• 16 de novembro de 2022
  • 15 minutos

Renda variável: entenda os detalhes sobre esse investimento agora!

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Quem deseja turbinar o patrimônio investido, não conseguirá escapar dela: a renda variável. 

Apesar de envolver maiores riscos, esse tipo de investimento oferece retornos maiores do que a renda fixa. Mas, como esses ativos funcionam?

Caso você já tenha considerado migrar parte dos seus investimentos para a renda variável, mas não sabe como ou ainda sente certa insegurança, não se preocupe. 

Com o guia a seguir, entenderá como utilizar as ferramentas adequadas para isso. Acompanhe!

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O que é renda variável

De forma simples, investimentos em renda variável são aqueles que apresentam imprevisibilidade de retorno na hora da aplicação. 

Os valores mudam de acordo com a situação do mercado e, consequentemente, as remunerações seguem a mesma premissa. 

É o completo oposto da renda fixa. Nesse modelo, os retornos são previamente calculados, definidos e conhecidos no momento do investimento. 

Tome o exemplo dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto. Na compra de um título de inflação, o investidor saberá desde já que receberá o pagamento de uma taxa de juros anual, além da variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) com o tempo.

Com a renda variável, não se pode ter esse nível de previsibilidade. Aqueles que compram uma ação de determinada companhia, sabem que adquiriram a valorização do papel ao longo do tempo, mas não sabem de quanto será essa valorização. 

Inclusive, nem mesmo há qualquer garantia dessa valorização, pois os papéis podem perder valor  durante o período. 

Para fins comparativos, quem obtém um título de renda fixa, “empresta” dinheiro para empresas e governos em troca de juros. Já quem investe em ações, por exemplo, entra no capital emissor do empreendimento. 

Então, a expectativa é que a marca cresça e se desenvolva, apresente bons resultados, pois será isso que fará o valor da ação aumentar. 

Renda variável x renda fixa

Para que você compreenda a real diferença entre a renda variável e a renda fixa, é importante detalharmos os dois conceitos. Conforme citamos anteriormente, esses dois tipos de investimentos são opostas. 

Ao aplicar nos produtos de renda fixa, o investidor consegue prever o quanto ganhará de retorno no momento do investimento. Na prática, elas se subdividem em:

  • Prefixados: assim que decidir efetuar o investimento, saberá imediatamente de quanto será o retorno, no fim da aplicação — rendimento de 6% a.a, por exemplo;
  • Pós-fixados: aqui, o investimento é parcialmente predefinido, mas também está atrelado a outro índice da economia — rendimento de 6% a.a + IPCA, por exemplo. Então, o investidor consegue estipular seus retornos, mas não completamente. 

Além disso, ativos de renda fixa possuem menor risco e, devido a isso, menor rentabilidade. 

No caso da renda variável, é quase impossível estipular qual será a rentabilidade para o investidor, ou mesmo se ele perderá ou não o valor aplicado. De forma resumida, os principais pontos de diferenciam os dois modelos são:

  • Renda fixa: retorno calculável e mais baixo, ideal para investidores conservadores, opções simples e contratantes, exige menos conhecimento em finanças, garante mais dinheiro pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), oferece menos riscos;
  • Renda variável: retornos imprevisíveis com maior potencial, ideal para perfis arrojados, investimentos complexos e mutáveis, exige maior conhecimento em finanças, sem garantia do dinheiro, apresenta maiores riscos.

Saiba mais: IR renda fixa: saiba como declarar seus investimentos!

Principais tipos de renda variável

São diversos ativos para investir em renda variável, desde os mais complexos ao simplificados. Cada um apresenta características, riscos e liquidez própria

Escolher o mais adequado requer uma avaliação criteriosa. Veja os principais tipos de investimentos dessa modalidade disponíveis no mercado!

Ações

Negociada na B3 (Bolsa de Valores Brasileira), as ações representam uma parcela mínima do capital de uma empresa. 

Aqueles que compram uma ação de determinada companhia se tornam sócios dela, compartilhando dos lucros obtidos. Trata-se do modo mais tradicional de investir em renda variável.

Existem duas maneiras de lucrar investindo em ações. Uma delas é a partir da distribuição de dividendos, que consistem em uma parte dos lucros que as empresas distribuem aos acionistas — ao menos 25% dos ganhos. 

Outra forma é por meio da valorização dos papéis na Bolsa. A partir dos movimentos do mercado e dos resultados da organização, o valor de uma ação pode subir ou cair. 

O investidor que compra ações por um preço baixo e as vende por um valor maior, consegue lucrar.

Fundos de investimentos

Diversos tipos de Fundos de Investimento possibilitam aplicar em renda variável. Os fundos de ações são os mais comuns. 

Consistem em carteiras que, via de regra, investem ao menos ⅔ do patrimônio em ações negociadas na B3, ou em outros produtos desse segmento — BDRs, cotas de outros Fundos etc.

Investir em fundos de ações é a forma mais simples de aplicar em renda variável. Isso porque, o responsável por decidir a hora de comprar ou vender papéis é o gestor profissional da carteira. 

Em contrapartida, há a cobrança de uma taxa administrativa e de performance em troca desse serviço.

Também é possível aplicar em Fundos Multimercados. Aqui, o dinheiro é aplicado em segmentos diversos, como renda fixa, variável e moedas. 

Fundos Imobiliários (FIIs)

Os FIIs, ou Fundos Imobiliários, atraem investidores interessados em aplicar no setor imobiliário. Normalmente, o dinheiro investido é utilizado na aquisição ou construção de imóveis, em seguida locados ou arrendados. 

Os lucros dessa operação são distribuídos entre os participantes proporcionalmente aos seus investimentos realizados. Os FIIs podem ter cotas negociadas no pregão da B3.

Muitas pessoas acreditam que os fundos imobiliários são investimentos de renda fixa, pois há uma distribuição regular mensal oferecida por muitos deles — semelhante à dinâmica dos títulos públicos.

Entretanto, os FIIs são aplicações de renda variável; suas cotas oscilam na Bolsa, conforme o status do mercado ou a gestão da carteira. 

Por isso, não é possível saber com antecedência de quanto será o retorno. Também não há qualquer garantia de que os rendimentos serão mantidos com o tempo. 

ETFs

A sigla representa Exchange Traded Funds, ou Fundos de Índices, em tradução livre. Esses fundos “imitam” a composição de determinados índices financeiros, como o Ibovespa ou o IBrX, com cotas negociadas no pregão da Bolsa, semelhante às ações. 

Seu intuito é oferecer aos investidores a oportunidade de investir em carteiras parecidas com as maiores referências do mercado. 

Um de seus principais atrativos é a praticidade. Um ETF permite que o investidor aplique em diversas ações de uma só vez, sem precisar comprar papel por papel. 

Outra vantagem é o custo. As taxas de administração dos fundos de índice costumam ser bem menores do que as cobradas nos fundos de ações, mesmo no caso dos passivos. 

Nos ETFs negociados no pregão da B3, por exemplo, as taxas variam entre 0,05% e 0,69% a.a.

Opções

Uma Opção consiste no direito de comprar ou vender uma ação — ou qualquer outro ativo — em uma data futura específica, por um valor predefinido. 

Funciona como uma espécie de contrato, chamado de “derivativo”, pois o preço da opção é derivado do valor do ativo a qual ela se refere. É um mercado bastante dinâmico e extenso. 

Cada opção pode ser usada com hedge — uma segurança no mercado futuro para os investimentos efetuados no mercado atual. 

Considere a situação: uma pessoa compra ações de uma companhia, mas tem receio de que as cotações se desvalorizem com o tempo. É possível evitar grandes perdas adquirindo opções de venda da ação, por um valor que minimize o prejuízo. 

Também existem aqueles que negociam opções por contra própria, sem o intuito de proteger uma carteira. O objetivo é ganhar em cima dos preços das opções, que sobem e descem com o tempo.

BDRs

Os BDRs, ou Brazilian Depositary Receipts são investimentos para aqueles que desejam explorar o mercado internacional. Um BDR é emitido quando uma empresa obtém ativos internacionais — ações, ETFs, títulos públicos e outros.

Dessa forma, comprar um BDR significa investir no exterior indiretamente, por meio da B3. Então, o investidor consegue diversificar sua carteira, sem o trabalho de abrir uma conta internacional e realizar o câmbio. 

Câmbio

Investimentos em câmbio consistem em aplicações em moedas. Trata-se de uma opção para diversificar a carteira, especialmente se você deseja proteger seu patrimônio das oscilações da economia brasileira.

São inúmeros meios de aplicar em câmbio. Com os fundos cambiais, por exemplo, o investidor aplica, ao menos, 80% do patrimônio em ativos de moedas. 

O grande fator de risco aqui é a flutuação do preço das moedas estrangeiras, ou a variação do cupom cambial — taxa de juros em dólares no Brasil.

Também é possível investir em câmbio a partir de contratos futuros de dólar, negociados no pregão da B3. Consistem em acordos de compra e venda de uma moeda, por um valor predefinido, em uma data específica. 

Além disso, existem os COEs (Certificados de Operações Estruturadas), ligados a moedas estrangeiras. 

Mercado futuro

No mercado futuro, são negociados contratos no pregão da B3. Da mesma forma que os futuros de dólar utilizados para investir em câmbio, esses contratos são acordos de compra e venda de produtos diversos, por um valor fechado em uma data futura. 

Na Bolsa, existem futuros de milho, café, soja, boi gordo, Ibovespa e até S&P 500 — um dos principais índices do mercado americano. 

A partir dos futuros, o investidor consegue investir em commodities de uma forma prática. Seus contratos são todos padronizados, para que os investidores negociem seus derivativos com as mesmas condições. 

Uma característica importante dos contratos futuros são os ajustes diários. Todos os dias, a Bolsa analisa os lucros e prejuízos de cada operação (compra ou venda) nos derivativos. 

Então, o investidor que comprou determinado futuro e obteve perdas em um dia, terá que realizar depósitos para compensar. O mesmo acontece com a situação contrária.

Criptomoedas

Um dos ativos mais recentes, as criptomoedas são produtos não produzidos ou controlados pelos bancos centrais. Em suma, consistem em códigos que podem ser convertidos em valores.

Sua criação ocorre a partir de uma rede descentralizada de pessoas, que registram as transações com essas moedas em seus servidores. Tudo é protegido via criptografia e blockchain

Um investidor pode investir em criptomoedas, como o bitcoin, por meio de corretoras especializadas. Também há os fundos de criptomoedas. 

No Brasil a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) permite que os fundos façam aplicações indiretas, a partir de cotas de outros fundos ou de derivativos do exterior, devidamente regulamentados no país. 

Quais as vantagens da renda variável

Uma importante premissa das finanças, especialmente no que diz respeito aos investimentos, é que não existe o “tudo ou nada”. 

Cada opção traz vantagens e desvantagens e, compreender esses aspectos é fundamental para tomar decisões produtivas e conscientes. Veja a seguir os pontos positivos da renda variável!

Possibilidade de altos retornos

Em comparação com a renda fixa, a renda variável apresenta possibilidades de retornos muito maiores no longo prazo. 

Grandes variedades de ativos

Quando se fala em renda variável, o primeiro ativo que surge à mente são as ações. Mas, como você viu no tópico acima, existem diversos produtos nessa modalidade, que permitem a diversificação da carteira — desde opções internacionais até criptomoedas.

Prazo de investimento flexível

Outra vantagem dessa categoria são os prazos flexíveis para investimentos. Ao contrário da renda fixa, você tem total liberdade para investir e retirar seus recursos de determinado ativo quando desejar. Porém, terá que lidar com as chances de não obter o lucro desejado. 

Acessibilidade

Para investir em renda variável, você só precisa ter uma conta em um banco, corretora de investimentos ou Home Broker, e escolher os ativos mais alinhados com seus objetivos e perfil financeiro. Também é possível investir com valores menores.  

Quais as desvantagens de renda variável

É claro que a renda variável também contém suas desvantagens. Conheça as principais delas abaixo!

Maiores riscos

Dependendo do momento de retirada do dinheiro, o investidor pode ter nenhuma rentabilidade, ou mesmo perder parte do valor investido. Independentemente do ativo escolhido, sempre haverá a possibilidade de ganhos ou perdas. 

Oscilações no mercado

Pode ocorrer de o investidor comprar um ativo que estava em alta no momento e, nos meses seguintes, apresentar alguma queda. Porém, o cenário inverso também acontece.

Imprevisibilidade

Mais uma desvantagem é a imprevisibilidade de ganhos. Conforme destacamos por aqui, não há como determinar quanto será o lucro de um ativo específico, pois eles estão atrelados à flutuações do mercado financeiro. 

Custos operacionais

Os custos envolvidos nos investimentos de renda variáveis costumam ser maiores do que os de renda fixa. Algumas taxas cobradas são as de operações, de corretagem, taxas a B3, além do IR (Imposto de Renda). 

Como investir em renda variável?

Depois de conhecer os principais tipos de investimentos em renda variável, além de suas vantagens e desvantagens, chegou o momento de aprender como dar os primeiros passos nesse universo. Veja nossas dicas a seguir!

Conheça o seu perfil de investidor

Antes de tomar qualquer decisão, é importante identificar qual o seu perfil de investidor. Isso envolve descobrir qual o nível de risco está disposto a assumir, levando em consideração as classificações de investidor conservador, moderado ou arrojado. 

Para os investidores iniciantes e conservadores, a busca deve se concentrar em produtos de renda fixa. Eles oferecem mais segurança e previsibilidade nos rendimentos.

No caso dos investidores moderados e arrojados, esses podem apostar em ativos de renda variável. Isso porque, são perfis dispostos a assumir riscos maiores em troca de alta rentabilidade.

Entenda os seus objetivos

Assim que identificar seu perfil de investidor, defina seus objetivos financeiros. Apesar de ser uma excelente modalidade de investimento, a renda variável não se encaixa em todos os planos. 

Devido ao seu nível de risco, por exemplo, é interessante focar em metas de longo prazo. Afinal, quanto mais tempo o dinheiro ficar investido em ações, fundos e outros ativos, menor será o impacto da volatilidade. 

Essa abordagem também ajuda a diluir os riscos, consolidar o patrimônio e elevar o retorno obtido. 

Escolha sua corretora

Com base no seu perfil e objetivos, se concluir que os investimentos em renda variáveis valem a pena, então abra uma conta em uma instituição financeira que disponibilize acesso ao Home Broker e, consequentemente, aos produtos disponíveis no mercado. 

Tenha uma reserva de emergência

Antes de aplicar seu dinheiro em um ativo variável, crie uma reserva de emergência em algum produto de renda fixa — CDBs (Certificados de Depósito Bancário) com liquidez diária, por exemplo.

Isso te dará uma segurança extra para aguentar a volatilidade e a falta de garantias da renda variável. Caso aconteça de perder dinheiro em determinado investimento, ainda terá a quantia investida em renda fixa para compensar o prejuízo. 

Aposte na diversificação

A premissa básica de qualquer investimento, especialmente da renda variável, é a diversificação. Aplicar em produtos diferentes ajuda a elevar as chances de bons retornos, além de reduzir o risco de perder dinheiro. 

Planeje todas suas estratégias

No mundo dos investimentos não existe uma fórmula pronta que dita o que é certo e errado. Entretanto, as decisões precisam ser embasadas em análises e planejamentos, traçados a partir das necessidades de cada investidor. 

Renda variável: qual o capital necessário para começar?

Cada ativo da renda variável determina valores mínimos de investimento. Existem fundos de ações que permitem aplicações a partir de R$1, por exemplo. 

Caso queira comprar ações diretamente na Bolsa, saiba que não existe um valor mínimo. Porém, os papéis são negociados em lotes de 100. 

Então, se determinada ação possui um valor unitário de R$10, será necessário um investimento de R$1.000 na compra do lote.

Por outro lado, também é possível adquirir lotes menores, por valores inferiores, no mercado fracionários. As cotações são ligeiramente distintas por lá. 

É válido destacar que não é interessante aplicar valores menores na Bolsa, pois isso dificulta a diversificação; o mais recomendado. 

Um investidor que aplicar R$500, provavelmente não conseguirá montar uma carteira diversificada o suficiente para mitigar os riscos da concentração em um único papel. Nesse aspecto, é mais vantajoso investir em um fundo de ações. 

Outro ponto que vale mencionar são os custos. Para negociar as ações, o investidor precisa pagar uma taxa de corretagem à corretora mediadora da operação. 

Essa taxa varia conforme a instituição, mas costuma ficar entre R$10 e R$20. Esses valores isolados não parecem altos, mas geram um impacto considerável em investimentos menores. 

Para compensar esse custo, os papéis precisam valorizar muito; algo que nem sempre acontece. 

Além da taxa de corretagem, há o IR. Nas ações, a alíquota aplicada é fixa de 15% sobre os ganhos obtidos. Entretanto, o investidor fica isento de realizar vendas menores do que R$20 mil ao mês.

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Conclusão

Neste guia, você aprendeu tudo sobre renda variável; as características, riscos envolvidos, principais tipos e como iniciar os investimentos na modalidade. 

Se você tem o perfil de investidor moderado ou arrojado, investir nessa categoria pode elevar a rentabilidade da sua carteira. Para isso, abra uma conta em uma instituição financeira de credibilidade, como a Ailos!

Leia também - Inclusão financeira: saiba o que é e como fazer corretamente

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