Cair em golpes financeiros se tornou cada vez mais comum. Por isso, é imprescindível entender como saber se uma financeira é confiável.
Para ter uma ideia, apenas em 2021, segundo dados da PSafe, do ramo de cibersegurança, mais de 150 milhões de pessoas no Brasil caíram em golpes e fraudes.
Somente no segmento financeiro, foram quase 3,5 milhões de tentativas de golpes — essa quantia corresponde aos que as empresas e seguradoras conseguiram evitar e bloquear.
Fica claro, então, que é impossível confiar em tudo e todos no universo digital, especialmente no que diz respeito ao setor financeiro.
Pensando em te ajudar a se prevenir e identificar cooperativas financeiras suspeitas e golpistas, também conhecidas como “coopergatos”, a equipe Ailos desenvolveu este artigo completo.
Por aqui, você conhecerá os 7 passos de como saber se uma financeira é confiável. Além disso, entenderá:
- quais as características das “coopergatos”;
- quem fiscaliza esse setor;
- e quais são as cooperativas mais confiáveis para solicitar seu crédito.
Vale a pena a leitura! Ao final, você será capaz de distinguir uma financeira confiável de uma fraudulenta. Acompanhe!
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1. Sem depósitos antecipados
O primeiro ponto de como saber se uma financeira é confiável é ter em mente que nenhuma delas cobra nenhum tipo de depósito antecipado.
Se você está à procura de um empréstimo pessoal ou consignado, por exemplo, saiba que nenhuma instituição séria te pedirá um valor antecipado como “garantia” ou condição.
Não existe nenhum pagamento de taxas que precisam ser pagas antecipadamente. Talvez, o golpista em questão utilize desculpas como:
- “preciso de X reais para avaliar seu score de crédito antes de liberar o empréstimo”;
- “faça uma transferência de X reais para terminar as autenticações em cartório”;
- “para assinar o contrato de empréstimo digitalmente, a plataforma cobra X reais”;
- ou “só posso liberar seu dinheiro com uma entrada, ou antecipação, de X reais”.
Ao perceber quaisquer discursos semelhantes a estes, fuja! São todos “balela” e não se aplicam nas grandes instituições financeiras, de fato.
Sempre desconfie também de ligações ou mensagens de supostos representantes de bancos. Dificilmente alguém da instituição entrará em contato dessa forma.
O ideal é ir até sua agência e verificar a proposta ou as condições oferecidas. Converse com o gerente da sua conta e tire todas as suas dúvidas.
2. CNPJ ativo
Outro ponto de atenção é verificar se o CNPJ da financeira ou cooperativa de crédito que você está negociando realmente existem e estão ativos.
Descobrir o CNPJ da empresa é muito fácil: basta perguntar! Caso o número não seja apresentado no site ou contato, pergunte ao “atendente”.
Para conferir essa informação, basta acessar o site de consulta da Receita Federal e buscar pelo CNPJ em questão. Serão disponibilizadas informações como:
- número de inscrição;
- data de abertura da empresa;
- porte e nome empresarial;
- e o mais importante, situação cadastral.
Se a situação cadastral constar como “ativa”, significa que o CNPJ realmente é válido e está em operação.
Confira também se as informações apresentadas no documento correspondem ao nome da empresa e atividade econômica cadastrada.
Caso os dados sejam divergentes, é bom ligar o sinal de alerta. A partir deste momento, você precisa ter cuidado e averiguar.
Saiba mais: Seguro Empresarial: como funciona a cobertura e principais tipos
3. Empresa regulamentada
O terceiro passo é conferir se o anunciante ou empresa que está divulgando a proposta de empréstimo ou crédito realmente é autorizada pelo Banco Central do Brasil.
Esse órgão regulamenta as instituições financeiras que podem ou não oferecer empréstimos.
Por isso, vale a pena acessar o banco de dados do Bacen e buscar pela empresa entre as agências credenciadas.
Se não encontrar entre os credenciamentos, já sabe: há grandes chances de ser um golpe financeiro.
Também é possível assimilar essa informação com outras características de um anúncio suspeito, como:
- concessão de valores altos demais;
- pouca ou nenhuma burocracia para aquisição;
- solicitações de entradas de dinheiro como condição de aprovação do crédito;
- inexistência de CNPJ válido;
- poucas ou nenhuma avaliação de outros clientes;
- disponibilização de contratos incompletos ou muito simples, entre outras.
4. Se preocupa com a LGPD
Para proteger as informações pessoais e dados sensíveis dos usuários da web, a Lei de Proteção de Dados (LGPD), Lei 13.709/2018, foi estabelecida no ambiente online.
Informações como nome, IP, RG, gênero, idade, localização e fotos, por exemplo, são protegidos pela lei, que impõe às empresas e instituições online regras de uso e coleta de dados dos usuários.
Um dos principais pilares dessa iniciativa é o consentimento — as empresas não podem mais coletar todas as suas informações sem que antes você autorize.
Por isso se tornou muito comum notar caixinhas de seleção, formulários e botões nas páginas, com opções do tipo “eu aceito compartilhar meus dados”, ou “aceito, prosseguir”.
Toda empresa séria respeita essa lei. Assim, se você se interessa em como saber se uma financeira é confiável, precisa se atentar a isso.
5. Ofertas realistas
Não caia no conto do vigário e não seja uma pessoa ingênua a ponto de acreditar que uma financeira cobraria juros irrisórios, super baixos, ou ofereceria uma alta quantia com condições encantadoras.
Para evitar cair em falsas promessas, sempre pesquise a taxa de juros média do mercado, identifique qual taxa os grandes bancos estão cobrando e desconfie de qualquer oferta com valores muito menores.
Lembre-se que, no universo financeiro, os juros são compostos e as instituições sempre têm o objetivo de lucrar.
6. Documentos completos
Antes de assinar, concordar ou simplesmente contratar qualquer produto financeiro, sempre dê atenção ao contrato. Mesmo que você demore alguns dias para terminar de analisá-lo, leia-o completamente.
É este documento que trará pistas sobre:
- o perfil da empresa;
- as condições do acordo;
- e as famosas “letras miúdas”, ou seja, condições e taxas que podem ser cobradas à parte.
Preste atenção também à especificação da taxa de juros, prazos de pagamento e valores como o Custo Efetivo Total (CET).
Essa é uma informação essencial, que esclarece o valor real a ser pago ao final do contrato, ou seja, a quantia que você precisa devolver ao banco, somada aos juros.
É neste momento de leitura e consideração que você deve esclarecer possíveis dúvidas, a fim de evitar frustrações e insatisfações lá na frente.
“Mas, e se eu perceber que o contrato tem informações diferentes daquelas combinadas?”, você talvez se pergunte. A resposta é simples: não assine!
Se ficar desconfiado de qualquer informação, busque orientação jurídica, de um advogado ou autoridade da área para te auxiliar.
7. Redes sociais transparentes
Outra fonte de confirmação, para ter certeza de que a financeira em questão é realmente confiável, é navegar por suas redes sociais.
Geralmente, clientes da marca costumam acompanhar os perfis da empresa e deixar comentários — na maioria das vezes relatando insatisfações.
Fique atento a como os clientes são respondidos, em qual prazo obtém retorno e quais são suas principais reclamações.
Também vale a pena tirar um tempo para pesquisar em sites como Reclame Aqui para conferir avaliações de pessoas que já foram clientes dessa marca, antes mesmo de entrar em contato ou solicitar qualquer proposta.
O comportamento da marca no ambiente online diz muito sobre sua reputação, cuidado com o cliente e credibilidade.
Assim, mesmo que você realmente decida fechar contrato com a financeira, saberá exatamente quais são os pontos fortes e fracos dela, a fim de evitar surpresas.
Cuidado com as falsas cooperativas!
Você sabia que, no universo do cooperativismo de crédito, também existem golpes e falsas cooperativas?
As chamadas “coopergatos” são compostas por estelionatários, que oferecem propostas de financiamentos, empréstimos e consórcios fraudulentos, com condições “encantadoras”.
Algumas oferecem até mesmo taxas de juros de 0,2% ao mês, sendo que a média de mercado varia de 5% a 8% ao mês.
Com uma oferta tão chamativa, o golpe acontece quando é solicitado um depósito de cerca de 10% do valor total do crédito de modo antecipado, como “garantia de liberação”.
Golpes como este estão cada vez mais comuns, mas existem pelo menos 2 pontos principais para identificar os coopergatos, conforme descrevemos a seguir.
Quais as características dos coopergatos?
Além das promessas “incríveis”, é possível identificar um coopergato por meio do próprio comportamento do golpista.
Cooperativas de crédito sérias nunca oferecem propostas como esta por e-mail, redes sociais ou telefone, muito menos tratam o interessado como cliente.
Afinal, um dos pilares-base do cooperativismo é encarar o “cliente” como associado, ou seja, um dos sócios.
Uma grande preocupação das cooperativas é conscientizar e explicar seus diferenciais ao futuro associado, de modo que ele entenda todos os princípios e valores da instituição — algo que os estelionatários sequer se preocupam em fazer.
Por fim, entenda que as cooperativas genuínas sempre exigirão sua presença física à instituição — quando necessários procedimentos remotos, eles serão devidamente documentados.
Inexistência de práticas efetivas de autogestão
Ainda, é possível constatar a inexistência de práticas efetivas de autogestão nas falsas cooperativas de crédito.
Geralmente, não existem Comitês, Assembleias, Conselhos de Administração, Conselhos Fiscais, Auditorias, Governanças ou mesmo Diretorias de gestão.
Basta começar a se interessar e fazer perguntas sobre essas áreas que os golpistas começam a se confundir e desviar o assunto — afinal, alguns nem sabem como uma cooperativa realmente funciona.
Você também pode perguntar qual o registro da cooperativa na Junta Comercial e Banco Central do Brasil, por exemplo — esses são órgãos que regulam e oficializam as instituições.
Vínculo trabalhista
Outro ponto é o vínculo empregatício dos “representantes” da cooperativa e a própria instituição. É previsto pelo Artigo 442 do Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943, que:
- “Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. (Incluído pela Lei nº 8.949, de 9.12.1994)”.
Percebeu? Não existem empregados nas cooperativas! Por isso, qualquer “funcionário” que te ofereça produtos financeiros é um motivo para ficar alerta.
Quem fiscaliza essas falsas cooperativas?
O órgão responsável pela fiscalização das cooperativas é o Conselho Fiscal de cada uma delas, formado por acompanhar o ambiente interno e externo à cooperativa, a fim de identificar possíveis fraudes e ações em desacordo com a legislação.
É importante salientar que os membros deste Conselho são imparciais, não trabalham na cooperativa nem são cooperados.
Segundo o regulamento do Banco Central, também não devem ser “cônjuges ou parentes
até segundo grau dos membros dessa entidade/empresa”. Isso comprova a seriedade da fiscalização.
Empresas sérias, como o Sistema de Cooperativas Ailos, por exemplo, tem todo o organograma estruturado e respeitam cada detalhe da legislação vigente, a fim de oferecer ao cooperado o maior conforto e segurança possíveis.
Para evitar golpes, conte com cooperativas que você já conhece e sabe que são confiáveis. Você pode acessar a lista das 13 cooperativas que fazem parte do Sistema Ailos, se tornar cooperado e desfrutar de todos os serviços e produtos financeiros que ela oferece.
As taxas de juros e condições apresentadas por aqui são muito mais vantajosas do que em grandes financeiras ou instituições bancárias tradicionais, sempre de modo seguro e fidedigno. Confira!
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Perguntas Frequentes sobre como saber se uma financeira é confiável:
Selecionamos agora as melhores respostas às principais dúvidas que as pessoas têm sobre como identificar financeiras e cooperativas confiáveis e como denunciá-las. Confira abaixo:
Quais as financeiras confiáveis?
As empresas de crédito financeiro mais confiáveis do mercado, são:
- ACENTRA;
- ACREDICOOP;
- CIVIA;
- CREDCREA;
- CREDELESC;
- CREDICOMIN;
- CREDIFOZ;
- CREVISC;
- EVOLUA;
- TRANSPOCRED;
- ÚNILOS;
- VIACREDI;
- e VIACREDI ALTO VALE, todas do Sistema Ailos!
Como denunciar as falsas cooperativas?
Para denunciar falsas cooperativas, caso você seja alvo de anúncios ou propostas suspeitas, é muito simples: basta acessar o site oficial da Federação Nacional das Cooperativas de Crédito (FNCC) e registrar sua denúncia.
Você será direcionado para um formulário completo, em que poderá escolher fazer uma denúncia anônima ou se identificar.
Nele, informará o seguinte:
- os dados da cooperativa;
- unidade;
- data do acontecimento;
- e até mesmo evidências, sejam elas fotos ou documentos.
Assim, você pode fazer uma denúncia completa, para que as devidas providências sejam tomadas, evitando que outras pessoas caiam no mesmo golpe.
Conclusão
Percebeu como saber se uma financeira é confiável é simples? Basta estar munido das informações corretas!
Neste artigo, você entendeu os 7 passos básicos para identificar uma “coopergato” ou um golpe financeiro para se preparar e se manter alerta.
Também descobriu quais são as melhores cooperativas de crédito para se tornar um cooperado e desfrutar das linhas de empréstimos e financiamentos disponíveis — você pode confiar no Sistema Ailos!
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