Como calcular juros de empréstimo: aprenda agora!

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    Quem tem grandes objetivos financeiros, ou está precisando de um dinheiro a mais para quitar dívidas geralmente recorre a empréstimos. 

    Porém, infelizmente, poucas pessoas se preocupam em aprender como calcular juros de empréstimos — e acabam inadimplentes, uma vez que não se planejaram adequadamente. 

    Segundo um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 4 em cada 10 brasileiros estão inadimplentes. O número corresponde a 61,94 milhões de pessoas! 

    Além de alarmante, essa informação apenas reforça a importância de entender como montar um bom planejamento financeiro, o que inclui saber como calcular os juros de empréstimo, caso você precise recorrer a um. 

    Pensando nisso, para te ajudar, a equipe Ailos desenvolveu este artigo completo, com tudo o que você precisa saber sobre como calcular juros de empréstimo. Confira!

    Conheça as nossas soluções de crédito que cooperam com as pessoas, seus sonhos e negócios.

    O que são juros?

    Antes de entender como calcular juros de empréstimo, é essencial ter bem claro em mente o que são juros e quais tipos existem. 

    De modo simples, juros é o modo de lidar com a inflação e a desvalorização do dinheiro em determinado período de tempo. 

    Afinal, o poder de compra é muito volátil e não é o mesmo a cada dia. Basta pensar em quantos itens você conseguia comprar no mercado 10 anos atrás com R$100,00 e quantos consegue comprar hoje — é bem provável que você note grande diferença. 

    Por isso, o dinheiro tomado emprestado hoje não terá o mesmo valor econômico daqui a 10 anos, quando você devolvê-lo ao credor, que emprestou o dinheiro. 

    Dessa forma, os juros existem para ajustar essa variável “tempo x desvalorização”. Ainda, é uma forma de “recompensar” o credor pelo período que não está usando o dinheiro emprestado. 

    Então, a taxa de juros representa, para quem empresta, o rendimento sobre esse investimento, o valor que ele receberá como um aluguel do dinheiro pelo tempo que ficou aplicado em outro local. 

    Se você investe na poupança, títulos públicos ou algo semelhante, tem a taxa de juros a seu favor. Ela te permite recuperar um valor mais alto do que o investido, com o passar do tempo. 

    Ao mesmo tempo, se você se submete a empréstimos, tem a taxa de juros contra você, deixando o valor final a ser pago mais alto do que a quantia que pegou emprestado. 

    Quais os tipos de juros? 

    Existem alguns tipos principais de juros, que são calculados de modos diferentes e aplicados em situações diversas. Isso se aplica aos juros simples e compostos. Vale a pena entender como apurar cada um e identificar seu impacto em empréstimos. 

    Juros simples

    Entender como calcular juros de empréstimo simples nada mais é do que identificar qual o valor total que será pago à instituição financeira após um determinado período que você estiver com o dinheiro. 

    Pensando nisso, os juros simples são calculados com base no valor do capital inicial, percentual da taxa de juros e o tempo de contrato. 

    A fórmula para identificar o valor dos juros é: 

    • J = C x i x t, onde:
    • “J” é o Juros;
    • “C” é o capital inicial;
    • “i” é a taxa de juros;
    • e “t” é o tempo decorrido. 

    Para ficar mais prático, vamos considerar um exemplo numérico, simulando um empréstimo de R$2.000,00 para ser pago em 24 meses (2 anos), e taxa de juros a 10% ao ano (a.a). 

    Descobrir o valor dos juros, que serão somados ao valor inicial para resultar no valor final a ser pago, é simples: 

    • J = 2000 (capital) x 0,10 (taxa de 10% em decimal) x 2 (tempo, 24 meses);
    • J = 400.

    O valor de 400 reais se refere ao total de juros que será pago pelo empréstimo. Assim, você terá que devolver à instituição financeira R$2.400,00 (2000 que é o valor inicial, somado aos 400 de juros). 

    Juros compostos

    A maioria das instituições financeiras, porém, utilizam os juros compostos para praticamente todas as suas operações, incluindo empréstimos. 

    Afinal, eles são mais rentáveis do que os juros simples, pelo fato de serem cumulativos — são juros sobre juros. 

    Por isso, é essencial entender como calcular juros de empréstimo quando são compostos. Neste caso, a fórmula para identificar o valor dos juros é: 

    • M = C x (1 + i)t, onde:
    • “M” equivale ao montante, ou valor final;
    • “C” corresponde ao capital que foi emprestado;
    • “i” é a taxa de juros;
    • e o “t” elevado é o tempo.

    Para ficar mais simples, usaremos o exemplo de um empréstimo de R$5.000,00 para ser pago em 48 meses (4 anos), e taxa de juros a 12% ao ano (a.a). O cálculo seria:

    • M = C x (1 + i)t
    • M = 5000 x (1 + 0,12)4
    • M = 5000 x (1,12)4
    • M = 5000 x 1,5735
    • M = 7.867,5

    Como este é o montante total, para descobrirmos exatamente o valor dos juros, basta fazer uma breve subtração: 

    • J = M – C, então:
      • J = 7.867,5 – 5.000 
      • J = 2.867,5

    Concluímos que o valor dos juros é de R$2.867,50. Um total bem alto, não acha?

    Quais os tipos de empréstimo? 

    Você só aprende como calcular juros de empréstimo quando aprende a identificar os tipos de empréstimo que existem. Cada tipo apresenta uma taxa de juros média diferente, conforme as especificações e o público que contrata esse produto financeiro. 

    Empréstimo consignado 

    Uma modalidade de empréstimo muito comum é o consignado, que geralmente envolve descontos na aposentadoria, na folha de pagamento ou no contracheque do interessado. 

    Sua fama se dá pela facilidade de acesso e liberação do crédito, que é facilitada devido à segurança que as instituições financeiras têm de que o pagamento de cada parcela será feito — afinal, será descontado automaticamente. 

    Ainda outra vantagem é a possibilidade de conseguir menores taxas de juros, se comparadas a outras modalidades. 

    Você também não precisa informar a finalidade ou destino do dinheiro emprestado, como aconteceria com o crédito estudantil, habitacional ou automotivo. 

    Assim, funcionários públicos, pensionistas do INSS e aposentados são os maiores beneficiados dessa linha de crédito. 

    Apesar de tudo isso, vale lembrar que esse produto financeiro pode ser extremamente prejudicial quando mal planejado — por se tratar de um empréstimo, as taxas de juros existem e você não pode ficar inadimplente. 

    Para calcular os juros desse empréstimo, basta saber qual a taxa de juros da instituição, o tempo e o capital inicial e usar a fórmula dos juros compostos. 

    Empréstimo pessoal

    O empréstimo pessoal também apresenta a liberdade de uso e o interessado não precisa justificar o destino do dinheiro. 

    A diferença é que será necessária uma análise de crédito e score do tomador — mas geralmente é feita de modo rápido e sem maiores complicações. 

    Essa análise é requisitada já que, diferentemente do empréstimo consignado, não há uma garantia de pagamento mensal das parcelas. 

    A facilidade de acesso ao crédito nessa modalidade é um grande atrativo para aqueles que precisam de um dinheiro extra para quitar dívidas, trocar de carro ou fazer uma compra específica. 

    Leia também: Financiamento CDC: o que é e como solicitar

    Leia mais: Empréstimo para casamento: saiba tudo sobre a modalidade!

    Crédito estudantil ou universitário 

    Como o próprio nome sugere, o crédito estudantil é destinado única e exclusivamente para jornadas acadêmicas. 

    A contratação é muito comum quando o estudante não tem o dinheiro em mãos para pagar as mensalidades em casos de universidades privadas. 

    Além de ser oferecido por instituições financeiras tradicionais, o Governo também oferece o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) — ao final da graduação, o estudante tem um prazo para quitar a dívida estudantil. 

    Os prazos de pagamento e taxas de juros variam e você pode comparar as melhores opções conforme sua realidade, prestando muita atenção antes de fechar qualquer contrato.

    Empréstimo habitacional

    O empréstimo habitacional, também chamado de crédito imobiliário, oferece um determinado valor para que o tomador possa construir, reformar ou adquirir um imóvel. 

    De modo simples, o pagamento deste valor integral é feito mensalmente, através de parcelas acrescidas de juros. 

    Crédito automotivo

    Se seu sonho é comprar ou trocar de carro, o crédito automotivo pode viabilizar esse objetivo. 

    Até mesmo empresas que querem expandir sua frota comercial podem utilizar os benefícios dessa linha de crédito. 

    As taxas de juros desta modalidade geralmente são prefixadas e você pode escolher o modelo, marca e tipo de automóvel que bem entender, com prazos de até 5 ou 6 anos. 

    Crédito consolidado

    Se você já tem muitas dívidas com o banco e não sabe mais o que fazer, o crédito consolidado pode ser a solução. 

    Geralmente, é feita uma renegociação das dívidas e gerado um valor único para pagamento, que são dissolvidos em um valor razoável para ser parcelado e pago mensalmente. 

    Antecipação de 13º salário

    Essa última possibilidade pode ser muito sutil e, muitas vezes, passar despercebida ou ser encarada como “inofensiva”. 

    Afinal, ela funciona quando o banco te empresta a quantia equivalente ao seu 13º salário em qualquer época do ano, quando você precisar. 

    A dívida é acrescida de juros e você geralmente só paga quando recebe, de fato, seu 13º no final do ano.

    Quais as taxas cobradas nos empréstimos? 

    Além dos juros, que são naturalmente cobrados conforme o passar do tempo, existem ainda outras taxas que tornam o valor final a ser devolvido mais caro. Elas geralmente são 3: IOF, Taxas de Administração e de Abertura de Crédito. 

    IOF

    O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incide sobre a maioria das operações financeiras, desde compras com cartão de crédito até solicitações de empréstimos. 

    Cada instituição financeira define sua taxa, que pode variar de 0,01118% até 0,38%, conforme as especificações contratuais.  

    Taxas da administração 

    O banco ou instituição financeira tem o trabalho de gerir e administrar sua solicitação de crédito. Por isso, geralmente é acrescentado ao valor final uma taxa de administração que inclui todos os custos operacionais. 

    Ainda assim, alguns tipos de crédito não deveriam cobrar taxas de administração, conforme o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Afinal, entende-se que a gestão do produto financeiro está inclusa no valor total, como uma venda casada. 

    Por isso, é importante saber identificar o valor da taxa de administração apresentada e conferir, juridicamente, se ela pode mesmo ser cobrada. 

    Taxa de abertura de crédito 

    Antes de aprovar a obtenção da linha de crédito, a instituição precisa identificar a sua situação financeira e fazer um levantamento do seu score de crédito e reputação. 

    Algumas empresas cobram por este serviço inicial, por meio da taxa de abertura de crédito (TAC). Mas, vale lembrar que isso não se aplica a todas as instituições, porque é algo opcional. 

    E como calcular o juros de empréstimo? 

    Para calcular juros de empréstimo, basta utilizar as fórmulas de juros — seja ele simples ou composto, dependendo da instituição financeira. Elas são: 

    • “J = C x i x t”, para juros simples;
    • e “M = C x (1 + i)t”, para composto.

    Com isso em mente, basta seguir 3 passos simples, detalhados abaixo.  

    1. Tendo como base o valor do empréstimo

    Antes de mais nada, é preciso saber o valor exato a ser emprestado, ou seja, o capital inicial. Em ambas as fórmulas, este valor precisa ser substituído pela incógnita “C”. 

    2. Observando o tempo do pagamento 

    Em seguida, basta identificar, em anos, o prazo para pagamento, que geralmente costuma variar de 12 a 48. Nas fórmulas, basta substituir pela variável “t”. 

    3. Avaliando o tipo de juros

    Por fim, é preciso saber se a instituição financeira aplicará os juros simples ou compostos. É muito mais comum que os juros compostos sejam utilizados, já que rendem mais lucro. Com essa informação em mãos, basta utilizar uma das fórmulas apresentadas!

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    Perguntas frequentes sobre como calcular juros de empréstimo

    Confira agora o nosso “FAQ” com respostas simples e diretas a perguntas que todos fazem sobre como calcular juros de empréstimo. 

    Qual melhor tipo de empréstimo com base no juros?

    Aquele que melhor atende suas necessidades imediatas! Seguindo essa lógica, o empréstimo pessoal costuma ser o favorito dos brasileiros, já que dispensa justificativas acerca do destino do dinheiro e é fácil de acessar. 

    O que acontece com os juros em caso de pagamento antecipado?

    Quando é feito um pagamento antecipado, a taxa de juros que seria cobrada posteriormente é descontada, conforme garante o artigo 52 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). 

    Dessa forma, quando existe antecipação, o valor total a ser pago pelo empréstimo será menor.

    Como escolher o empréstimo com menor taxa de juros? 

    Descobrir qual o empréstimo com menor taxa de juros só é possível quando existe uma boa pesquisa e comparação entre as condições oferecidas por diversas instituições financeiras. 

    O Sistema Ailos oferece taxas de juros verdadeiramente interessantes para aqueles que desejam contratar uma linha de crédito como um empréstimo pessoal. Vale a pena contatar uma de nossas cooperativas e conferir! 

    Conclusão

    Percebeu como calcular juros de empréstimo é simples? Basta saber o passo a passo correto, que envolve a identificação do tipo de juros cobrado e a utilização da fórmula para um cálculo assertivo. 

    Quando o assunto é linha de crédito, é sempre imprescindível analisar com cuidado todas as propostas, contratos e condições apresentadas. 

    Ainda, você não pode deixar o planejamento financeiro de lado. Afinal, isso te trará segurança e previsibilidade para pagar todas as parcelas e quitar sua dívida. 

    Você também sempre pode contar com o Blog Ailos para te ajudar a adquirir conhecimento sobre educação financeira, poupar dinheiro e fazer investimentos. Vale a pena conferir e aproveitar as ajudas gratuitas! 

    2 comentários em “Como calcular juros de empréstimo: aprenda agora!”

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