O que seria a independência financeira para você? Conseguir fazer viagens para onde quiser, quando quiser? Ser capaz de comprar o que quiser? Não precisar mais ter um emprego fixo?
Inúmeras pessoas já sonharam, em determinado momento, com a possibilidade de não se preocupar com dinheiro. Apesar de ser um objetivo comum para muitos, não é bem assim que a independência financeira funciona.
Continue acompanhando o conteúdo a seguir para descobrir tudo sobre o assunto. Boa leitura!
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Independência financeira: o que realmente é?
Esse conceito ainda é debatido por inúmeros especialistas em finanças. Alguns afirmam que a independência é alcançada quando os ganhos são superiores aos gastos mensais.
Já outros, acreditam que o termo refere-se às pessoas que possuem o orçamento equilibrado, com reservas suficientes para viver delas, sem depender de um trabalho.
Entretanto, segundo o Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), existem diversos empecilhos nesse caminho. Atualmente, quase 70% das famílias brasileiras estão endividadas.
Um dos fatores para isso é bem simples: falta renda para cobrir as despesas essenciais.
O salário médio no Brasil é de R$1.898, sendo que a renda mínima ideal deveria ser acima dos R$6 mil, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Além disso, também há o outro lado dessa moeda: pessoas com renda suficiente, mas que não conseguem alcançar essa independência por falta de planejamento financeiro.
Nesse contexto, é fundamental entender como o dinheiro está sendo gasto para mudar os hábitos que prejudicam a saúde financeira.
Independência financeira x liberdade financeira
Muitas pessoas confundem esses termos. Porém, mesmo sendo parecidos, não significam a mesma coisa.
Com certeza, você já ouviu alguém dizer: “hoje sou independente financeiramente, pois moro sozinho e pago minhas próprias despesas”. Mas, não é bem assim que funciona.
Na independência financeira, o indivíduo acumula certa quantia de patrimônio ao longo da vida, que lhe permite viver dos rendimentos, sem depender de nenhuma outra fonte de renda. Ou seja, o capital acumulado é suficiente para arcar com as despesas pessoais.
No caso da liberdade financeira, representa a autonomia que uma pessoa alcança nas finanças.
Nesse contexto, ela se torna capaz de tomar decisões financeiras com maior tranquilidade — comprar ou não algo, ir ou não a algum lugar —, sempre visualizando suas metas e objetivos.
Independência financeira e suas etapas
Existem alguns tipos principais de independência financeira. É importante que você os conheça e entenda bem qual deles deseja alcançar no momento, para traçar a melhor estratégia. Confira a seguir!
Independência de curto prazo
Significa ter uma quantia investida suficiente para conseguir viver sem o seu salário por um tempo. Esse período pode variar entre alguns meses a um ano.
Nessa etapa, é fundamental ter uma reserva de emergência. Ela é essencial para que você não contraia dívidas em caso de imprevistos — perda de emprego, doenças, batidas de carro e outros.
Independência de dívidas
Nada bloqueia mais suas finanças do que a existência de alguma dívida. Então, para atingir esse tipo de independência, é importante organizar as finanças para não arcar com juros altos e parcelas pesadas demais.
Independência do seu emprego
Com esse tipo de independência, você já possui certa liberdade financeira. Ter independência do emprego significa que, caso sua principal fonte de renda falte, ainda restará uma segunda receita.
Isso confere mais tranquilidade para o orçamento por mais tempo. Essa renda extra pode surgir de investimentos, por exemplo. Contudo, é necessário ter evoluído na jornada para chegar a esse ponto.
Independência total
Objetivo principal de muitos brasileiros, na independência total, já não é mais necessário trabalhar por dinheiro.
Você consegue viver de seus investimentos e pode arcar com as despesas mensais sem dificuldades.
Além disso, pode reinvestir parte dos lucros para aumentar o patrimônio e prolongar essa segurança financeira.
Independência financeira: como alcançar a sua estabilidade?
Para atingir a independência financeira, é necessário conhecer muito bem seu orçamento. Sabe aqueles gastos pequenos que acabam consumindo boa parte do salário no fim do mês? É interessante mapeá-los para entender quais podem ser cortados.
Também é importante saber qual o estágio atual da sua vida financeira. Assim, ficará mais fácil traçar um planejamento realista e eficiente.
É válido lembrar que nem todas as pessoas conseguem fazer cortes efetivos no orçamento. Mas, mesmo quando isso não é possível, organizar as finanças é um meio de garantir que as dívidas não aumentem ainda mais. Veja nossas dicas abaixo!
Faça o diagnóstico de seus gastos
Antes de tudo, faça um levantamento das rendas e despesas familiares e pessoais. A renda representa todos os valores que você recebe em um mês, já livre de descontos.
No caso das despesas, englobam todos os gastos realizados para manter o padrão de vida atual. Normalmente, são classificados em despesas rotineiras e eventuais.
Os gastos rotineiros são aqueles do dia a dia, como alimentação, transporte, lazer, contas de moradia, academia, assinaturas de serviços, vestuário e outros.
As despesas eventuais são bem específicas, que não ocorrem com frequência, mas costumam impactar muito no orçamento.
A troca de um carro, a compra de um celular novo, viagens, reformas e outros. São igualmente relevantes, mas acabam sendo esquecidas no cálculo.
Com essas informações, poderá entender melhor sua realidade e identificar se será necessário realizar cortes ou aumentar a renda.
Organize seu patrimônio
Outro passo rumo à independência financeira é a organização do patrimônio familiar. Essa informação também servirá de base para calcular o total de recursos a serem acumulados, e por quanto tempo.
Vale destacar que não é todo patrimônio que servirá para atingir o objetivo da independência. Bens como o carro, a casa, motos, casa de veraneio e outros, são utilizados para suprir as necessidades da família no dia a dia.
Corte gastos desnecessários
Depois de realizar o diagnóstico da sua condição financeira, você já pode identificar quais são os gastos que mais impactam no orçamento familiar.
Exceto pelas despesas essenciais para manter sua qualidade de vida, veja quais são os custos extras que podem ser reduzidos, ou mesmo eliminados.
Nessa etapa, muitas pessoas cometem o equívoco de cortar todo e qualquer gasto que consideram supérfluo, como o cafézinho depois do almoço durante o expediente ou a saída com os amigos no final de semana.
Nada disso precisa deixar de ser feito. O importante é encontrar formas menos onerosas de aproveitar essas ocasiões. Troque o encontro com os amigos em um restaurante por uma reunião em casa, por exemplo.
Considere mudar seus hábitos
Exercitar a mudança de hábitos é fundamental para conquistar a independência financeira. Todas as pessoas têm hábitos financeiros que prejudicam o orçamento pessoal de alguma forma. O objetivo aqui é mapeá-los para adotar uma postura ativa sobre eles.
No tópico acima, você aprendeu a reduzir ou cortar gastos desnecessários. Cancele assinaturas de serviços que não utiliza mais, negocie contas, opte por formas de lazer menos onerosas.
Feito isso, crie uma lista com seus objetivos. Coloque as informações em uma planilha e organize seus sonhos financeiros, desejos e outras metas que gostaria de alcançar com o que ganha.
Ter essa visão sobre suas metas financeiras é bastante positivo, pois evita o esquecimento ou mudanças feitas de forma inconsciente. Além disso, também poderá revisá-las quando quiser.
Lembre-se de não criar objetivos financeiros que estejam fora da sua realidade, ou que comprometam demais a sua renda. Isso é essencial para que, no decorrer da jornada, você não perca a motivação.
Crie objetivos estruturados e possíveis
Na hora de definir suas metas, divida-as em curto, médio e longo prazo. Objetivos de curto prazo são aqueles que podem ser alcançados em menos de um ano. Então, prefira o pagamento de dívidas e outras necessidades mais urgentes.
No médio prazo, entre um a três anos, defina metas nas quais você precisará fazer um investimento considerável para realizar. Nessa lista, entram a construção de uma reserva de emergência, uma viagem internacional ou uma festa de casamento, por exemplo.
Já no longo prazo, estipule objetivos que exigem um planejamento financeiro maior para serem alcançados, como a compra de um imóvel ou investimentos na previdência privada.
Garanta reservas de emergência
Citamos a reserva de emergência mais acima, porque ela é de suma importância para você evoluir em sua jornada rumo à independência financeira.
Essa reserva será utilizada para cobrir imprevistos, como a perda do emprego, problemas de saúde, conserto de algum item da casa e outros.
Normalmente, a reserva deve cobrir entre 6 a 12 meses dos gastos mensais de uma pessoa. Então, coloque no papel todas as suas despesas para descobrir o quanto precisará investir.
É claro que esse montante varia de acordo com a realidade de cada um. Se você é concursado, por exemplo, uma reserva menor, de 3 a 6 meses, pode ser suficiente.
Mas, se for um empreendedor, o ideal é construir uma reserva de 12 meses para cobrir as flutuações da profissão.
Quanto ao tipo do investimento, o indicado é colocar seu dinheiro em ativos de renda fixa, com liquidez diária, que rendam, ao menos, 100% do CDI — Tesouro Selic, CDBs e outros.
Aposte em fontes alternativas de renda
Além de organizar as finanças e controlar os gastos, considere a possibilidade de aumentar sua renda. Para atingir a independência financeira, é necessário construir um patrimônio ao longo da vida, que exigem ganhos maiores.
Uma forma de acelerar esse processo é manter um padrão de vida mais baixo, enquanto eleva sua receita. Alguns meios de conseguir uma fonte de se conseguir isso são:
- fazer renda extra — venda de itens não usados, doces e outros produtos;
- atuar como freelancer na Internet;
- investir em uma nova formação profissional;
- trabalhar em mais de um emprego ao mesmo tempo;
- aproveitar o tempo livre para trabalhar um pouco mais e aumentar os ganhos;
- melhorar as habilidades profissionais e conseguir uma promoção.
Fuja de dívidas
Não basta manter seu orçamento organizado, aumentar a renda e começar a investir na reserva, se você possui inúmeras dívidas ou utiliza serviços de crédito sem controle.
Evitar dívidas é uma das boas práticas para alcançar a independência financeira. Sendo assim, evite a todo custo usar o cheque especial, empréstimos e estourar o limite do cartão de crédito.
Os juros cobrados por esses serviços são altíssimos, e podem te colocar em um “limbo” financeiro, do qual será difícil sair depois.
Mantenha sempre à vista seus objetivos financeiros. Assim, você evita fazer compromissos financeiros sem necessidade. Opte por pagar tudo à vista para conseguir descontos.
Caso já possua uma dívida, tente negociá-la para encontrar a melhor forma de quitá-la.
Estude com dedicação o mundo dos investimentos
Para potencializar esse processo, é fundamental entender como os diferentes tipos de investimentos funcionam.
Se você nunca teve contato com o mercado financeiro, é natural que sinta alguma dificuldade com o assunto.
Contudo, é importante destacar que independência financeira e conhecimento andam juntos.
Existem inúmeros ativos em renda fixa, que rendem mais do que a poupança. Além disso, são diversas modalidades de aplicações, cada uma mais adequada aos diferentes perfis de investidores.
Inicialmente, os ganhos são mais baixos. Com o tempo, os rendimentos tendem a aumentar, pois, quanto mais dinheiro guardado, maiores são os ganhos. O intuito é ter uma quantia investida suficiente para obter uma espécie de salário todo mês.
Aprenda a investir de forma inteligente de acordo com seu perfil
Conforme indicamos logo acima, existem diferentes tipos de investimentos, adequados aos diversos perfis de investidores.
Cada pessoa tem um objetivo distinto na hroa de investir. Quem está no processo de construir uma reserva de emergência, por exemplo, precisará de um ativo diferente de quem busca rendimentos maiores a longo prazo.
Sendo assim, é essencial que você identifique qual o seu perfil investidor para encontrar ativos que funcionem com seus objetivos.
Saiba mais: IR renda fixa: saiba como declarar seus investimentos!
Crie novas estratégias conforme amadurece
Por fim, lembre-se de revisar seus planos periodicamente. Com o tempo, é comum mudarmos de opinião, além de surgirem novos objetivos e necessidades.
Seu contexto de vida mudará conforme amadurece. Então, nada mais justo do que adequar seus planos de independência financeira para essa realidade.
Crie o hábito de reavaliar suas metas, refazer o diagnóstico das suas finanças e, se necessário, replanejar tudo. Confira se está obtendo bons resultados e trilhando o caminho desejado para atingir sua meta principal.
Independência financeira: três tipos de investidor
De acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), existem três grandes perfis de investidores: o agressivo ou arrojado, o moderado e o conservador. Entenda mais sobre eles a seguir.
Agressivo ou arrojado
Investidores que se encaixam nesse perfil possuem certa experiência com investimentos, além de estarem dispostos a correr riscos para obterem maiores rendimentos — mesmo que signifique perder parte de seu patrimônio.
Em sua carteira de investimentos, grande parte das aplicações estão em produtos de renda variável. Isso engloba ações, fundos imobiliários e outros.
Uma das principais características dos investidores agressivos é a inteligência emocional para lidar com eventuais perdas financeiras. Também costumam ter uma reserva financeira bem construída para lidar com situações do tipo.
Em geral, investidores com esse perfil já possuem um amplo conhecimento sobre o mercado financeiro, além de um patrimônio maior.
Moderado
Investidores de perfil moderado aceitam correr um risco médio em suas aplicações. Estão dispostos a assumir certos riscos em troca de mais rentabilidade. Porém, não abrem mão da segurança.
Nesse sentido, boa parte de seus ativos são de renda fixa, enquanto uma parcela menor de sua carteira se encontra distribuída em fundos multimercados ou mesmo ações.
Na prática, trata-se de um investidor que não é completamente avesso ao risco, que aceita assumir parte dele para ganhar mais, mas ainda se preocupa com a segurança. Costumam ser pessoas com um conhecimento médio sobre o mercado financeiro.
Conservador
Como o nome indica, investidores conservadores possuem aversão ao risco. Então, preferem investir seu dinheiro em ativos que apresentem baixo ou nenhum risco.
Podemos afirmar que esse perfil de investidor busca ganhos reais, com riscos mínimos, mesmo que tenha que abrir mão de mais rentabilidade.
Nesse aspecto, os investimentos de renda fixa compõe 100% de sua carteira. Isso porque, os riscos são baixíssimos e ainda há a garantia de uma renda mensal. Alguns exemplos são os CFBs, Tesouro Direto e Fundos de Renda Fixa.
Independência financeira: como calcular?
Encontrar um montante ideal para investir, a fim de conquistar a independência financeira envolve diversas variáveis.
Afinal, uma pessoa que possui despesas em torno dos R$10 mil, precisará investir mais do que alguém com um custo de vida em torno dos R$5 mil.
Então, para encontrar o valor adequado, é necessário fazer um cálculo a partir da fórmula PNIF = custo de vida médio anual / rentabilidade de proventos anual.
Em suma, a fórmula divide o custo de vida anual do indivíduo pelos rendimentos obtidos em sua carteira de investimento em um ano.
Então, um investidor com gastos anuais de R$81 mil (R$6.750,00), e que recebe 5% ao ano em dividendos, precisará de PNIF = 81.000 / 5% = R$1.620.000,00.
Quanto maior o gasto anual médio, maior será o patrimônio necessário para a independência financeira. Por outro lado, quanto maior o percentual recebido dos rendimentos ao ano, menor esse patrimônio deverá ser.
Em geral, um investidor que possui uma carteira diversificada em ativos de renda fixa e renda variável, costuma receber proventos de 4% a 7% ao ano.
Quando posso me considerar independente financeiramente?
Conforme você aprendeu no decorrer deste artigo, uma pessoa independente financeiramente possui investimentos que rendem uma quantia suficiente para arcar com as despesas mensais e manter o padrão de vida. Na prática, ela não depende mais de um emprego fixo
Quais investimentos escolher para a independência financeira?
Você viu que existem diferentes estágios de independência financeira. Na independência de curto prazo, que normalmente envolve a construção de uma reserva de emergência, o ideal é escolher ativos de liquidez diária e baixo risco, como o Tesouro Selic.
Já para a independência de longo prazo, como a aposentadoria ou renda recorrente, o adequado é optar por ativos com vencimento de maior prazo, ou que oferecem rendimentos periódicos, como a Previdência Privada, Fundos de Investimentos, Ações e outros.
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Conclusão
Neste guia, você aprendeu o que é a independência financeira. Alcançar esse objetivo significa ter recursos financeiros suficientes para bancar seu estilo de vida, sem depender de um emprego fixo ou renda vinda de terceiros.
Além disso, essa independência também vem atrelada à liberdade financeira, que te permite fazer escolhas eficientes e ter mais possibilidades.
Entretanto, até atingir esse objetivo, é importante traçar metas, se organizar financeiramente, estudar sobre investimentos e manter-se constante nos planos estipulados.
Uma forma de acelerar esse processo é contar com instituições financeiras que se importam com seus objetivos, que é o caso da cooperativa de crédito Ailos.
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