano de previdência fechado, também conhecido como fundo de pensão, tem um público restrito. Ele atende apenas aos funcionários de uma determinada empresa ou aos associados da associação que contratou o plano.

O órgão responsável pela fiscalização dos planos fechados é a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), que também é ligada ao Ministério da Economia.

Nesse caso, o funcionário ou associado participa do mesmo plano que os demais participantes. Esse modelo de contribuição com mais pessoas permite que as taxas de administração sejam menores que as do plano aberto.

Quais são os tipos de previdência privada?

O plano de previdência aberta pode ser do tipo PGBL ou VGBL. Confira as diferenças entre eles logo abaixo.

PGBL

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) tem como a sua principal característica a possibilidade de deduzir até 12% sobre a base de cálculo do Imposto de Renda (1R). Quanto menor o IR a ser pago, maior é o valor que sobra de sua receita para investir.

O PGBL é indicado para as pessoas que fazem a declaração completa do Imposto de Renda e têm a intenção de investir até 12% de sua renda do ano na previdência privada.

O percentual sobre o IR é cobrado no momento do resgate do plano, o que permite pagar menos impostos durante a fase de acumulação. No entanto, devido ao benefício fiscal atual, essa modalidade cobra, no momento do resgate, o imposto de renda sobre o valor total investimento + juros acumulados.

VGBL

No Vida Gerador Benefício Livre (VGBL), a dedução não é feita no Imposto de Renda, como acontece no PGBL. Por isso, o VGBL é a opção indicada para quem é isento de pagar o IR ou escolhe fazer a declaração simplificada.

Assim como acontece no PGBL o imposto é cobrado no momento do resgate do plano de previdência. Porém, ele incide apenas sobre os rendimentos acumulados, e não sobre o patrimônio inteiro.

Além disso, uma pessoa pode investir no PGBL e VGBL simultaneamente, caso prefira.

Como a previdência privada se diferencia da previdência social?

Antes de qualquer coisa, é importante perceber que a previdência privada e previdência social não são concorrentes entre si, mas opções complementares para quem vai se aposentar.

Se uma pessoa trabalha com carteira assinada, ela necessariamente contribui com a previdência social. Nesse caso, é possível contratar um plano de previdência privada para manter seu padrão de vida quando se aposentar, sem precisar passar por uma perda financeira, e até mesmo conquistar uma alta rentabilidade.

Dito isso, vamos agora às diferenças entre a previdência privada e social, que podem ser resumidas em três aspectos: obrigatoriedade, teto de pagamento e tempo de contribuição.

Obrigatoriedade

A previdência social é garantida por lei aos cidadãos brasileiros. A contribuição, nesse caso, é obrigatória para as pessoas empregadas com carteira assinada, servidores públicos e profissionais formalizados como MEI (Microempreendedor Individual).

Já a previdência privada é uma forma de previdência complementar. A contribuição é facultativa e pode ser feita por qualquer pessoa, independentemente da idade ou cargo exercido.

Teto de pagamento

Quanto você espera receber de aposentadoria? Essa é uma pergunta que pode determinar se você precisa ou não contratar um plano complementar de previdência privada.

Isso porque o INSS estabelece anualmente um teto de pagamento para o benefício. O reajuste de cada ano tem como base a inflação mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior. Em 2021, o teto do INSS foi de R$6.433,57.

Isso significa que o contribuinte do INSS só pode receber no máximo R$6.433,57 de aposentadoria. Se você tem no seu planejamento receber um valor maior que esse, será preciso buscar um plano complementar. Ao contrário da previdência social, não existe teto de pagamento na previdência privada.

Tempo de contribuição

Outra pergunta importante: por quanto tempo você espera poupar? Quanto mais cedo, maior será o valor acumulado. Contudo, existem algumas diferenças entre os dois planos.

Na previdência social, o tempo de contribuição depende do gênero e do modelo de aposentadoria escolhido pelo contribuinte.

Por exemplo, na aposentadoria social por idade mínima, as mulheres precisam (a partir de 2022) ter 57 anos com pelo menos 30 anos de tempo de contribuição, enquanto os homens precisam ter 62 anos com pelo menos 35 anos de contribuição.

Já na previdência privada, o investidor é quem determina o prazo de pagamento do plano. Então, o contribuinte decide quanto tempo vai poupar até resgatar o patrimônio acumulado, independentemente do gênero ou idade.

Previdência privada vale a pena? Quais são as vantagens?

Ok, agora você já sabe como funciona a previdência privada e as principais diferenças em relação ao modelo de previdência social. Nesta parte do conteúdo, vamos resumir as principais vantagens de contratar um plano privado. Assim, você vai conseguir decidir de uma vez por todas se esse é um bom negócio.

Portabilidade

Quando o investidor se arrepende de ter aberto uma previdência em uma instituição financeira, é possível migrar para outra, sem sofrer prejuízo no rendimento já obtido ou no tempo transcorrido na tabela regressiva do IR. O único critério, nesse caso, é o de que a portabilidade deve ser feita para o mesmo tipo de plano (VGBL ou PGBL).

A portabilidade também permite que o investidor troque de plano, desde que continue na instituição financeira. Isso garante ao investidor a possibilidade de migrar para taxas mais atrativas do mercado financeiro, seja entre instituições, seja entre diferentes planos.

Isenção de impostos

A previdência privada tem a vantagem de não estar exposta ao imposto come-cotas. Essa é uma antecipação semestral no recolhimento do IR que ocorre em fundos DI, cambiais, renda fixa, entre outros fundos de investimento.

Além disso, o plano VGBL fica livre do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), cobrado por alguns estados brasileiros. Isso acontece porque o plano VGBL é considerado um seguro de vida pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), e os seguros no Brasil não são tributados na partilha de bens.

Controle financeiro

O plano privado garante ao investidor uma autonomia que não é oferecida no plano social. É possível negociar e rever os valores investidos no fundo de previdência, além de escolher o tipo de plano, a forma de tributação e a instituição financeira para investir. Ideal para quem quer ter total controle sobre suas finanças.

Como é a tributação?

Outra vantagem da previdência privada é a possibilidade de escolher a forma de tributação. Diferentemente do que acontece em outros investimentos, como em títulos públicos, o fundo de previdência permite que o investidor escolha como deseja pagar o IR.

Esse pagamento pode ser feito com base em duas formas de tributação: tabela progressiva ou tabela regressiva.

Se você optar por um plano de previdência privada aberta, é preciso escolher o tipo de plano (PGBL e VGBL) e a forma de tributação (tabela progressiva ou tabela regressiva).

A decisão sobre a tributação deve ser feita até o último dia útil do mês seguinte à contratação do plano de previdência.

A seguir, entenda como funciona as duas tabelas.

Tabela progressiva

Na tabela progressiva, a alíquota aumenta conforme aumenta o valor resgatado. Ou seja, quanto maior é o valor, maior é a incidência do imposto. Somado a isso, é cobrada uma tributação fixa de 15% no momento do resgate e na declaração anula de ajuste, independentemente do valor.

É necessário fazer o ajuste, com a possibilidade de haver restituição de Imposto de Renda ou o pagamento de alíquota complementar.

A cobrança ocorre no momento da declaração do imposto de renda, de acordo com a tabela da Receita Federal. Essa é a melhor forma de tributação para quem tem um horizonte de investimento muito curto ou se encaixa nas alíquotas mais baixas de IR.

Tabela regressiva

Na tabela regressiva, a alíquota diminui com o aumento do tempo de plano. Ou seja, quanto maior é o tempo de soma de patrimônio e rentabilidade, menor é a quantidade de imposto sobre o valor. Veja a tabela a seguir:

  • até 2 anos: alíquota de 35%;
  • 2 a 4 anos: alíquota de 30%;
  • 4 a 6 anos: alíquota de 25%;
  • 6 a 8 anos: alíquota de 20%;
  • acima de 10 anos: alíquota de 10%.

A tabela regressiva é a forma de tributação ideal para quem tem um horizonte longo para se aposentar. Caso você seja uma pessoa que não está com pressa e deseja acumular uma previdência privada por mais de 10 anos, por exemplo, a incidência de imposto será muito pequena no momento do resgate.

Como contratar?

É comum pensar que a aposentadoria está distante e que vai levar muitos anos ou até décadas para chegar. Mas é certo que uma hora ela chega, e as pessoas que não se preveniram correm o risco de acabar com um grande problema, sem conseguir ter um padrão de vida satisfatório por depender apenas da previdência social.

A boa notícia é que pode ser muito fácil contratar um plano de previdência privada e evitar que a sua situação financeira fique ruim a longo prazo.

Mas, antes de qualquer coisa, é importante entender se você vai optar pela previdência social fechada ou aberta.

Como contratar o plano de previdência?

Na sequência, confira o que fazer para contratar um plano de previdência em uma instituição financeira.

Defina seu objetivo com a previdência privada

A essa altura, você já deve saber que a previdência privada não se destina apenas aos interessados na aposentadoria. Na verdade, todo investidor do mercado financeiro que se interessa em gerar rentabilidade a longo prazo pode aproveitar os resultados oferecidos.

Portanto, antes de aplicar seu dinheiro em um investimento tão importante, estipule uma meta.

Compare as taxas oferecidas pelas instituições

Cada instituição financeira oferece um preço diferente para as taxas de administração. Além disso, o rendimento também varia de acordo com a instituição. Por isso, é tão importante fazer simulações para encontrar a opção mais vantajosa.

A desvantagem de alguns planos oferecidos no mercado são as altas taxas administrativas e de carregamento, o que pode reduzir drasticamente os rendimentos obtidos por pequenos poupadores.

Escolha o tipo de plano de previdência

Analise sua vida financeira para escolher entre o plano PGBL ou VGBL. Em suma, a principal diferença entre os dois planos está na tributação. O PGBL é mais indicado para quem entrega a declaração completa do Imposto de Renda, enquanto o VGBL é indicado para as pessoas que entregam a declaração simplificada.

Defina a forma de tributação

Tabela progressiva ou regressiva? A primeira é indicada para quem deseja gerar rentabilidade durante pouco tempo, enquanto a segunda é recomendada para as pessoas que desejam resgatar seu patrimônio a longo prazo.

Como funciona o Prevcoop e como contratar?

O Prevcoop foi desenvolvido para quem quer planejar o futuro com mais segurança e estabilidade. Ele atende diferentes objetivos e tipos de perfis de investidor, além de oferecer vantagens exclusivas para os beneficiários. Veja como funciona a seguir.

Como funciona o Prevcoop

Separamos os perfis de investidores que são contemplados pelo plano de previdência Prevcoop:

  • Renda Fixa: baixa volatilidade, até 100% em renda fixa e aplicações em títulos públicos/privados;
  • perfil renda variável: alta volatilidade, aceitando maior risco, até 80% em renda fixa, entre 20% e 50% em renda variável, até 20% em investimentos estruturados, até 10% em investimento no exterior e até 10% em investimento imobiliário;
  • perfil quanta: média volatilidade, aceitando riscos moderados em investimentos, até 100% em renda fixa, até 20% em renda variável, até 20% em investimentos estruturados, até 10% em investimento no exterior e até 10% em investimentos imobiliários.

Ainda não sabe qual é seu perfil de investidor? Não tem problema, faça uma simulação para descobrir agora.

Como contratar a Previdência Privada Prevcoop?

Está pensando em contratar a previdência privada Prevcoop? Então, o próximo passo para realizar o seu desejo é muito simples.

Você pode fazer a contratação da Prevcoop direto pelo App Alios (disponível no Google Play e App Store). O processo se resume a três passos:

  • acesse o aplicativo;
  • entre na aba Previdência;
  • agora, é só fazer sua previdência digital.

Tudo sem burocracia e de onde você quiser. Basta alguns cliques para começar a investir!

Ao fazer a contratação pelo aplicativo, você ainda ajudará uma instituição beneficente da sua região. A cada adesão, as cooperativas Ailos faz a doação de um valor para ajudar quem está em situação de vulnerabilidade social.

Vantagens do Prevcoop

Tenha um planejamento completo para atingir seu objetivo com o fundo de previdência privada. Abaixo, confira as vantagens de adquirir o Prevcoop:

  • portabilidade: transfira seu saldo para o Ailos sem perder o rendimento já conquistado e sem custos;
  • rentabilidade superior ao CDI e acima da média do mercado;
  • planejamento a longo prazo: você pode alterar o valor da contribuição mensal sempre que o seu planejamento mudar;
  • faça o resgate total ou parcial com dedução do IR, de acordo com o saldo e a tabela de tributação escolhida;
  • você tem várias opções de recebimento: renda mensal por prazo determinado, renda mensal por expectativa de vida e renda mental por percentual de saldo;
  • flexibilidade: você pode fazer contribuições extras após o início do recebimento da renda ou sempre que quiser, aumentando seu saldo;
  • planejamento sucessório: o dinheiro é só seu e, no caso de morte, ele vai para o beneficiário escolhido;
  • Sem taxa de carregamento e taxa de administração de 0,25%;
  • possibilidade de contratar coberturas de risco.

Se você chegou até aqui, já tem tudo que precisa para saber se a previdência privada vale a pena. Como vimos, esse é um tipo de investimento para quem gosta de pensar a longo prazo. Assim, quanto antes você começar, melhor será seus rendimentos no futuro!

Planeje seu futuro com o Prevcoop

É natural se preocupar com o futuro, e para que você tenha diversas possibilidades é importante estar preparado. Na Cooperativa você tem um plano de previdência privada cheio de vantagens. Com o Prevcoop, você investe nos seus planos de vida!

Para complementar sua renda futura, garantir o bem-estar de quem você mais ama ou realizar um sonho, a Cooperativa oferece um plano de previdência na medida para suas necessidades. Visite a página para saber mais!

ailos_blog_admin

Receba nossa newsletter

Inscreva-se

Faça um comentário

Últimos comentários (2)

Ocultar comentários