Cooperativismo como alternativa social

Como o Cooperativismo é uma alternativa social?
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    Pensar no cooperativismo como alternativa social é um ótimo modo de incentivar cada vez mais seu crescimento e desenvolvimento.

    Apenas em 2021, segundo o Anuário Coop, mais de 18,8 milhões de brasileiros já se tornaram cooperados, contribuindo para a expansão do cooperativismo no Brasil.

    Tal número expressivo apenas comprova o bom desempenho dessa modalidade e a percepção positiva das pessoas sobre ele.

    Mesmo assim, ainda existem muitos brasileiros que não conhecem ou nunca ouviram falar sobre o cooperativismo como alternativa social, e precisam conhecê-lo.

    Se este é o seu caso, talvez você se pergunte:

    • Por que podemos considerar o cooperativismo como alternativa social?
    • Quais os benefícios dessa iniciativa para a sociedade?
    • Em quais setores ela está presente e quais são as leis que a regulamentam?

    Pensando em todos esses pontos, a equipe Ailos desenvolveu este artigo completo, que trará todas as respostas e informações relevantes sobre o tema.

    Para entender tudo sobre o cooperativismo como alternativa social, basta continuar a leitura! Ao final, você estará preparado para formar sua própria opinião sobre o assunto. Acompanhe!

    Conheça as soluções de crédito das cooperativas Ailos, que cooperam com as pessoas, seus sonhos e negócios.

    Por que o cooperativismo é uma alternativa social        

    O cooperativismo é uma alternativa social porque atende públicos específicos, sem distinção, complementando as ações governamentais que, nem sempre, representam todas as camadas sociais.

    Ainda outro grande diferencial do cooperativismo é o objetivo central — não a geração de lucros, mas sim o trabalho em conjunto com decisões democráticas pensadas no bem coletivo.

    Cada setor do cooperativismo visa atender uma necessidade específica da comunidade. Um exemplo são as cooperativas habitacionais, que funcionam com um grupo de pessoas que têm o mesmo objetivo: conquistar sua própria casa.

    Neste caso, todos os cooperados contribuem com um valor mensal, destinado aos projetos construtivos de suas casas.

    Não existe a ideia de lucros excedentes ou “tirar vantagem”. Todos serão igualmente beneficiados e têm as mesmas responsabilidades.

    Assim, mesmo as camadas mais carentes podem participar e conquistar seus sonhos, junto com pessoas que dividem o mesmo objetivo.

    Como você pôde perceber, existe o princípio do bem-estar coletivo, a fim de humanizar as relações e traçar caminhos para que todos sejam beneficiados.

    Vale lembrar também que o cooperativismo está presente em todos os setores, beneficiando as mais diversas classes por meio das cooperativas, como:

    • cooperativas de crédito;
    • cooperativas agropecuárias;
    • cooperativas de consumo;
    • cooperativas educacionais;
    • cooperativas especiais;
    • e muitas outras, que veremos mais adiante.

    Quais os benefícios do cooperativismo para a sociedade?

    Benefícios do uso do cooperativismo como alternativa social

    Foto: Unsplash | Benefícios do cooperativismo como alternativa social.

    A sociedade como um todo se beneficia do cooperativismo, já que ele atende as necessidades de diversos grupos, que compartilham objetivos comuns.

    Apesar de não ter a missão de gerar lucros, o cooperativismo tem o poder de transformar diversas esferas da sociedade, desde a educação até a obtenção de crédito e acesso à saúde.

    Composto por diversas associações autônomas, o cooperativismo está mais perto de você do que você pode imaginar. Seja em grupos de agropecuária, infraestrutura ou trabalho, é possível participar da transformação.

    Redução de desigualdade        

    Uma das formas de transformar a sociedade, é por meio da redução da desigualdade. Afinal, quanto mais pessoas têm acesso a um serviço específico, menor sua desvantagem em relação aos mais ricos.

    Outro ponto interessante é que a própria adesão e ingresso às cooperativas acontece de forma livre e indiscriminatória, para que todos se sintam bem-vindos.

    Assim, preconceitos e julgamentos não são permitidos, já que vão totalmente contra os princípios cooperativistas de inclusão, interesse coletivo e igualdade.

    Para que todos tenham acesso à informação de modo igualitário, quase todas as cooperativas também oferecem programas de formação e ensino, seja com cursos livres ou palestras educacionais.

    Este é um dos modos encontrados para reduzir as barreiras entre as classes mais carentes da sociedade e o conhecimento, que pode ser acessado livremente nos bancos de dados e sede física da cooperativa.

    É justamente por isso que é possível desenvolver a comunidade e gerar benefícios a tantos cooperados e suas famílias — criar um ambiente de acolhimento, igualdade e conquista de objetivos comuns é transformador!

    Criação de empregos        

    Além de promover a igualdade, o cooperativismo também contribui para a geração de empregos e renda para diversas famílias.

    Sobre este tema, o portal de Cooperativismo no Amapá (OCB/AP) divulgou um pronunciamento muito interessante da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) referente ao Dia do Trabalhador.

    Segundo ele, as cooperativas representam quase 10% da população mundial empregada, sendo um dos agentes que mais cresce no setor trabalhista.

    Ainda, afirma que as cooperativas “oferecem um novo paradigma, onde inclusão, participação e crescimento caminham lado a lado”.

    Como se não bastasse o incentivo à geração de trabalho para os moradores locais de cada comunidade, o cooperativismo também busca incluir migrantes em sua forma de trabalho, bem como refugiados.

    Isso se deve ao fato de a gestão ser focada na descentralização e democracia, sem o lucro como principal foco e motivo de expansão.

    Gestão horizontal

    Para que todos os pilares da economia colaborativa sejam alcançados, é essencial que a gestão seja eficiente e representativa, especialmente no que diz respeito ao contato com os cooperados e sua integração com eles.

    É por isso que, no cooperativismo, existe um grande incentivo à autonomia e igualdade, sem uma gestão verticalizada, com cargos e hierarquias predeterminados.

    A gestão sempre tem o foco em atender os interesses de todos os cooperados, tendo como base a democracia e o interesse de todos, já que são os cooperados que ditam o rumo da instituição.

    Diferentemente de qualquer outra modalidade de instituição coletiva, nas cooperativas todos os participantes dividem o papel de sócios, ou seja, participam ativamente na tomada de decisões e definições de metas a serem alcançadas.

    É muito diferente de uma empresa focada em lucro e produtividade, que tem uma hierarquia de cargos bem definida e apenas o “topo”, ou um grupo extremamente pequeno, toma as decisões.

    Princípios do cooperativismo

    Princípios do uso do cooperativismo como alternativa social

    Foto: Unsplash | Princípios do cooperativismo como alternativa social.

    Para entender melhor como funciona esse universo deslumbrante, basta conferir quais são os 7 princípios universais do cooperativismo.

    Essa série de princípios é baseada no estatuto de Rochdale[a], uma das primeiras cooperativas do mundo, fundada em 1844 na Inglaterra.

    De modo simples, os 7 princípios são:

    1. Adesão livre e voluntária: qualquer pessoa pode se unir às cooperativas, sem discriminação ou segregação de cor de pele, religião ou sexo;
    2. Gestão democrática: sãos os cooperados que definem o futuro da cooperativa, de modo totalmente democrático, focado no interesse coletivo;
    3. Participação econômica: todos contribuem com quantias iguais para a manutenção da cooperativa;
    4. Autonomia e independência: não há associação à política local ou outros grupos alternativos, a cooperativa é uma organização independente;
    5. Educação, formação e informação: cabe à cooperativa fornecer materiais para estudo e formação dos cooperados, além de manterem-nos informados;
    6. Intercooperação: bom relacionamento com outras cooperativas do mesmo segmento para fortalecer o movimento e expandir os horizontes;
    7. Interesse na comunidade: a comunidade local deve ser o principal foco das cooperativas, que visam o bem coletivo — promover projetos para estimular o desenvolvimento educacional, ambiental e econômico das comunidades deve ser o interesse dessas instituições.

    Todos esses princípios ilustram bem porque as cooperativas têm tanto interesse em desenvolver a sociedade e quais são os valores que determinam suas ações.

    Leis regulamentam o cooperativismo como alternativa social

    A principal lei que regulamenta o cooperativismo como alternativa social é a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, composta por 18 capítulos.

    Nela, são definidos:

    • os tipos de sociedades cooperativas;
    • proibições, direitos e deveres de cada uma;
    • detalhes sobre sua autorização de funcionamento;
    • definição do estatuto social da cooperativa;
    • quais são os livros indispensáveis, como livro de Matrícula, de Atas de Assembléias e Conselho Fiscal, por exemplo;
    • como deve ser feita a divisão do capital social da cooperativa;
    • como deve acontecer a repartição das sobras e quais são os fundos necessários;
    • quais são os direitos e deveres dos associados;
    • como deve ser feito o ingresso de novos interessados;
    • o funcionamento das Assembléias Gerais, usadas para definir metas e convocar a reunião dos associados;
    • como serão divididos e alocados os órgãos de administração;
    • deveres do Conselho Fiscal e métodos de aplicar a fiscalização;
    • e muitos outros detalhes, que são padronizados às instituições.

    É essencial a existência de leis que regulamentem e padronizem a atuação das cooperativas, além de instituírem órgãos de fiscalização eficazes para evitar quaisquer injustiças e abusos.

    Setores onde o cooperativismo está presente

    O cooperativismo atua nos mais diversos setores da sociedade, ajudando diversos grupos. É muito comum notarmos o cooperativismo na agropecuária, na obtenção de crédito e no acesso à educação.

    Porém, ele está presente em muitos outros setores, com cooperativas:

    • de Consumo: com foco na aquisição e distribuição de bens de consumo;
    • Especiais: composta por pessoas com deficiência (PCDs);
    • Habitacionais: para a conquista da casa própria;
    • Minerais: compostas por mineradores e processos de mineração;
    • Produção: para a criação e fabricação de bens;
    • de Infraestrutura: oferecem serviços como telefonia rural e acesso à energia elétrica;
    • de Trabalho: composta por prestadores de serviços como artesãos e catadores;
    • de Saúde: formada por profissionais da área da saúde;
    • de Transporte: prestação de serviços de transporte de cargas e pessoas;
    • de Turismo e Lazer: focadas no entretenimento e viagens.

    São várias opções! Uma das mais interessantes, que mais chamam a atenção das pessoas, é a cooperativa de crédito. Com ela, é possível acessar o crédito que você precisa para realizar seus sonhos de modo facilitado.

    As cooperativas de crédito, como as que compõem o Sistema Ailos, oferecem diversas soluções interessantes para você e seu negócio.

    Algumas opções que podem facilitar a sua vida financeira, são:

    • Empréstimo Facilitado com taxas reduzidas e liberação rápida;
    • Crédito Imobiliário;
    • Financiamentos Pessoais;
    • Regularização de dívidas e muito mais!

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    Conclusão

    Percebeu o funcionamento eficaz do cooperativismo como alternativa social? Por ser uma iniciativa democrática, igualitária e justa, o cooperativismo atende às necessidades de diversas camadas sociais.

    Como você pôde notar ao decorrer deste artigo, ele está presente em praticamente todos os setores, desde educação até transporte e infraestrutura.

    Se você gosta de artigos como este, precisa conferir os outros disponíveis aqui mesmo, na seção de cooperativismo do Blog Ailos!

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