O que é CDI e como afeta seus investimentos

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    Quem estuda e pesquisa sobre o mercado financeiro já se deparou com a sigla CDI que, na prática, é um benchmark para ter sucesso nas aplicações financeiras. Esse é um dos principais índices se você quiser avaliar a rentabilidade de um investimento.

    Imagine, por exemplo, que uma aplicação teve um retorno de 8% ao ano. Na sua opinião, esse rendimento é bom, razoável ou ruim?

    A resposta certa é: depende. Muitas variáveis estão envolvidas na probabilidade de sucesso de um investimento, principalmente o nível de risco e tipo de aplicação financeira. Considerando esses fatores, a chave para encontrar a resposta está no CDI.

    Neste post, você vai aprender tudo que precisa sobre o que é CDI e como esse índice está relacionado às aplicações da sua carteira de investimentos. Tem interesse? Venha conferir e tire suas dúvidas!

    O que é CDI?

    CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário. Essa é a taxa de juros usada por instituições bancárias para fazer empréstimos entre si. No mercado financeiro, o CDI é usado como um índice de referência para medir várias operações, entre elas a rentabilidade de investimentos.

    Você vai perceber que o desempenho de todas as aplicações da sua carteira pode ser apresentado em percentual desse índice. Por exemplo: 90% do CDI, 100% do CDI, 110% do CDI etc.

    Quanto maior for o percentual em relação ao índice, maior será a rentabilidade da aplicação. Porém, o percentual do CDI passa por oscilações muito frequentes. Se você acompanhá-lo dia após dia, mês após mês, vai perceber as mudanças.

    É possível ter uma média ponderada com a referência diária do CDI na calculadora da Ibovespa.

    Como o CDI funciona?

    Como vimos, o CDI é uma sigla que representa a taxa de juros que os bancos utilizam para emprestar dinheiro entre si em operações de curto prazo.

    Essas operações ocorrem diariamente e são essenciais para manter o equilíbrio dos fluxos de caixa das instituições financeiras.

    A dinâmica do CDI envolve a seguinte situação: quando um banco termina o dia com mais saques do que depósitos, ele pode ficar com um saldo negativo em sua conta no Banco Central.

    Para resolver essa situação e evitar problemas de liquidez, o banco pode pegar um empréstimo de outro banco que tem um saldo positivo.

    O valor emprestado e o período do empréstimo são normalmente curtos, muitas vezes apenas 24 horas.

    O banco que empresta o dinheiro cobra uma taxa de juros por esse empréstimo, que é justamente o CDI.

    Portanto, a taxa CDI é o custo do empréstimo interbancário de um dia.

    Ela reflete as condições de oferta e demanda de dinheiro no mercado financeiro e pode variar de acordo com a situação econômica e a política monetária do país.

    Além de sua função nas operações interbancárias, o CDI também é utilizado como um indicador de referência para medir a rentabilidade de diversos tipos de investimentos.

    Quando você vê que um investimento rende, por exemplo, 110% do CDI, isso significa que ele está rendendo 10% a mais do que a taxa CDI.

    Qual é a relação entre CDI e Selic?

    Qual é a relação entre CDI e Selic?

    O CDI e a taxa Selic são importantíssimos índices financeiros para avaliar a rentabilidade de aplicações de renda fixa.

    Quando o investidor escolhe um tipo de investimento, o ideal é que verifique aquele que pode render mais. Além disso, é importante avaliar a segurança e o risco ao aplicar uma quantia. A partir da CDI e da taxa Selic, você pode ter um ganho maior e ter o seu dinheiro protegido.

    Assim como a Selic, o CDI não é um tipo de investimento (é importante reforçar isso), mas sim um percentual de referência para diversos investimentos.

    O CDI está relacionado a juros de operações a curto prazo de empréstimo entre bancos, já a taxa Selic tem origem na dívida pública da União.

    Portanto, a diferença é que o CDI é usado para títulos privados, enquanto a taxa Selic acompanha os investimentos em títulos públicos, como é o Tesouro Direto.

    Quais são os investimentos com base no CDI?

    Os investimentos que estão atrelados a um índice de correção, como IPCA, Selic ou CDI, podem ser denominados de pré-fixados ou pós-fixado.

    No primeiro caso, a rentabilidade final do investimento é determinada logo no momento da aplicação, usando o percentual do índice de correção do dia. No segundo caso, a taxa de rentabilidade do investimento é determinada após a aplicação e acompanha as variações do índice.

    Está acompanhando até aqui? A seguir, vamos explicar quais são as principais aplicações pré e pós-fixadas ao CDI. Confira!

    CDB

    O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos investimentos de renda fixa mais conhecidos do mercado financeiro.

    Ele funciona como um empréstimo que um investidor faz para uma instituição bancária. Em troca, ele recebe um percentual de rentabilidade que é definido no momento da compra. O CDB pode ter sua rentabilidade calculada de modo prefixado, pós-fixado e híbrido.

    Entre as principais vantagens está a segurança oferecida para o investidor. O CDB tem a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Então, se a instituição que recebeu o empréstimo sofre um processo de falência, o investidor pode ser ressarcido de acordo com as condições do investimento.

    Veja também: como funciona o Fundo Garantidor do Cooperativismo (FGCoop)

    CRI e CRA

    Os investimentos comercializados pelo CRI e CRA são chamados de “títulos securitizados”. Em linhas gerais, são promessas de pagamento transformadas em títulos no mercado financeiro.

    As instituições privadas emitem os dois tipos de investimento para obter liquidez em suas parcelas de financiamentos. Quando esses investimentos são feitos por pessoas físicas (PF), os investidores ganham isenção de Imposto de Renda, transformando-se em uma boa opção para diversificar uma carteira de investimentos.

    Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) são títulos de crédito emitidos apenas por empresas securitizadoras, ou seja, instituições que transformam créditos a receber em títulos negociáveis no mercado financeiro.

    O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são títulos de renda fixa isentos de Imposto de Renda. Eles funcionam da mesma forma do CRI, porém, em vez de terem relação com o mercado imobiliário, estão atrelados ao agronegócio.

    Os dois tipos possuem rentabilidade calculada de modo prefixado, pós-fixado ou híbrido com rentabilidade baseada no CDI. Eles também podem ter a remuneração atrelada ao IPCA.

    Fundos DI

    Os famosos fundos referenciados DI ou fundos DI são considerados os mais conversadores de todos os tipos. Eles acompanham a rentabilidade a partir da taxa básica de juros Selic e do CDI. O conjunto de fundos DI é formado em sua maioria por títulos públicos do Tesouro Direto atrelados à Selic e títulos privados de baixo risco.

    Ao pesquisar um fundo DI, você pode notar que o principal objetivo desse investimento é buscar acompanhar as oscilações do CDI. A Selic e o CDI têm valores muito próximos, e o objetivo de um fundo DI é alcançar ou ultrapassar os 100% do CDI.

    É uma das melhores alternativas para quem deseja criar uma reserva de emergência com um investimento que rendemais que a poupança, já que a liquidez dos fundos DI é diária e, em alguns casos, imediata.

    Podemos dizer que esse tipo de fundo é destinado para investidores que se encaixam no perfil conservador. Porém, isso não significa que investidores moderados ou mais arrojados não possam adotá-la em suas carteiras.

    Na verdade, independentemente do perfil de investidor, todos precisam ter uma reserva de emergência, e o fundo DI é excelente para esse objetivo.

    LC

    Letra de Câmbio (LC) é uma modalidade de investimento semelhante ao Certificado de Depósito Bancário (CDB). A principal diferença é que a LC é um título emitido por uma financeira, enquanto o CDB é emitido por uma instituição bancária.

    Quando o investidor realiza uma Letra de Câmbio para emprestar o seu dinheiro a uma instituição financeira, ele tem a garantia de que, após um período, receberá o valor emprestado com o acréscimo de juros.

    Por também ser um investimento regulado pelo FGC, a LC é garantida a segurança da quantia aplicada. A rentabilidade segue taxas prefixadas, pós-fixadas ou híbridas.

    LCL

    A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um investimento de renda fixa emitido por instituições bancárias e direcionado para o setor imobiliário. Ou seja, o investidor realiza um empréstimo ao banco que, por sua vez, usa o capital para investir em empreendimentos e atividades imobiliárias.

    Ao emprestar seu dinheiro, o investidor tem a garantia de que receberá o valor emprestado com os juros. A rentabilidade do investimento também segue taxas prefixadas, pós-fixadas ou híbridas.

    LCA

    A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras. Esse investimento funciona da mesma forma que a LCI. A diferença está no destino dos investimentos.

    Na LCI, o investimento serve para financiar atividades do segmento imobiliário, enquanto o foco da LCA são as operações do agronegócio.

    LF

    Quer uma rentabilidade a longo prazo e tem um capital elevado para investir? A Letra Financeira (LF) pode ser uma ótima opção para sua carteira de investimentos. Esse é um título emitido por instituições financeiras para obter recursos de longo prazo. Uma de suas particularidades é o valor mínimo de investimento: R$ 50 mil.

    Outra particularidade da LF é o prazo mínimo de 2 anos de investimento. Por conta desses fatores, a Letra Financeira costuma gerar uma rentabilidade mais elevada que os demais investimentos de renda fixa, como o LCA e LCL.

    A rentabilidade da Letra Financeira é atrelada ao CDI e costuma seguir taxas pós-fixadas, ou seja, você já sabe quanto vai render na hora de fazer a aplicação.

    Para ter sucesso com a LF, é importante que o investidor tenha o perfil exigido. O valor mínimo de investimento limita o acesso de pequenos investidores e o prazo de vencimento de 2 anos impede qualquer saque antes do prazo.

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    Debêntures

    O Debênture é um título emitido por empresas que oferecem direito de crédito para o investidor. O empréstimo permite que as empresas consigam realizar os seus planos e o investidor tem sua remuneração por meio de juros (prefixados, pós-fixados ou híbridos).

    Em comparação aos títulos mais comuns de renda fixa, o Debênture costuma ter uma rentabilidade alta. No entanto, o seu principal risco é o fato de não ter a garantia do FGC. Logo, se a empresa que lança os títulos entrar em processo de falência, há o risco de ela não conseguir honrar os compromissos com os investidores.

    Como consequência, você corre o risco de ficar sem o dinheiro investido. Por essa razão, o Debênture é destinado a investidores com perfil mais arrojado.

    Como o CDI é calculado?

    Para entender como o CDI é calculado, vamos começar com um cenário prático.

    Imagine que você é um banco e, durante um determinado dia, os saques realizados pelos clientes superaram os depósitos.

    Isso significa que você ficou com um “saldo negativo” no final do dia. Você não quer que isso afete o seu fluxo de caixa, então o que você faz? Você recorre a um empréstimo bancário de curto prazo, chamado de empréstimo interbancário.

    Aqui entra o CDI. A taxa de juros cobrada pelo banco que empresta esse dinheiro a você é o que conhecemos como CDI.

    Essa taxa varia diariamente, refletindo as flutuações no mercado. Assim, o CDI não é uma taxa fixa, mas sim um indicador em constante movimento.

    Vamos a um exemplo numérico. Suponha que o CDI para um determinado dia seja de 0,10%.

    Isso significa que se você emprestasse dinheiro de outro banco por 24 horas, pagaria uma taxa de juros equivalente a 0,10% desse empréstimo.

    Agora, vamos dizer que você emprestou R$ 1 milhão a uma taxa de CDI de 0,10%. Ao final do dia, você teria que pagar R$ 1.000 em juros (R$ 1 milhão * 0,10%).

    Esse é o valor que o banco que emprestou o dinheiro receberia pelo empréstimo feito a você.

    Essa mecânica de empréstimos interbancários ocorre todos os dias e é a base para o cálculo diário do CDI.

    O resultado é um índice que reflete as taxas médias praticadas nesses empréstimos, fornecendo um indicador-chave para avaliar a rentabilidade de diferentes investimentos.

    Como investir melhor com base no CDI?

    O que é CDI?

    Agora que você já sabe o que é CDI e quais são os investimentos pré e pós-fixados a ele, vamos às dicas de como usar esse índice para garantir altas rentabilidades com suas aplicações no mercado financeiro. Veja a seguir!

    Use o CDI como referência antes de fazer uma aplicação

    Observe o percentual de rentabilidade da aplicação e faça a comparação com a taxa do CDI. Esse é um dos índices de referência no mercado financeiro, logo, nada melhor do que ter uma rentabilidade acima da média. O ideal, como vimos, é investir em aplicações com rendimentos acima de 100% do CDI.

    Vamos supor que o CDI renda 10% ano. Você recebe uma ligação do seu gerente do banco oferecendo um investimento de renda fixa que paga 90% do CDI. Usando o índice como comparação, esse investimento vai render 9% ao ano.

    Agora, se você tem acesso a um investimento que rende 130% do CDI, você terá com ele uma rentabilidade de 13% ao ano, ou seja, muito acima do CDI.

    Invista em uma cooperativa

    Já pensou em ser um cooperado? Se você quer ter uma rentabilidade acima da média do mercado em aplicações com base no CDI, uma opção segura é investir em uma cooperativa.

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    Além dos investimentos financeiros, o cooperado tem acesso a várias soluções para gerir seu dinheiro sem burocracias e com o máximo de segurança, como as modalidades de crédito pessoal com taxas diferenciadas do mercado, cartões, plano de previdência privada, opções de seguro e consórcios. Legal, não é?

    Enfim, chegamos ao final do post e esperamos que você tenha compreendido o que é CDI e a sua importância para aplicações bem-sucedidas. Aconteça o que acontecer, use esse índice para alcançar seus objetivos no mercado financeiro. E se quer ter resultados acima da média, aposte no cooperativismo.

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