Taxa de juros cooperativas: qual diferença pros bancos? Entenda!

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    Apesar da instabilidade econômica do país, novas soluções de crédito surgiram no mercado financeiro brasileiro nos últimos tempos. Um dos maiores responsáveis por esse cenário é o sistema de cooperativa e crédito.

    Com uma política taxativa que bate de frente com os bancos tradicionais, a taxa de juros cooperativas é consideravelmente menor, o que proporciona mais liberdade de escolha aos consumidores, na hora de contratar uma linha de crédito

    Você sabe como esse sistema funciona? Entenda tudo sobre as cooperativas no conteúdo a seguir. Confira!

    Saiba tudo sobre o cooperativismo e entenda as vantagens desse modelo de negócios!

    O que é uma cooperativa de crédito? 

    Trata-se de uma instituição financeira composta por uma associação de pessoas, que prestam serviços financeiros exclusivamente a seus cooperados. 

    Sendo assim, os associados são usuários e donos da cooperativa ao mesmo tempo, atuando em sua gestão e tirando proveitos de seus produtos. 

    Nas cooperativas, os clientes têm acesso aos mesmos serviços oferecidos pelos bancos tradicionais, como conta-corrente, cartão de crédito, aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos. 

    Além disso, os cooperados têm poder de voto iguais, independentemente da sua cota e participação no capital social da cooperativa. 

    Com a cooperativa de crédito, o indivíduo recebe um atendimento personalizado. Os saldos positivos da instituição são chamados de sobras, e são repartidos entre os associados, proporcionalmente a suas operações realizadas.

    Por outro lado, em caso de eventual perda, os prejuízos também são repartidos entre os cooperados, proporcionalmente aos serviços usufruídos.

    As cooperativas são regulamentadas e monitoradas pelo Banco Central. Na prática, o cooperativismo é uma instituição sem fins lucrativos, que oferece direitos e deveres iguais aos seus associados e sua adesão é livre e voluntária.

    Como funciona a taxa de juros de cooperativas? 

    Um dos maiores atrativos das cooperativas são suas taxas de juros menores, conforme explicamos inicialmente. Em produtos que envolvem maior risco, como o empréstimo pessoal e o cartão de crédito, os bancos costumam aplicar juros maiores.

    Entretanto, as cooperativas apresentam taxas consideravelmente mais baixas. Para exemplificar, o cheque especial costuma ter juros de mais de 12% ao mês nas instituições tradicionais. Já nas cooperativas, essa porcentagem pode ser encontrada em 4%.

    O mesmo se aplica a financiamentos. No caso dos veículos, os bancos tradicionais costumam aplicar juros de 1,49% ao mês, enquanto que as cooperativas mantém uma média de 1,29% ao mês. 

    São milhares de reais a menos que o associado terá que pagar pelo serviço contratado. Mas, porque isso acontece? O maior fator que contribui para que as cooperativas possam aplicar juros tão baixos está em seu modelo de negócios.

    Ao contrário dos bancos tradicionais, essas instituições não possuem fins lucrativos. Dessa forma, elas conseguem oferecer taxas mais baixas, já que valores maiores não estão alinhados com sua proposta. 

    Além disso, explicamos logo acima que os cooperados também são donos da cooperativa. Portanto, nada mais justo que as tarifas sejam diferenciadas para os associados. Veja mais detalhes sobre essa instituição a seguir.

    Qual a diferença de taxas entre cooperativas e bancos? 

    A liberação de crédito acontece de forma semelhante nas duas instituições. O maior diferencial são as taxas de juros aplicadas, conforme indicamos logo acima. As tarifas de um empréstimo pessoal representam metade dos juros aplicados por um banco tradicional.

    O mesmo acontece com outros produtos financeiros, como cartões de crédito, cheque especial e financiamentos. 

    Vale a pena fazer empréstimo com cooperativas? 

    Apesar da taxa de juros de cooperativas ser menor que as porcentagens praticadas pelos bancos, cabe a você analisar se fazer um empréstimo em cooperativa será vantajoso para sua vida financeira. 

    Entre os benefícios, destacamos, é claro, a política taxativa mais flexível e facilidade na liberação dos créditos. Qualquer cooperado que cumprir com os requisitos mínimos de renda e apresentar os documentos exigidos, terá acesso ao empréstimo.

    Outra vantagem é que as linhas de crédito das cooperativas possuem isenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que costuma ser de 3% para os bancos, além de taxas adicionais de abertura de crédito.

    De todo modo, se associar a uma cooperativa e usufruir de seu serviços, como um empréstimo com juros menores, pode ser bastante vantajoso para produtores rurais, aposentados, prestadores de serviços, microempreendedores individuais e outros.

    Por que as cooperativas de crédito oferecem taxas menores para o consignado?

    Ainda sobre a taxa de juros de cooperativas, o empréstimo consignado, voltado para a população aposentada e servidores públicos, costuma ser a linha de crédito com as menores taxas de juros no Brasil, concedida pelos bancos — 27% ao ano.

    Nas cooperativas, os associados aposentados e servidores têm acesso a taxas ainda menores; a partir de 1,5% ao mês (19,59% a.a.) para aqueles que recebem pela instituição, e 1,58% ao mês (20,69% a.a.) para quem não recebe pela cooperativa.

    A razão pelas quais essas taxas de juros são mais baixas é a mesma aplicada aos empréstimos pessoais e aos seus outros produtos: as cooperativas não visam obter lucro com seus serviços.

    Então, essa instituição não aplica a porcentagem de lucro em suas linhas de crédito, ao contrário dos bancos, que não abrem mão de sua lucratividade. 

    Afinal, o associado da cooperativa não é apenas um cliente, mas também um sócio que participa da gestão, por meio de assembleias gerais, além de ter participação nos resultados positivos da cooperativa. 

    Saiba tudo sobre o cooperativismo e entenda as vantagens desse modelo de negócios!

    Tipos de cooperativas de crédito

    Existem diferentes modelos de cooperativas, que se diferenciam conforme seu crescimento e sua consolidação no mercado. Por isso, cada uma possui configurações distintas, a fim de atender as exigências legais, além de fortalecer sua atuação. Veja mais abaixo.

    Singulares

    Nível inicial de qualquer cooperativa. Para se encaixar nesse modelo de sistema, a instituição precisa ter, pelo menos, 20 associados. 

    De acordo com a Resolução CMN n° 4.434/2015, tais cooperativas podem ser classificadas em três categorias que estejam alinhadas com suas operações: plena, clássica e de capital e empréstimo.

    As cooperativas singulares plenas são capazes de efetuar qualquer tipo de operação financeira. No caso das singulares clássicas, essas possuem operações mais restritas — não podem operar com moeda estrangeira e com variação e câmbio. 

    Já as cooperativas de capital e empréstimo atuam com base no capital dos cooperados, pois não têm permissão para obter recursos de outras fontes.

    Centrais ou federações

    Uma central ou federação de cooperativas é criada a partir do momento em que existem, ao menos, três cooperativas singulares filiadas diferentes.

    Confederações centrais

    Trata-se do sistema de cooperativas mais alto. Para existir, é necessário haver, ao menos, três centrais ou federações de cooperativas, sejam elas da mesma modalidade ou não. 

    Como se associar a uma cooperativa de crédito

    Depois de conhecer as particularidades da taxa de juros das cooperativas, imaginamos que você tenha curiosidade em entender como funciona o passo a passo para se associar. 

    Dessa forma, trouxemos alguns pontos que são importantes nesse processo. Confira a abaixo.

    Analise o estatuto

    Leia com atenção o documento que orienta o funcionamento da instituição. No estatuto, estão detalhados os objetivos da cooperativa, os direitos e deveres dos associados e outros pontos essenciais. 

    Por isso, antes de se tornar um cooperado, é indispensável analisar esse material, para descobrir se o serviço lhe será vantajoso.

    Conheça os serviços

    Diferentes cooperativas oferecem vantagens distintas a seus associados. No caso do crédito, você consegue encontrar financiamentos, cheque especial, empréstimo pessoal e outros em quase todas as instituições. 

    O que você deve analisar são as taxas de juros aplicadas a cada produto. Isso porque, esses valores precisam ser benéficos para seu bolso. 

    Investigue a organização

    Todas as cooperativas são monitoradas pelo Banco Central, conforme citamos nos tópicos anteriores. Portanto, é interessante que você investigue junto ao órgão a existência de qualquer irregularidade ou reclamações. 

    Também é importante se consultar com associados para descobrir se o seu dinheiro estará armazenado em uma instituição de credibilidade.

    Confira os requisitos

    De acordo com os princípios do cooperativismo, qualquer indivíduo pode se associar, desde que esteja alinhado com a filosofia e os valores da instituição. Por isso, busque entender os objetivos da cooperativa e analise se o seu perfil se encaixa nos requisitos. 

    Feito isso, basta reunir a documentação necessária, como documento de identificação com foto, comprovante de residência e comprovante de renda.

    Busque uma agência

    Seguiu todos os passos acima e escolheu sua cooperativa? Procure uma agência para iniciar o processo de abertura de conta, que costuma ser rápido e sem burocracias.

    Entretanto, saiba que o procedimento envolve a análise de renda, para certificar que você será capaz de arcar com os compromissos financeiros. 

    Deposite a cota parte

    Como já mostramos por aqui, os cooperados são tanto clientes quanto donos da cooperativa. 

    Por isso, a cada abertura de conta, os usuários devem pagar uma cota capital no negócio para ter acesso aos serviços.

    Esse valor representa uma quantia mínima de depósito, que serve para cobrir as despesas operacionais. Você pode adquirir quantas cotas desejar.

    Participe das reuniões

    É durante as assembleias que os cooperados decidem o futuro da instituição. Então, é importante que você participe ativamente de cada reunião para fazer valer sua responsabilidade de associado.

    Conclusão

    Neste artigo, você aprendeu mais sobre a taxa de juros de cooperativas, como funcionam e porque são mais baixas que as porcentagens praticadas no mercado. 

    Resolveu se associar? Siga as dicas deste conteúdo para fazer uma escolha vantajosa e aproveitar os serviços da cooperativa. 

    3 comentários em “Taxa de juros cooperativas: qual diferença pros bancos? Entenda!”

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